Cachoeira Licuri, Ibicoara - BA

GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO - - Ibicoara-chapada-diamantina Ibicoara-Chapada Diamantina-Bahia -Brasil Ibicoara- Chapada Diamantina -Bahia Brasil.
Sejam bem vindos! Welcome GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Ibicoara.
Lindas orquídeas nas trilhas de Ibicoara- Chapada Diamantina -BA Lindas orquídeas são encontradas nas trilhas de Ibicoara.
Nas trilhas das principais cachoeiras do município podemos observar muitas espécies de orquídeas, bromélias e inúmeras espécies de outras plantas nativas da região, algumas são ornamentais, outras são medicinais e outras produz frutos.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO IBICOARA- CHAPADA DIAMANTINA -BAHIA 13/06/2014 00:00 Ibicoara- Chapada Diamantina –Bahia.
Ibicoara é um município da Chapada Diamantina onde a natureza está sempre mostrando sua sabedoria.
Foi emancipado em 1962 desmembrado do município de Mucugê.
Podemos perceber as mais belas renovações das florestas, rios e paisagens dessa terra que nos.
www.
facebook.
com/joaoguia.
ibicoara   twitter.
com/Joao_Ibicoara GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO IBICOARA.
GUIA TURÍSTICO, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA BRASIL Ibicoara.
Ibicoara, Chapada Diamantina, Bahia Brasil.
Sejam bem vindos em nossas belezas naturais.
Cachoeira do Buracão, Cachoeira da Fumacinha, Cachoeira Véu de Noiva, Cachoeira do Rio Preto, Cachoeira do Licuri, Cachoeira do Penedo e muitas outras atrações de Ibicoara e Chapada Diamantina.
Se eu não atender as chamadas durante o dia é por que estou nas trilhas, então pode me retornar as ligações no período da noite em qualquer horário!Ibicoara.
Chapada Diamantina - Cachoeira da Fumacinha - Ibicoara Bahia - Guia Joãozinho GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Preços e descrições de lindos terrenos a venda na Chapada Diamantina - Ibicoara Bahia - Brasil Ibicoara.
Chapada Diamantina.
Está a venda em Ibicoara, uma propriedade de 600m², incluindo uma linda cachoeira, arborização e uma paisagem fascinante de mata atlântina e a Serra do Sincorá.
A propriedade também possui energia elétrica e uma guarita de atendimento aos visitantes.
Está em um ponto.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Cachoeira do Buracão Chapada Diamantina - Ibicoara Bahia, Guia João Ibicoara.
Cachoeira do Buracão Chapada Diamantina, a mais linda do Brasil e a mais visitada de toda Chapada Diamantina.
85 metros de queda e um canyon sinuoso que não se ver em nenhum outro lugar do mundo define sua elegância.
Está entre as 3 mais lindas do Brasil e as 12 mais lindas do mundo.
O.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina - Cachoeira da Fumacinha - Ibicoara Bahia - Brasil, Guia João Chapada Diamantina.
Cachoeira da Fumacinha em Ibicoara Bahia.
Um mundo encantado com cerca de 290 metros de altura dividido em quatro quedas.
Para chegar até ela por baixo é preciso andar dentro de um Canyon com mais de 200 metros de altura e 7 km de extenção.
No percurso até a principal tem muitas.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Cachoeira do Licuri - Chapada Diamantina - Ibicoara Bahia - Brasil Chapada Diamantina.
Cachoeira do Licuri em Ibicoara Bahia, com quase 100 metros de altura.
Está a 10 km da cede do município e no mesmo roteiro também está outras cascatas que nascem entre rochas e raízes formando paisagens espetaculares.
A cachoeira do Licuri ou Cachoeira do Firmino é uma das mais.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Cachoeira do Penedo - Chapada Diamantina - Ibicoara Bahia - Brasil Chapada Diamantina.
Cachoeira do Penedo Ibicoara Bahia.
Cerca de 130 metros de altura e poço maravilhoso para se banhar, está encravada no final de um canyon com mais de 200m de altura.
A trilha é de nível médio e pesado e prescisa de uma pernoite na Toca do Vaqueiro.
Saindo da cidade, anda.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Cachoeira do Véu de Noiva - Chapada Diamantina - Ibicoara Bahia - Brasil Chapada Diamantina - Ibicoara.
A Cachoeira do Véu de Noiva é uma das muitas atrações de Ibicoara e da Chapada Diamantina.
Tem mais de 30 metros de altura e um poço maravilhoso que segue o curso do canyon e pode se banhar em qualquer época do ano.
No roteiro se encontra o Lago do Baxão e outras.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Cachoeira do Rio Preto - Chapada Diamantina - Ibicoara Bahia - Brasil Chapada Diamantina - Ibicoara BA.
Cachoeira do Rio Preto Ibicoara - Chapada Diamantina Bahia.
Uma das muitas belezas naturais de Ibicoara, tem mais de 50 metros de altura e um poço maravlhoso para se banhar em qualquer época do ano.
Está encravada no final do Vale do Ribeirão na Serra do Sincorá.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina - Canion do Buracão - Ibicoara Bahia - Brasil Chapada Diamantina - Ibicoara BA.
Canion da cachoeira do Buracão, Ibicoara Bahia, considerado o mais bonito do Brasil.
Para chagar até a cachoeira por baixo é preciso fazer esse percurso pela água  usando colete salva vida que temos no local.
Pode tambem andar pelas pedras, é de fácil.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina - Canion da Fumacinha - Ibicoara Bahia - Brasil Chapada Diamantina.
Canion da Fumacinha em Ibicoara Bahia.
7 km de extenção com mais de 200 metros de altura.
Nesse percurso também se encontra muitas cachoeiras até a principal, e o passeio é feito em épocas que o rio não esteja cheio.
Lindo Canion da Cachoeira da Fumacinha.
Chapada Diamantina.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina, Ibicoara Bahia, linda piscina natural no rio da cachoeira do Buracão.
João guia de turismo de Ibicoara Chapada Diamantina, Ibicoara BA.
Linda piscina natural no rio da cachoeira do Buracão em Ibicoara.
É um grande lago com águas mornas em épocas de verão, onde você pode se banhar e até acampar ao lado desse paraíso da Chapada Diamantina.
Uma piscina rasa cercada de vegetação nativa e a vista das.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina, Serra da Batava Ibicoara BA, no topo do Parque Nacional da Chapada Diamantina Chapada Diamantina.
Conheça o pico mais alto do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
É a Serra da Batava em Ibicoara, onde os brigadistas monitora a região mais importante de toda Chapada Diamantina.
Para chegar até o pico da serra com 1.
600 metros de altitude você caminha cerca de 2 horas ou.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO CACHOEIRA ENCANTADA CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - JOÃO GUIA DE TURISMO E ECOTURISMO Cachoeira Encantada Chapada Diamantina - Bahia.
Uma das mais novas descobertas da região com cerca de 200 metros de altura e 7 km de canion.
A caminhada até ela é dentro do canion, na margem do rio sobre os grandes lagedos.
No percurso você tem uma opção de nadar dentro do canion do grotão ou.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina - Poço Encantado - Itaeté Bahia  Chapada Diamantina.
Situa-se no município de Itaetê Bahia, mas a referência principal é a cidade de Andaraí, na Chapada Diamantina.
