Casa do Povoador, Piracicaba - SP

Av. Beira Rio, 800 - Centro, Piracicaba - SP, Brasil
Piracicaba - SP

Sobre | Casa do Povoador - - Home   Sobre Sobre Tombada em 9 de março de 1970 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), a Casa do Povoador é hoje um dos espaços culturais mais autênticos de Piracicaba.
Localizada às margens do rio Piracicaba abre espaço às festividades folclóricas, exposições, oficinas e cursos para profissionais de arte, educadores e ao público em geral.
Espaço ao talentoA Casa do Povoador abriga a Galeria Alberto Thomazi, salas alternativas destinadas a exposições periódicas de artistas renomados e iniciantes.
Possui ainda, a Galeria Elias dos Bonecos, espaço permanente de exposição dos bonecos do Elias Rocha.
Nela, o visitante encontra 17 bonecos originais, criados pelo saudoso folclorista, morto em 2008, a partir de sucata tendo como suporte a madeira.
Os bonecos eram afixados em terra, sempre à margem direita do rio Piracicaba, simbolizando assim a luta pela preservação do rio que deu o nome à cidade no discurso competente da própria questão ambiental.
   Os bonecos foram restaurados pelo artista Everson Bonazzi em 2010, cada boneco possui seu respectivo laudo de restauro.
O rico acervo da Casa do Povoador é composto por documentos e fotografias que apresentam todo o processo de recuperação e preservação do local, que data de 1987.
 Natureza como molduraEm seu agradável espaço externo, às margens do rio Piracicaba, encontram-se o Marco do Bicentenário de Piracicaba, datado de 1º de agosto de 1967, e o Obelisco Júlio Chrisóstomo do Nascimento, fabricante de barcos, timoneiro e esportista que se destacou pela luta em defesa do rio Piracicaba.
É nessa área que são realizadas manifestações artístico-culturais, como apresentações folclóricas que, no mês de agosto, se intensificam com exibições de grupos de danças folclóricas e shows musicais, acervo de obras artísticas e artesanato, com a finalidade de preservar o folclore e a cultura local e regional.
As instalações e mostras abordam temas variados de acordo com as datas comemorativas de cada mês, com encenações memoráveis sobre o Carnaval, Dia do Índio, Festas Juninas, Dia da Criança, Aniversário da cidade, Missa caipira, presépio natalino e cenas cotidianas.
Raridade arquitetônicaAinda hoje a Casa do Povoador causa polêmica entre os historiadores.
Há quem diga que foi edificada em meados do século XIX para servir como entreposto de sal.
Em 1794, a Freguesia de Santo Antonio foi transferida pelo capitão-povoador Antonio Corrêa Barbosa da margem direita do rio Piracicaba para a margem esquerda, dando início à ocupação urbana e firmando o caminho para a constituição da cidade.
Há versões, do dito popular, de que a casa de pau-a-pique teria pertencido a Antonio Corrêa Barbosa.
No entanto, o que importa é o reconhecimento de que se trata de um exemplar valioso da arquitetura piracicabana do século XIX que merece ser preservado devido à inexistência de qualquer outro remanescente da época comparável em toda a área urbana, como está assinalado no processo de tombamento pelo Condephaat.
Os poucos registros históricos comprovam ter sido Joaquina Ferraz de Camargo a proprietária mais antiga da Casa do Povoador.
Em 1890, ela teria vendido a casa a Manoel José Ferreira Júnior.
Desde então, a casa pertenceu a vários proprietários e abrigou, na década de 20 do século passado, o Asilo de Órfãos, hoje Lar Escola Coração de Maria Nossa Mãe.
Em 1947, a Prefeitura do Município de Piracicaba adquiriu o imóvel e, após alguns anos, em reconhecimento ao seu valor histórico, iniciou o processo de recuperação e preservação do local.
Hoje, a Casa do Povoador permanece imponente como um dos símbolos mais significativos das raízes piracicabanas.
Quem foi Antonio Correa Barbosa?Antônio Correa Barbosa foi um Capitão português.
Por ordem da Capitania de São Paulo, fundou em 1º de Agosto de 1767 a povoação que se transformaria na cidade de Piracicaba.
Na cidade, existe uma casa onde ele teria morado, conhecida como “Casa do Povoador”.
Muitas pessoas que hoje vivem em Piracicaba são descendentes diretos de Antônio Correa Barbosa.
Ele foi indicado para comandar a povoação graças, também, às suas habilidades para a construção de barcos, com troncos de peroba ou de timboúva, abundantes às margens do rio.
As canoas eram feitas de um só tronco, capazes de transportar até 400 arrobas.
Como se constituía aquela antiga sociedade estabelecida na margem direita do rio, no velho porto? Eram administrados (índios carijós), escravos (provavelmente, índios), mulatos, caboclos, brancos pobres, comandados pelo Diretor-Povoador Antônio Corrêa Barbosa, que trazia a jovem esposa, dona Ana de Lara, alguns filhos pequenos, muitos parentes e amigos.
Não chegavam a duzentas pessoas! Manter viva a Povoação foi tarefa de gigante.
Grande alegria animou os “povos” no momento em que Piracicaba foi elevada à Freguesia (1774), tendo por orago Santo Antônio.
A comunidade plantada ao pé do Salto sobrevivia da produção das suas roças e da construção das canoas com as quais abastecia as necessidades monçoneiras de Araraitaguaba, particularmente, Iguatemi.
Em 1777, o Forte foi conquistado e destruído pelos espanhóis e índios guaiacurus.
O fim da guerra coincidiu com o avanço da fronteira agrícola de Itu no rumo dos sertões do Piracicaba.
Chegara o momento de introduzir os canaviais, os engenhos e a escravaria, de produzir o ouro branco (açúcar), que já começava a encontrar colocação no mercado internacional pelo porto de Santos.
O Capitão Antônio Corrêa Barbosa e Frei Tomé de Jesus (o pároco da Freguesia), tomaram a iniciativa de mudar Piracicaba para a margem esquerda do rio, a fim de aproximá-la da estrada de Itu.
A área destinada a sediar a comunidade transplantada foi adquirida no cartório de Itu, pelo valor de oitenta mil réis, em 1778.
Operada a mudança, neste mesmo ano, Piracicaba era tão somente a Rua da Praia (hoje, rua do Porto).
O Largo dos Pescadores permaneceu como o principal logradouro daquela comunidade que continuava ligada ao rio, seja como roceiros, pescadores ou interessados nos comboios que pediam passagem para o rumo dos Campos de Araraquara.
Só muito lentamente, Piracicaba começou a escalar a rampa do Picadão (rua Morais Barros), em direção à esplanada de Santo Antônio (praça José Bonifácio).
 Divisões e atividades: Memória, exposições de pequeno porte, palestras, oficinas e workshops, shows ao ar livre e pesquisa acadêmica.
Endereço: Avenida Beira Rio, Nº 800.
Telefone: (19) 3434-8605 Postagens Recentes Categorias Links Úteis Back to Top Ação Cultural Piracicaba - Casa do Povoador.
Por Ziil / NA+.

Localização como chegar a Casa do Povoador