Trata-se de uma caverna em uma dolina (depressão externa formada por erosão de material calcáreo), cuja principal atração em seu interior é o mundialmente famoso.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Chapada Diamantina - Poço Azul - Nova Redenção Bahia - Brasil  Localizada no centro do território baiano, na Chapada Diamantina, a cidade de Nova Redenção é banhada pelo rio Paraguaçu (maior rio genuinamente baiano), possui diversos atrativos como o Balneário da Peruca, a Gruta do Roncador, o Lago da Piranha, a Trilha do Socó e a Pedra da Arara, mas sua.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Serra das Paridas, Lençóis Chapada Diamantina, Sítio Arqueológico das paridas SERRA DAS PARIDAS LENÇÓIS - Chapada Diamantina.
Distante 36 km de Lençóis a Serra da Paridas é um verdadeiro “tesouro arqueológico”, considerado um dos maiores sítios arqueológicos da Bahia.
A enorme variedade de pinturas rupestres e a beleza local vêm atraindo estudantes, pesquisadores e os mais.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Bonito Chapada Diamantina, Bahia, Cirquito Chapada Norte, Guia de turismo de Bonito Bonito é um município do Circuito da Chapada Norte que integra a região conhecida por Piemonte da Diamantina.
Encontra-se a 450 km de Salvador e a uma altitude de 990 metros.
Famosa pela produção de café, a cidade vive uma época de crescimento, graças à exportação do produto, mas sua produção.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Jacobina BA - Cidade Presépio - Campo Formoso - Miguel Calmon - Chapada Diamantina, Chapada Norte - Piemonte da Diamantina Chapada Norte Piemonte da DiamantinaEcoturismo, Esporte RadicaisA região do Piemonte da Diamantina, localizada na Chapada setentrional, é composta pelos os município de Campo Formoso, Jacobina, Bonito, Miguel Calmon, Ourolândia, Wagner, Piritiba, Morro do Chapéu, Utinga e Licínio de.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Livramento de Nossa Senhora, Chapada Diamantina Bahia, Brasil, Guia de turismo No fim do século XVII, o povoado era chamado de Arraial dos Crioulos e se transformou em ponto de pouso para os viajantes do norte de Minas Gerais e Goiás para Salvador.
O primeiro núcleo populacional iniciou-se em 1715 com a chegada de paulistas na região a procura de ouro e pedras preciosas.
Os.
GUIA JOÃO, IBICOARA CHAPADA DIAMANTINA BAHIA INFORMAÇÕES - TURISMO ECOTURISMO ÁREA DE CAMPING EM IBICOARA BAHIA - LAGO DO BAIXÃO - CACHOEIRA DO LICURI - TOCA DO VAQUEIRO - CIDADE DE IBICOARA - RESIDÊNCIA DO JOÃOZINHO - CHAPADA DIAMANTINA BAHIA Chapada Diamantina, Área de camping em Ibicoara Bahia, Para quem não quiser hopedar em pousadas em Ibicoara pode acampar em áreas de camping selvagem: ao lado do lago do Baixão; no meio do canyon da Fumacinha não está permitido acampar; Cachoeira do Licuri, Toca do Vaqueiro ou na cidade,.
Etiquetas Ibicoara CHAPADA DIAMANTINA POUSADAS IBICOARA BAHIA CHAPADA DIAMANTINA POUSADAS.
GUIA JOÃO 25/01/2012 20:57 LOCALIZAÇÃO DA CHAPADA DIAMANTINA   Região central da Bahia, nordeste do Brasil.
  Área  38 mil km²   População  376.
125 habitantes   Clima  Sub-Tropical   Temperatura anual Média máx.
23ºC e média mín.
19ºC (na área do Parque.
CHAPADA DIAMANTINA POUSADAS IBICOARA BAHIA ANIMAIS, PLANTAS, FLORES, FAUNA E FLORA IBICOARA CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA BRASIL 28/04/2012 21:06 Ibicoara, Chapada Diamantina, Bahia Brasil, belezas da fauna da região.
No dia 28-04-2012, um novo visitante resolveu fazer um lindo passeio em Ibicoara, especialmente na cachoeira do Buracão.
Sem se preocupar com os outros visitantes, ele escolheu seu ponto de observação em um local muito.
Todos os artigos Itens: 1 - 1 de 1 GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - GUIA DE TURISMO ECOTURISMO DE IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - CHAPADA DIAMANTINA HOTÉIS, Ecoturismo no Brasil - Turismo e ecoturismo com sustentabilidade - Turismo ecológico no Brasil e no mundo O mundo vê hoje o ecoturismo como uma forma de se alcançar altos lucros.
Entretanto, tal concepção gera preocupação de não se ter a sustentabilidade tanto cultural, social, natural e econômica do local onde se vai desenvolver a atividade.
Pois sem um planejamento adequado, às conseqüências serão.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - GUIA DE TURISMO ECOTURISMO DE IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - CHAPADA DIAMANTINA HOTÉIS, Chapada Diamantina - IBICOARA BAHIA - Guia de turismo João Chapada Diamantina.
 A Chapada Diamantina é cheia de mistérios, cultura, histórias e muitas belezas naturais.
As atrações turísticas são inúmeras, a começar cidades que remontam ao período colonial brasileiro.
Nas redondezas, a paisagem serrana é fascinante.
O relevo montanhoso é responsável.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - GUIA DE TURISMO ECOTURISMO DE IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - CHAPADA DIAMANTINA HOTÉIS, TERRENOS A VENDA NA CHAPADA DIAMANTINA, TERRENOS A VENDA EM IBICOARA BAHIA, TERRENOS CHAPADA DIAMANTINA Chapada Diamantina - Bahia.
Temos descrições e preços de lindos terrenos a venda na Chapada Diamantina, Ibicoara BA.
Os terrenos se encontram em Ibicoara ao sudoeste da Chapada Diamantina, a cerca de mil metro de altitude, com temperatura média de 19º C anual.
Muitas das propriedades a venda em.
Etiquetas Ibicoara GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Ibicoara - Turismo - Ecoturismo - Cultura orgânica - Guia de ecoturismo - Chapada Diamantina - Bahia Brasil Ibicoara é um município da Chapada Diamantina onde a natureza está sempre mostrando sua sabedoria.
Foi emancipado em 1962 desmembrado do município de Mucugê.
Podemos perceber as mais belas renovações das florestas, rios e paisagens dessa terra que nos proporciona uma vida tranqüila e de elevação.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO COMO CHEGAR A IBICOARA - VIA DE ACESSO A IBICOARA - MAPA DE IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA BRASIL COMO CHEGAR A IBICOARA - VIA DE ACESSO A IBICOARA - MAPA DE IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA BRASIL O acesso a Ibicoara: Saindo de Salvador pela BR- 324 até Feira de Santana (110 km), seguindo na direção de Vitória da Conquista pela BR 116, após 72 km deixar essa rodovia.
Dobrar à.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO PINTURAS RUPESTRES DE IBICOARA, IBICOARA PINTURAS RUPESTRES, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA BRASIL Ibicoara.
Chapada Diamantina Bahia.
Veja também as muitas pinturas rupestres de Ibicoara.
Os registros dos homens pre histórico se encontra em varias localidades aqui em Ibicoara, Tem um grande conjunto de pinturas históricas no povoado do Canta Galo; As margem do Rio Gibóia um afluente do Rio.
GUIA JOÃO - IBICOARA - CHAPADA DIAMANTINA - BAHIA - BRASIL - TURISMO Ecoturismo no Brasil, Informações sobre a expansão do turismo sustentável nas regiões brasileiras O Ecoturismo no Brasil destaca-se a partir do movimento ambientalista, quando os debates sobre a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis alcançam a atividade turística.
No decorrer dos anos, a atividade vem se desenvolvendo e ganhando forças em meio à discussão de um modelo de turismo mais responsável.
Segundo diversas instituições e operadores de turismo especializados, esse tipo de turismo vem apresentando um crescimento contínuo no mundo e o Brasil, com tamanha exuberância, apresenta-se como potencial destino de grande competitividade internacional.
Conjuntamente se expandem as ações pró-ativas do trade turístico, em especial agências de turismo e meios de hospedagem que atuam em áreas naturais, na operacionalização de atividades de Ecoturismo, que apresentam correspondência com atividades de outros segmentos, como Turismo de Aventura, Turismo Cultural, Turismo Rural, entre outros.
  O Ecoturismo possui entre seus princípios a conservação ambiental aliada ao envolvimento das comunidades locais, devendo ser desenvolvido sob os princípios da sustentabilidade, com base em referenciais teóricos e práticos, e no suporte legal.
O desenvolvimento sustentável é um conceito que visa harmonizar o crescimento econômico com a promoção da igualdade social e preservação do patrimônio natural, garantindo que as necessidades das atuais gerações sejam satisfeitas sem, contudo, comprometer o atendimento às necessidades das gerações futuras.
O Brasil, um dos países com maior biodiversidade pela riqueza de seus biomas (Amazônia, Mata Atlântica, Campos Sulinos, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Zona Costeira e Marítima) e seus diversos ecossistemas, apresenta um cenário rico para esse segmento.
O Ecoturismo tem como pressuposto contribuir para a conservação dos ecossistemas e, ao mesmo tempo, estabelecer uma situação de ganhos para todos os interessados: se a base de recursos é protegida, os benefícios econômicos associados ao seu uso serão sustentáveis.
Além disso, a atividade amplia as  5   oportunidades de gerar postos de trabalho, receitas e inclusão social e, acima de tudo, promove a valorização e a proteção desse imensurável patrimônio natural.
   O Ecoturismo pressupõe a elevada difusão de premissas fundamentais – como princípios e critérios que apontam que o alcance da sustentabilidade socioambiental está associado ao processo de planejamento participativo, com integração intersetorial e inserção da comunidade local para contemplar as necessidades de infraestrutura e qualificação profissional para a gestão sustentável da atividade.
Os produtos de Ecoturismo apresentam peculiaridades que vão desde a escolha da área natural, a identificação da legislação ambiental pertinente, a seleção de atrativos naturais a serem ofertados, as atividades contempladas, até a aplicação de um marketing responsável, associado à promoção e comercialização, observando-se o caráter ecológico – que ampliam as reflexões ambientais e a interpretação socioambiental com inserção das comunidades locais receptoras.
  Este curso, além de atualizar e complementar as informações já abordadas, traz uma contextualização do mercado do segmento e do perfil do turista que busca por suas atividades.
A importância do estabelecimento de parcerias e do envolvimento comunitário são aspectos reforçados como essenciais para o desenvolvimento do Ecoturismo, trazendo ainda a abordagem do turismo de base comunitária.
A acessibilidade também ganhou espaço, apresentando a relevância das áreas naturais serem acessíveis à visitação por pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
   Entendendo o segmento O debate ambiental ganha espaço nos meios científico, político e social, favorecendo aos governos e às organizações privadas e não-governamentais a introdução de novas visões para o desenvolvimento econômico, que incorpora a qualidade ambiental e a inclusão social.
É fundamentado nessa premissa que se compreende o Ecoturismo como uma atividade que se materializa pela interação e experiência do visitante com o ambiente de forma sustentável.
  6   Aspectos históricos   Aspectos históricos A partir da década de 1970, as preocupações com o desenvolvimento econômico, a degradação do meio ambiente e as questões sociais alcançaram a atividade turística, tanto na esfera acadêmica, quanto na das organizações civis, evidenciando a necessidade de conservação do meio ambiente por meio de técnicas sustentáveis.
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, em 1972 , representou um importante marco quanto à preocupação com o meio ambiente, ao reunir 113 países para a discussão dos problemas ambientais e da relação entre desenvolvimento e meio ambiente.
No decorrer dos anos, na década de 1980 e principalmente na década de 1990, havia um clima propício para se discutir alternativas ambientais, buscando- se equacionar o desenvolvimento com a conservação ambiental.
Já se observava, também, avanços em pesquisas científicas que apontavam o caráter emergencial da conservação da biodiversidade pela acelerada expansão da degradação dos recursos naturais.
O turismo de massa era apontado como o agressor da paisagem natural e cultural, e a vida nas grandes metrópoles (principais núcleos emissores de turistas) já exigia uma nova conduta na busca pelo restabelecimento físico e emocional: buscavam-se lugares remotos, de natureza conservada, paisagens bucólicas entrelaçadas com cultura e hábitos singulares.
Dessa forma, incentivava-se uma nova maneira de vivenciar e usufruir as paisagens rurais e naturais, as florestas, as regiões costeiras, entre outros ecossistemas, proporcionando a discussão de uma nova forma de uso e fruição dos espaços pelos turistas.
As visitas às áreas protegidas passam a ganhar espaço e a se popularizar, mesmo que inicialmente com um caráter mais científico, desempenhando um importante papel neste processo.
No Brasil, os primeiros estudos sobre Ecoturismo remetem à década de 1980.
Em 1985 a EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) deu início ao “Projeto Turismo Ecológico”, criando dois anos depois a Comissão Técnica Nacional constituída conjuntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e  7   dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), primeira iniciativa direcionada a ordenar o segmento.
Ainda na mesma década, foram autorizados os primeiros cursos de guia de turismo especializados, porém, foi na década seguinte, com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente – ECO 92, realizada em 1992 no Rio de Janeiro/RJ, que esse tipo de turismo ganhou visibilidade e impulsionou um mercado com tendência de franco crescimento, propondo diretrizes e tratados com aplicação de âmbito mundial, a partir da aceitação ou consignação de cada nação.
Fruto deste evento, a Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.
A Agenda 21 aponta o Ecoturismo como uma prática conservacionista, comprometida com a natureza, com a responsabilidade social e com o desenvolvimento local.
Da Agenda 21 Global – marco referencial para o planeta – emana a Agenda 21 Brasileira, que envolve a sociedade civil e o setor público por meio de um processo participativo e propositivo, sistematizada em seis áreas temáticas que abordam a atividade turística: agricultura sustentável; cidades sustentáveis; infraestrutura e integração regional; gestão de recursos naturais; redução das desigualdades sociais; e ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.
A implantação da Agenda 21 Brasileira levou à construção de Agendas 21 Locais, contribuindo para ampliar a cultura da sustentabilidade no País.
A Carta da Terra  e a Agenda 21, provenientes da ECO 92, foram documentos importantes para nortear a definição conceitual e as estratégias e ações contidas no documento “Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo”, lançado em 1994 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a EMBRATUR e o IBAMA, em função das possibilidades do desenvolvimento deste segmento em áreas naturais com elevados índices de biodiversidade e pressões antrópicas de degradação ambiental.
O objetivo maior representa o desenvolvimento da atividade ecoturística de forma organizada e planejada, apresentando  8   estratégias para as seguintes ações: regulamentação do Ecoturismo; fortalecimento e interação interinstitucional; formação e capacitação de recursos humanos; controle de qualidade do produto ecoturístico; gerenciamento de informações; implantação e adequação de infraestrutura; incentivos ao desenvolvimento do Ecoturismo; conscientização e informação do turista; participação comunitária.
Sua elaboração contou com a participação de profissionais de instituições públicas, privadas, de ensino do turismo e meio ambiente, com influência expressiva dos conceitos relacionados ao desenvolvimento sustentável debatidos na Conferência RIO.
O setor turístico, incorporando explicitamente as premissas da sustentabilidade e com o objetivo principal de proteger os recursos naturais, culturais e sociais que o constituem, por meio da Organização Mundial do Turismo (OMT), do Conselho Mundial de Turismo e Viagens (WTTC) e do Conselho da Terra (Earth Council), lançou em 1996 um programa setorial de desenvolvimento sustentável intitulado Agenda 21 para a Indústria de Viagens e Turismo para o Desenvolvimento Sustentável (Agenda 21 for the Travel & Tourism Industry: Towards Environmentally Sustainable Development).
  O documento indica áreas prioritárias para o desenvolvimento de programas e procedimentos para a implementação do turismo sustentável e aborda temas dirigidos a governos e representações das organizações da indústria turística e às empresas de viagem e turismo visando o estabelecimento de procedimentos sustentáveis.
As diretrizes apresentadas representam importantes orientações para a promoção do turismo sustentável, devendo ser observadas pelos atores envolvidos no processo do seu desenvolvimento.
  Em 2002, com o intuito de consagrá-lo como o Ano Internacional do Ecoturismo, a Organização Mundial de Turismo e o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas (PNUMA) organizaram a Cúpula Mundial de Ecoturismo em Quebec, Canadá.
O evento, que contou com 1.
169 representantes de 132 diferentes países, trouxe mais contribuições para este debate ao explicitar que o Ecoturismo tem um papel relevante nas estratégias de desenvolvimento sustentável, elencando os papéis e as responsabilidades que cada setor, público ou privado, deve  9   assumir.
  De modo geral, as políticas públicas de turismo no Brasil norteiam-se pelos princípios da sustentabilidade, fundamentadas na Constituição Brasileira, que reserva a todos o direito ao meio ambiente, impondo ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo às futuras gerações.
Incumbe, também ao poder público, a responsabilidade de estabelecer instrumentos legais para a proteção e conservação dos recursos naturais e o seu uso racional.
  O Ecoturismo, por apresentar sua base de desenvolvimento na sustentabilidade, enfatiza a importância do processo de planejamento multisetorial participativo, em que todos os atores têm papel fundamental em todas as fases do processo de desenvolvimento, como observar a singularidade local e regional na instalação de equipamentos e programas de qualificação profissional para gestão pública, privada e comunitária nos destinos.
  Os princípios e os critérios para o desenvolvimento do segmento devem considerar a gestão socioambiental dos recursos naturais, para que os impactos positivos do Ecoturismo sejam maximizados, e os negativos sejam minimizados na esfera ambiental, social e econômica, em especial aos que estão relacionados aos sítios turísticos naturais no Brasil, e àqueles relacionados às Unidades de Conservação que permitem a visitação pública.
  Conceituação e caracterização Conceituação   A partir da publicação mencionada anteriormente, intitulada Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, o “turismo ecológico” passou a se denominar e foi conceituado como: Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem- estar das populações.
Entre diversas interpretações e definições para Ecoturismo, a conceituação estabelecida continua sendo referência no País.
  10   A Sociedade Internacional de Ecoturismo (TIES) apresenta uma conceituação semelhante, que define que “Ecoturismo é uma viagem responsável a áreas naturais, visando preservar o meio ambiente e promover o bem-estar da população local”.
Para melhor entendimento do conceito adotado pelo Ministério do Turismo, são esclarecidos alguns termos e expressões que o constituem:  a) Segmento da atividade turística A segmentação do turismo, embora possa ser definida por diferentes elementos e fatores, nesse caso é definida a partir das características da oferta, em função da motivação do turista, e em relação à atitude do prestador de serviços, da comunidade receptora e do turista.
Já as atividades turísticas compreendem os serviços que o turista utiliza e as atividades turísticas que realiza durante sua viagem e sua estadia no destino, tais como: hospedagem, alimentação, transporte, recepção e condução de turistas, recreação e entretenimento, operação e agenciamento bem como outras atividades complementares que existem em função do turismo.
b) Utilização sustentável do patrimônio natural e cultural O conceito de sustentabilidade, embora de difícil delimitação, refere-se ao “desenvolvimento capaz de atender às necessidades da geração atual sem comprometer os recursos para a satisfação das gerações futuras”.
Em uma abordagem mais ampla, visa promover a harmonia dos seres humanos entre si e com a natureza.
Utilizar o patrimônio natural e cultural de forma sustentável representa a promoção de um turismo “ecologicamente suportável a longo prazo, economicamente viável, assim como ética e socialmente equitativo para as comunidades locais.
Exige integração ao meio ambiente natural, cultural e humano, respeitando a fragilidade que caracteriza muitas destinações turísticas”.
  c) Incentivo à conservação do patrimônio natural e cultural e busca de uma consciência ambientalista pela interpretação do ambiente Esse tipo de turismo pressupõe atividades que promovam a reflexão e a integração homem e ambiente, em uma inter-relação vivencial com o ecossistema, com os costumes e a história local.
Deve ser planejado e orientado visando o envolvimento do turista  11   nas questões relacionadas à conservação dos recursos que se constituem patrimônio natural e cultural.
  d) Promoção do bem-estar das populações A distribuição dos benefícios resultantes das atividades ecoturísticas deve contemplar, principalmente, as comunidades receptoras, de modo a torná-las protagonistas do processo de desenvolvimento da região.
O estabelecimento desse recorte conceitual diante da amplitude de interações entre meio ambiente, sociedade e turismo é primordial para o direcionamento das políticas públicas integradas entre os setores.
Tal recorte delimita o que se compreende por Ecoturismo, cuja análise do desenvolvimento teórico e prático ao longo da última década permite tecer considerações fundamentadas em aspectos que se referem à natureza da atividade turística, à sustentabilidade, ao território e à motivação do turista.
  Ecoturismo e sua relação com o turismo sustentável Reconhece-se que o Ecoturismo “tem liderado a introdução de práticas sustentáveis no setor turístico”, mas é importante ressaltar a diferença e não confundi-lo como sinônimo de Turismo Sustentável.
Sobre isso, a Organização Mundial de Turismo e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente referem-se ao Ecoturismo como um segmento do turismo, enquanto os princípios que se almejam para o Turismo Sustentável são aplicáveis e devem servir de premissa para todos os tipos de turismo em quaisquer destinos.
Sob esse enfoque, o Ecoturismo caracteriza-se pelo contato com ambientes naturais, pela realização de atividades que possam proporcionar a vivência e o conhecimento da natureza e pela proteção das áreas onde ocorre.
Ou seja:  O Ecoturismo assenta-se no tripé: interpretação, conservação e sustentabilidade.
Assim, o Ecoturismo pode ser entendido como as atividades turísticas baseadas na relação sustentável com a natureza e as comunidades receptoras, comprometidas com a conservação, a educação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico.
Para se compreender as delimitações conceituais entre Ecoturismo e Turismo Sustentável é interessante uma análise retrospectiva desses termos.
A década de 1960 foi marcada pela  12   eclosão do turismo de massa, quando se registraram e foram reconhecidos os impactos negativos da atividade turística, levando à desmistificação da idéia de “indústria sem chaminés”.
Já no início dos anos 1970, começaram as discussões sobre “gestão de turistas”, consolidando o entendimento do turismo como atividade econômica potencialmente poluidora, a depender da maneira como ocorre.
Nesse contexto, a temática passou a ser insistentemente debatida pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada em 1983 no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), de onde surgiu o termo Turismo Verde, que na década de 90 se amplia para a noção de Turismo Sustentável.
Como existem pontos comuns na idéia de Turismo Sustentável e na de Ecoturismo a partir dos princípios da sustentabilidade, estabeleceu-se essa sobreposição nas definições conceituais.
O elemento de diferenciação do Ecoturismo reside no enfoque da sustentabilidade evidenciado na conservação, interpretação e vivência com a natureza como fator de atratividade.
Confirma-se, desse modo, como um segmento da oferta turística que, afora o social, institui-se e se caracteriza fundamentalmente em dois pilares da sustentabilidade – o ambiental e o econômico, carregando como premissas o cultural e o político no sentido da complementaridade.
Já o Turismo Sustentável confere a cada um desses aspectos a mesma intensidade, impregnando-os na atividade turística como um todo, e empresta à segmentação da oferta requisitos que podem determinar alguns tipos de turismo, como é o caso do Ecoturismo.
  Turismo Sustentável é o que relaciona as necessidades dos turistas e das regiões receptoras, protegendo e fortalecendo oportunidades para o futuro.
Contempla a gestão dos recursos econômicos, sociais e necessidades estéticas, mantendo a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais, a diversidade biológica e os sistemas de suporte à vida.
  A adoção de estratégias e ações para o turismo sustentável está inserida nas formas de gestão ambiental territorial dos destinos turísticos, ao contemplar ações conjuntas, organizadas e planejadas tanto em nível governamental, como nos diversos segmentos do setor privado do turismo e sociedade  13   organizada, baseado em análises dos impactos ambientais e socioculturais previstos ou estabelecidos nos destinos turísticos, reais ou potenciais.
A gestão ambiental dos destinos turísticos pode tornar-se um fator determinante no seu crescimento socioeconômico, visto que os produtos ecoturísticos dependem de áreas naturais conservadas para o seu desenvolvimento.
Deve-se observar a importância de ser uma atividade econômica complementar às já existentes, de forma a salvaguardar as atividades realizadas pelas populações inseridas nestas áreas, especialmente as que apresentam formas tradicionais de manejo dos recursos naturais distintas das populações localizadas em grandes centros urbanos.
  Caracterização Existem características importantes para o desenvolvimento do Ecoturismo que devem ser observadas e entendidas de forma conjunta e integrada, uma vez que se tornam interdependentes nas atividades do segmento.
A seguir são apresentadas algumas delas.
A) Gestão, proteção e conservação dos recursos naturais Um dos aspectos essenciais que caracteriza o segmento consiste principalmente na adoção de estratégias e ações para minimizar possíveis impactos negativos da visitação turística por meio do uso de um modelo de gestão sustentável da atividade.
Para tanto, é preciso dispor de um conjunto de medidas planejadas, organizadas e gerenciadas de forma sistêmica, capazes de promover a conservação, recuperação, preservação e manejo da área em questão, em sintonia com as demais atividades no território.
No tocante à proteção e à conservação dos recursos naturais, destacam-se as Unidades de Conservação, sejam elas de caráter público, ou ainda privado, como as Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
Espaço fundamental de conscientização ambiental, fomento a oportunidades de geração e distribuição de renda local e conservação do patrimônio ambiental.
  B) Escala do empreendimento e do fluxo de visitantes O Ecoturismo pode ser caracterizado sob dois aspectos principais, em função da capacidade de suporte de cada ambiente e da atividade desenvolvida:  14   • Volume e intensidade dos fluxos turísticos – referem-se à quantidade de turistas e à frequência da visitação; • Porte dos equipamentos turísticos – diz respeito às dimensões – pequenas, médias e grandes – das instalações.
O Ecoturismo, de modo geral, ocorre em pequenas e médias propriedades, com um fluxo reduzido de turistas.
No entanto, independente do porte dos equipamentos, o importante é considerar a capacidade de suporte dos ambientes, ou seja, a capacidade do ambiente em suportar uma quantidade de visitantes, sem que sofra alteração ambiental significativa.
Nesse segmento essa questão torna-se fundamental e se define por garantir um número de turistas compatível com a sustentabilidade do ambiente utilizado, de forma a garantir, bem como a conservação ambiental, também a qualidade da visita para os turistas.
Para tanto, existem diferentes metodologias de avaliação e dimensionamento de potenciais impactos, número de visitantes e frequência de atividades que os ambientes podem suportar periodicamente.
Isso vale também em relação ao porte das edificações e dos equipamentos que devem ser proporcionais ao número de turistas que os utiliza e o tamanho da área visitada.
  C)Paisagem   A paisagem, além de ser um recurso turístico por excelência, é um importante elemento na caracterização do segmento, pois são os locais preservados ou conservados e sua atmosfera que compõem o cerne da motivação dos turistas.
Nesse sentido, a busca por infraestrutura, equipamentos e serviços adequados visam minimizar a intervenção na paisagem.
Na instalação de estruturas físicas pode-se, por exemplo, aproveitar a iluminação e ventilação naturais para as áreas internas e a instalação de equipamentos de aquecimento solar de água pode minimizar o consumo de energia elétrica.
As edificações devem observar o meio físico em que estão inseridos (montes, rios, lagos, penhascos, cachoeiras, ilhas e praias), biológicos (flora e fauna) e culturais (ser humano e artefatos em interação), a partir da utilização de elementos que expressem e fortaleçam a identidade local, como artesanatos e comidas típicas.
Aspectos da arquitetura devem ser observados, como autenticidade dos elementos arquitetônicos e  15   decorativos, contemplando-se o conforto e a qualidade dos serviços.
Os equipamentos turísticos que se destacam no segmento devem revelar as práticas e técnicas de construção utilizadas nas localidades e regiões, que pode ser conferida na arquitetura vernacular, respeitando-se os critérios normativos ambientais existentes no Brasil.
Essas técnicas observam a origem dos materiais, aproveitando-se especialmente os materiais locais.
Assim, destacam-se a autenticidade, a simplicidade e a rusticidade dos elementos arquitetônicos e decorativos, primando pelo conforto e qualidade.
  Ao se estruturar um empreendimento para o desenvolvimento da atividade ecoturística, é preciso considerar que a infraestrutura deve expressar e fortalecer a identidade do território, sem agredir a paisagem.
A ambientação dos equipamentos e o uso de materiais, artesanato e gastronomia locais, permitem ampliar as possibilidades de interpretação de características importantes do meio ambiente e da cultura em que o ecoturista está inserido.
Além de estimular, fortalecer e resgatar o uso de técnicas tradicionais na confecção de produtos, que geram emprego e renda para as populações locais.
  D) Educação ambiental A educação ambiental pode ser entendida como o processo pelo qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente.
É um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida, afirmando valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a proteção ambiental.
Estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservem entre si relação de interdependência e diversidade, o que requer responsabilidade individual e coletiva local, nacional e mundial.
A educação ambiental perpassa as práticas formais (escolares) e recursos pedagógicos comuns para obter resultados no campo informal – onde estão inseridas as atividades turísticas em áreas naturais.
Assim, o Ecoturismo tem papel estratégico ao privilegiar a educação ambiental na promoção do contato com o ambiente natural, contribuindo para romper com condicionamentos sociais  16   inscritos nos hábitos de indivíduos acostumados com a cultura dos centros urbanos, bem como para a busca de alternativas às relações da sociedade com a natureza e seus indivíduos, por meio da descoberta de novos estilos de vida, gastronomia, crenças e valores, arquitetura etc.
Os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação coordenam o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA), desenvolvido para atender ao preconizado pela Constituição Federal do Brasil, à promoção pelo poder público da “educação ambiental em todos os níveis de ensino e à conscientização pública para a preservação do meio ambiente”.
Tal programa tem como objetivo “assegurar, no âmbito educativo, a integração equilibrada das múltiplas dimensões da sustentabilidade – ambiental, social, ética, cultural,  econômica, espacial e política – ao desenvolvimento do País, resultando em melhor qualidade de vida para toda a população brasileira, por intermédio do envolvimento e participação social na proteção e conservação ambiental e da manutenção dessas condições ao longo prazo”.
Ainda no âmbito do ProNEA, no que se refere à elaboração de políticas públicas de conservação da biodiversidade e de Educação Ambiental, o MMA deu início em 2006 a um importante esforço ao instituir o Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas (PNAP).
Para o alcance de seus objetivos de fortalecimento da comunicação, da educação e a sensibilização pública para participação e controle social sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), previu a formulação de uma Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental no âmbito do SNUC (ENCEA).
A intenção é que este seja um documento orientador efetivamente utilizado pelos atores e instituições envolvidos com o planejamento e execução de ações de comunicação e educação ambiental em Unidades de Conservação e seu entorno.
Cabe também observar as experiências inovadoras de formação de monitores locais e a capacitação de agentes multiplicadores promovida por projetos de educação ambiental no Brasil.
Essas iniciativas têm contribuído significativamente ao estimular a reflexão e apontar soluções para problemas enfrentados por comunidades tradicionais, promovendo uma efetiva participação  17   social e considerando valores e comportamentos particulares de diversas culturas que compõem nossa sociedade em processos decisórios relacionados ao turismo e à melhoria da qualidade de vida.
  E) Interpretação ambiental A interpretação é a arte de explicar o significado de determinado recurso ou atrativo turístico.
Trata-se de proporcionar o entendimento do ambiente natural, despertar a atenção e o interesse do visitante em relação à natureza e à cultura, esclarecendo dados, fatos e correlações que normalmente não são claros ao simples olhar.
As características do local são ressaltadas e explicadas em um processo de facilitação da informação, levando o turista a compreender e vivenciar experiências mais significativas, ricas e aprazíveis.
Além disso, a interpretação serve ao propósito de sensibilizar e conscientizar em relação às questões ambientais, fato que a torna uma estratégia de educação ambiental e uma forma adequada de comunicação do conhecimento da natureza e da cultura.
É também uma maneira de contribuir para a sustentabilidade, na medida em que as mensagens transmitidas podem mudar ou fortalecer a percepção do turista, estimulando a atenção para as questões ambientais e promovendo a valorização e proteção da natureza – justamente por isso torna- se imperiosa na prática do Ecoturismo.
A interpretação constitui-se em um processo e como tal requer planejamento, denominado Plano de Interpretação, para contemplar etapas importantes: análise do recurso e de suas potencialidades; identificação dos destinatários ou público-alvo da interpretação; formulação dos objetivos da interpretação; Determinação das mensagens a transmitir; seleção dos meios de interpretação; recomendações para executar tarefas e levantamento das necessidades de pessoal; eleição dos critérios para efetuar a execução e avaliação.
Como método de trabalho, a interpretação promove também a interrelação entre condutores ambientais locais e ecoturista.
As técnicas utilizadas variam de acordo o objetivo da interpretação e do público – que está conhecendo a localidade ou região, visto que não se pode desassociar a área natural interpretada de sua  18   dinâmica sociocultural.
Diante desse contexto, cabe ressaltar alguns princípios para a interpretação ambiental: • Estimular as percepções e sentidos do visitante, de modo a estabelecer uma compreensão das características singulares do ecossistema vivenciado, para que se sensibilize sobre a importância da conservação;   • Não apenas instruir, mas provocar, estimular a curiosidade do visitante encorajando a explorar o ambiente interpretado por meio do uso dos sentidos - tato, olfato, audição;   • Buscar a interface nos dados técnicos da fauna e flora local com causos, lendas e histórias de ocupação territorial, entre outros;   • Realizar a interpretação em parceria com integrantes da comunidade receptora, estimulando a troca de conhecimentos dos saberes e dos fazeres;   • Utilizar uma linguagem acessível quando o grupo for mais heterogêneo viabilizando a interpretação de aspetos socioambientais complexos, para um público mais leigo;   • Preparar-se tecnicamente para atender públicos e produtos de Ecoturismo mais específicos, como observação de aves, orquídeas, mamíferos, entre outros;   • Preparar-se tecnicamente, verificar a acessibilidade dos atrativos e equipamentos turísticos para atender públicos que demandam maior atenção na execução de atividades como pessoas com deficiências ou com mobilidade reduzida;   • Não tentar vender uma verdade universal, mas destacar a diversidade ambiental e suas relações socioculturais com o entorno.
A interpretação é também um excelente caminho para proporcionar novas oportunidades de trabalho para a comunidade local, podendo estar integrado em programas ou ações de educação ambiental, que promovem a interação entre turistas e comunidade por meio de práticas e vivências singulares da localidade: estimular os sentidos a partir de cheiros e sabores  19   que marcam a biodiversidade local; integração a atividades comunitárias ou a projetos de conservação ambiental; participação em eventos que promovam a difusão da cultura local e regional.
Principais atividades praticadas no âmbito do segmento   Principais atividades praticadas no âmbito do segmento   A oferta turística do segmento, além dos serviços de hospedagem, transporte, alimentação, entretenimento, agenciamento, recepção, guiamento e condução, contempla também atividades na natureza que o caracterizam.
Ao serem contempladas no âmbito desse segmento, tais atividades devem considerar:   • Materiais, técnicas e procedimentos adotados na construção das instalações relacionados com os princípios da sustentabilidade e em harmonia com as características do local e da região, como seu porte e estilo arquitetônico;   • Meios e vias de transporte que gerem o mínimo impacto ambiental possível;   • Serviços e produtos de acordo com os princípios da qualidade, da sustentabilidade e da cultura local;   As atividades ecoturísticas devem seguir premissas conservacionistas e ser estruturadas e ofertadas de acordo com normas e certificações de qualidade e de segurança de padrões reconhecidos internacionalmente.
A compreensão da singularidade que caracteriza a paisagem, fauna, flora, formações rochosas dos ambientes naturais brasileiros exige técnicas de interpretação ambiental, guias de turismo e condutores – com qualificação técnica, associados ao uso adequado de equipamentos e vestuário, em função da atividade a ser desenvolvida.
No âmbito do Ecoturismo observa-se a possibilidade de desenvolvimento de uma grande variedade de atividades.
Caracterizam-se pela relação com a natureza, seja com a fauna, a flora, as formações rochosas, as paisagens, os  20   espetáculos naturais extraordinários, e até mesmo vários deles ou todos ao mesmo tempo.
O turista pode realizar uma trilha buscando conhecer a flora de uma região e ao mesmo tempo observar os animais que encontra pelo caminho, apreciar as paisagens naturais e aprofundar seus conhecimentos sobre a região como um todo por meio da interpretação ambiental realizada por um condutor local.
Nas atividades de Ecoturismo, também é comum o acompanhamento de um guia de turismo ou condutores especializados, de forma a contribuir para a experiência do visitante.
Um ponto forte do ecoturista é a sua interação com o ambiente em que visita, a vivência de sua aproximação com o meio natural.
A seguir são apresentadas algumas atividades que podem ser realizadas no âmbito do segmento de Ecoturismo.
Muitas se relacionam com o Turismo de Aventura.
Algumas exigem equipamentos e vestuário adequados.
De acordo com o perfil do turista e do produto turístico buscado, dá-se a sua interação com o ambiente, que pode ser mais intensa, mais focada na observação de aspectos específicos, como de aves, voltada para a apreciação de grandes belezas cênicas, para a aquisição de conhecimento sobre o meio ambiente, e assim por diante.
Quadro 1 – Atividades praticadas no âmbito do Ecoturismo  21    22     23     Existe uma diversificada e significativa gama de outras atividades que, embora possam caracterizar outros tipos de turismo, podem também ser ofertadas em produtos e roteiros desse segmento, como atividades turísticas de aventura, de pesca, náuticas, culturais e outras, desde que cumpram as premissas, comportamentos e atitudes estabelecidas no Ecoturismo.
Assim, é possível uma ampliação da oferta de atividades aos turistas e uma agregação de valor ao produto.
Como exemplos, temos:  24   • Visita a comunidades anfitriãs, que permite a interação ou companhamento de atividades cotidianas ou eventos tradicionais de comunidades locais, como forma de valorização do ambiente natural e cultural dessas comunidades e de oportunidade de geração de renda extra às iniciativas sociais comunitárias, por meio do Ecoturismo; • Visitas a sítios arqueológicos inseridos em ambientes naturais, unidades de conservação ou próximos a comunidades; • Acampamentos realizados em áreas naturais públicas ou privadas, com equipamentos especializados; • Visita de instituições de ensino em ambientes naturais para atividades de cunho educativo que auxiliam no processo ensino- aprendizagem.
É um recurso motivador de aprendizagem, capaz de auxiliar na formação dos alunos - reforçando conceitos como o de cidadania, consciência ambiental e patrimonial – e de fornecer experiências de vida em grupo; • Caminhadas em propriedades rurais para observação da vida cotidiana do homem no campo e da biodiversidade da região; • Atividades esportivas em ambientes naturais, como corridas de orientação.
  Para prática de atividades de Ecoturismo, aliado muitas vezes a atividades turismo de aventura, recomendam-se também a consulta das Normas Técnicas de Turismo de Aventura, disponíveis no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas.
  Estudos e Pesquisas sobre o Segmento   Estudos e pesquisas sobre o segmento   Para uma melhor compreensão do segmento de Ecoturismo, é interessante observar alguns estudos realizados relacionados ao tema, que permitem também conhecer um panorama de seu desenvolvimento.
Em relação ao turista internacional que viaja ao Brasil, segundo o Estudo da  Demanda Turística Internacional 2004-2008, dentre os entrevistados do último ano que vieram ao País a lazer, 22,2% tem na natureza, no Ecoturismo ou na aventura a principal motivação de suas viagens.
Na tabela a  25   seguir é possível perceber ainda que, neste curto período de quatro anos, a motivação por estes segmentos relacionados à natureza cresceu significativamente.
  Tabela 1 – Características e Motivações das viagens dos turistas internacionais     De acordo com o Plano Aquarela - Marketing Turístico Internacional do Brasil 2007-2010, o turismo e o lazer destacaram-se (70%) como principal motivação da viagem ao Brasil em 2004 e 2006.
Dentre o lazer, de modo geral, ainda com base nesses dois anos, os principais aspectos motivadores da visita ao Brasil foram as belezas naturais e a diversidade brasileira, bem como o povo e a cultura popular.
Quanto à imagem dos turistas estrangeiros sobre o Brasil, a Natureza, junto com o Povo Brasileiro, representa o aspecto determinante da imagem positiva perante o país.
Ainda com base no Plano Aquarela, na análise dos produtos ofertados pelo trade internacional em seus catálogos impressos, o Ecoturismo aparece como o segundo segmento mais ofertado entre os operadores internacionais dos destinos analisados.
Em alguns países específicos, como Reino Unido e a Espanha, o segmento apareceu como o de maior oferta, tendo ainda  26   nos Estados Unidos e na Itália a mesma proporção que o segmento de sol e praia.
No mercado nacional, a fim de compreender as principais motivações de viagem do turista brasileiro, a pesquisa de Caracterização e Dimensionamento do Turismo Doméstico no Brasil – 2007 possui um painel completo sobre as motivações por faixa de renda e local de origem, formas de organização e estimativas do volume de deslocamentos realizados dentro do País pelo público nacional.
Dentre os entrevistados, 3,4% têm como principal motivação da realização de viagem doméstica o Ecoturismo, apresentando, ainda, um crescimento proporcional ao aumento de renda.
  Tabela 2 - Principal motivação para realização de viagem doméstica, por renda (em%)  27      Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo do Brasileiro – 2009, como o tipo de lugar que os brasileiros mais gostam de viajar no País, 64,9% preferiam praias, 13,5% campo, 12% lugares históricos, 8,1% montanhas.
Quanto à próxima viagem ao país dos clientes potenciais, 68,2% desejam ir para praias, 12,8% campo, 10,9% lugares históricos, 5,6% montanhas.
Um dado também interessante é que 11,0%  28   clientes potenciais associam turismo com beleza natural e lugares bonitos.
É possível notar como o Ecoturismo pode estar presente nesses ambientes, tendo atividades que podem ser facilmente ofertadas em campos e montanhas, não deixando de considerar as próprias praias, onde muitas demandam a realização de trilhas, por exemplo, para serem acessadas.
A diversidade da fauna e da flora litorânea, a preservação de extensas faixas da região costeira e a existência de praias isoladas e desertas permitem ainda mais a interseção do Ecoturismo com o segmento de Sol e Praia.
  Sobre a última viagem ao Brasil dos clientes atuais, o principal motivo para a escolha do destino turístico foi 33,9% beleza natural, 21,2% praias, 13,2% cultura local e 1% observação de fauna e flora.
Ainda nesta viagem, o aspecto mais marcante do destino turístico foi 33,6% beleza natural, 17,5% praia, 14,5% cultura local e povo, 14,4% perfil do local, 5,8% gastronomia.
A beleza natural e a natureza têm um papel primordial nas viagens dos brasileiros ao país.
Mesmo que atraídos muitas vezes pelas praias, no destino turístico, o visitante acaba por realizar outras atividades, o que também representa uma importante estratégia de diversificação dos produtos ofertados e maior agregação de atratividade ao destino.
  A fim de conhecer melhor a demanda do Ecoturismo por espaços naturais conservados, merece atenção o Estudo sobre o Turismo Praticado em Ambientes Naturais Conservados - 2002 que contemplou 31 operadoras de turismo nas cidades em São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/ MG e Brasília/DF e 6 mil turistas do Parque Nacional do Itatiaia/RJ; Aparados da Serra/RS; Fernando de Noronha/PE; Caparaó/MG-ES; Foz do Iguaçu/PR; Chapada dos Veadeiros/GO; Portão do Pantanal- Poconé/MT (Parque Nacional do Pantanal Matogrossense); Parque Estadual do Jalapão/TO, além das cidades de Manaus/AM e Brotas/SP.
Segundo o estudo, dentre as operadoras de turismo, os destinos de Ecoturismo mais oferecidos na época eram: Fernando de Noronha/PE, Ilha do Cardoso/ SP, Monte Verde/MG, Chapada Diamantina/BA, Chapada dos Veadeiros/GO, Chapada dos  29   Guimarães/MT, Itacaré/BA, Amazônia/AM, Bonito/MS, Lençóis Maranhenses/MA, e também o Peru e a Patagônia argentina, sendo que todos contemplavam visitas a unidades de conservação.
Os pacotes vendidos tinham em média 5,5 dias de duração, com variações de 3 a 8 dias.
Apesar da procura ser concentrada nos meses de dezembro a fevereiro, também havia uma grande demanda nos meses de abril, maio, setembro e outubro por força das viagens feitas por escolas, que representavam um grande mercado para estas operadoras.
Já a pesquisa com os 6 mil turistas nas áreas conservadas foi efetuada em três períodos distintos, considerados de alta, média e baixa estação, porém, cabe ressaltar que cada unidade possui suas peculiaridades, o que também pode ser observado nos resultados.
De forma geral, o hábito de visita às áreas conservadas é um hábito familiar, tendo apenas em algumas unidades a visitação por excursão de forma expressiva; a maior frequência é de grupos de 2 a 3 pessoas e de 4 a 5 pessoas, constituído por indivíduos com escolaridade em nível superior completo ou incompleto.
Quanto aos motivos da visita as áreas protegidas, em maiores proporções há a contemplação ou contato com a natureza, seguida pela busca pelo repouso ou fuga da rotina, conforme o gráfico a seguir.
É interessante observar alguns pontos específicos, por exemplo, Brotas, Fernando de Noronha e Jalapão apresentaram uma média maior pela busca da prática de esportes, o que também aconteceu com o motivo Reportagens ou Documentários em Aparados da Serra e novamente Fernando de Noronha e Jalapão, ou ainda com o Campismo em Caparaó.
Gráfico 1 – Motivação para visita às Áreas Protegidas  30      Dentre as unidades, as atividades desenvolvidas também dependem do tipo do público e da localidade.
Em algumas se destacam as de esportes, turismo de aventura, caminhadas, entre outras; por outro lado, em algumas prevalece a contemplação, o repouso, a fotografia.
No entanto, dentre as atividades mais buscadas em todas as áreas, observa-se a caminhada, trilha ou trekking em primeiro lugar, ficando em segundo apenas em Fernando de Noronha, atrás de mergulho; e no Pantanal, depois de contemplação/observação da fauna e flora.
Merece destaque, ainda, que apesar de 42% dos turistas destacarem que a motivação principal para a viagem era a visita a unidade de conservação, é frequente observar que os turistas também realizavam outras atividades na região.
A permanência média das viagens em visita às Áreas Conservadas era de 5,5 dias, sendo 2,3 dias destinados exclusivamente a elas e 3,2 dias a outros motivos.
Convém ressaltar que quando havia outros tipos de motivação, o tempo de permanência era maior.
Assim, é possível observar a importância e oportunidade de diversificação de atividades no entorno de uma unidade de conservação.
A distância destas áreas, suas extensões, facilidade de acesso e, principalmente, os produtos ofertados dentro e fora da unidade, se relacionam ao tempo de permanência na área.
O gasto médio da viagem também não se restringe apenas a visitação à unidade, mas também a gastos na cidade e na região da unidade.
  O Perfil do Ecoturista  31   O Ecoturismo, como segmento de mercado turístico, é bastante competitivo e deve oferecer produtos compatíveis com as exigências do ecoturista.
Sabe-se que uma parcela destes turistas possui elevada consciência ambiental e buscam experiências únicas que conservem os recursos ambientais, históricos e culturais, e que envolvam a comunidade, contribuindo, assim, para ampliar as expectativas de que esta ativida e esteja realmente relacionada ao desenvolvimento sustentável de diversas localidades e regiões.
Os ecoturistas visitam as localidades para interagir com os ambientes a partir das informações anteriormente obtidas, em especial de meios de comunicação.
Interessante observar que a qualidade da informação e atividades experimentadas pelo ecoturista nas áreas naturais, permite ampliar sua satisfação e as possibilidades de divulgação e retorno no destino de Ecoturismo.
Esse tipo de consumidor, de modo geral, importa-se com a qualidade dos serviços e equipamentos, com a singularidade e autenticidades da experiência, e com o estado de conservação do ambiente.
Segundo a pesquisa de Perfil do Turista de Aventura e do Ecoturismo no Brasil - 2009, que tinha como objetivo conhecer o perfil atual e potencial do consumidor dos segmentos, é possível conhecer algumas informações para compreender melhor o perfil do turista desse segmento.
Ao descreverem o papel das viagens em suas vidas, os entrevistados revelaram três níveis de envolvimento com a natureza, sendo: • A natureza como algo admirável, intocável, uma espécie de santuário, tendo destaque à observação;   • A natureza como dinâmica, cheia de boas surpresas, com o que se está disposto a interagir;    • A natureza, as atividades, as observações, os turistas e as comunidades formando um todo dinâmico, destacando um maior nível de envolvimento.
Quanto ao sentido da viagem, duas foram destacadas.
Nos dois casos, a viagem é a forma encontrada pelos entrevistados para  32   satisfazer a essas necessidades mais fortes em suas vidas.
São elas:   • Fugir do dia a dia, seja ele urbano ou não, da correria, do trabalho, do estresse e da violência, em busca de descanso, que pode ser obtido de duas formas:   ? Do ócio, ou seja, não fazer nada mesmo;   ? De fazer alguma atividade diferente das cotidianas, como, por exemplo, praticar atividades fora do ambiente urbano.
• Resgate da vida, do prazer.
Isso se concretiza no retorno às origens, à infância.
Sendo a viagem a principal forma de atender às necessidades de fuga e resgate, o turismo parece ser visto como o lugar de sentir- se homem, de sentir-se alguém e não uma moeda.
Isso está relacionado com a visão da atualidade, pois os indivíduos sentem, em geral, a desumanização das relações.
Além disso, está relacionado ao que alguns autores chamam de realização das necessidades de autodesenvolvimento ou autoconhecimento.
Os indivíduos buscam se conhecer nas viagens, que são também um resgate do que a pessoa é.
  Entender o que os turistas buscam é primordial para o desenvolvimento de um produto turístico.
  Segundo o estudo, em sua maioria, as pessoas que desenvolvem atividades de Ecoturismo e turismo de aventura possuem como características: • A maioria do sexo masculino; • Têm idade entre 18 e 29 anos; • Solteiros; • Ensino médio completo e ensino superior incompleto; • Classe social B; • Hábitos de viajar em grupos; • Contribui para o planejamento da sua viagem; • Demonstra respeito pelo ambiente natural e social; • Exige qualidade, segurança, acessibilidade e informação.
A pesquisa definiu ainda segmentos de clientes atuais e potenciais, segundo processo decisório, comportamento de compra e estilo de vida.
São eles:  33   • Grupos de turistas que são os responsáveis pela decisão da viagem, foram subdivididos em: ? Turistas que preferem escolher o que fazer quando chegam ao destino e preferem comprar as atividades de Ecoturismo no próprio meio de hospedagem; ? Turistas que contratam agência e guias de turismo, compram pacote completo e pagam pelo conforto.
Gostam de leitura, arte, cultura e história.
Adoram comprar.
Qualidade é mais importante que o preço.
Lê relatos sobre viagens e compram na internet.
Planejam antes e, caso já tenham filhos, são eles que mandam na viagem; ? Turistas que preferem o campo, sossego e não gostam de badalação nem de praia.
Planejam antes e, caso já tenham filhos, são eles que mandam na viagem.
• Grupo dos turistas que não são os responsáveis pela decisão da viagem, que foram subdivididos em: ? Os que contratam agência e guias de turismo, compram pacote completo e pagam pelo conforto.
Gostam de leitura, arte, cultura e história.
Preferem o campo, sossego e não gostam de badalação nem de praia.
Planejam antes e, caso já tenham filhos, são eles que mandam na viagem; ? Turistas que não gostam de guias de turismo, geralmente são pessoas mais jovens, estudantes, solteiros e moram com a família.
Também foi realizada uma segmentação por número de atividades praticadas.
Gráfico 2 – Número de atividades praticadas   34   Os turistas que já praticaram mais de 10 atividades de Aventura/Ecoturismo são amantes das viagens para interação e atividades na natureza.
Formando 68%, os turistas que já praticaram de 2 a 10 atividades são aqueles que viajam para interagir com a natureza ou por outros motivos, mas que estão dispostos à prática de atividades.
Dentro desse grupo há ainda aqueles que praticam apenas a sua atividade preferida

Localização como chegar a Cachoeira Licuri