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CLIPPA - - A ClínicaA Clippa é especializada em Psicanílise Clínica.
RecepçãoSalasO DivãToaletes 16:21  Coaching Sem comentáriosComo lidar com o BURNOUT?POR INÚMERAS RAZÕES, O AMBIENTE PROFISSIONAL PODE SE TORNAR UM CENTRO DE PRODUÇÃO DE ESTRESSE.
EXAUSTÃO EMOCIONAL, DESPERSONALIZAÇÃO E INSATISFAÇÃO SÃO CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME por Eduardo Shinyashiki* | Crédito da imagem: Freepik Fatores como a pressão, a competição, os prazos curtos, asincertezas, as mudanças rápidas e as cobranças por resultados podemsobrecarregar e, até mesmo, causar a desarmonia e a preocupação constante entreas equipes.
Também é importante alertar sobre o excesso de atividades eresponsabilidades, que, somado à pressão para "ser o melhor", "oinovador", o mais competente e o mais produtivo, faz com que as pessoassintam-se perdidas no turbilhão do dia a dia.
Dessa forma, elas ficam prisioneirasdos hábitos mecânicos e automáticos, que afetam negativamente a saúde, a vida ea realização.
Estados emotivos - como a apatia, a perda de entusiasmo, adesmotivação, a frustração, a insatisfação, a intolerância, a impaciência, afalta absoluta de energia, as reservas esgotadas e a sensação de fracasso -podem aparecer e configurar um estado ainda pouco conhecido pela maioria daspessoas: a síndrome de Burnout, termo que indica a exaustão emocional causadapelo estresse do trabalho e/ou dos aspectos pessoais.
Essa expressão foi utilizada pela primeira vez na áreaesportiva, em 1930, para indicar a incapacidade de um atleta que, depois de tervivenciado momentos de sucesso, não conseguia mais obter resultados adicionaisnem mesmo manter o rendimento.
O assunto foi retomado na década de 1970, nos EstadosUnidos, pelo psicanalista alemão Herbert Freudenberger e pela psiquiatraamericana Christina Maslach.
Ambos utilizaram o termo para descrever umasíndrome cujo sintoma é, geralmente, definido como exaustão emocional.
Mas comoidentificar o Burnout? Normalmente, os sintomas incluem três experiências querepresentam as dimensões básicas do problema: A primeira característica é a exaustão emocional, que éexperimentada por um esgotamento, um sentimento de não ter mais energia paratrabalhar, uma sensação de impotência, tensão, impaciência, nervosismo, pelafalta de motivação em relação às atividades profissionais e, até mesmo, peladepressão.
O segundo aspecto típico do problema é chamado de despersonalizaçãoe corresponde à tendência de reagir de forma fria ou cínico-agressiva ao própriotrabalho e às pessoas envolvidas.
É um estado mental de distanciamento, deindiferença ao próximo.
Por fim, a terceira particularidade é o sentimento deinsatisfação profissional, que resulta em falta de confiança nas própriashabilidades e competências, na falta de ambição de sucesso e de carreira, nasensação de insatisfação e raiva.
É uma verdadeira mistura de sentimentos quedesfavorece a felicidade no trabalho e impede a pessoa de evoluir e aprender.
Infelizmente, a síndrome de Burnout tem atingido um númerode pessoas cada vez maior.
Mas como contornar esse estado de sofrimento?Fortalecer a inteligência emocional e o autoconhecimento é fundamental parasuperar os três aspectos do problema, além de estimular a automotivação e apersistência diante das decepções e frustrações.
Essa é a melhor maneira decrescer e melhorar constantemente.
Algumas ações são fundamentais para colocar esse processo deevolução em prática: estabelecer metas realistas e se comprometer paraalcançá-las; não desanimar diante de possíveis insucessos e sim considerá-lostransitórios e momentâneos; dedicar-se a aprimorar as competências e oprofissionalismo; enfrentar as dificuldades e as situações de conflito sem sesentir esmagado por elas, mas procurando soluções e alternativas.
O mais importante passo, porém, é cuidar da mente.
Ou seja,focar os pensamentos em direção ao positivo e às soluções (não nas dificuldadese nos problemas); ser você mesmo (não é preciso ser igual aos outros para serfeliz e satisfeito); ser original e autêntico.
A SÍNDROME DE BURNOUT TEM ATINGIDO UM NÚMERO DE PESSOAS CADAVEZ MAIOR.
FORTALECER A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E O AUTOCONHECIMENTO ÉFUNDAMENTAL PARA SUPERAR O PROBLEMA Não existe mágica, mas existem cuidados que podemos ter.
Lembre-se de cuidar das amizades e dos relacionamentos familiares.
O suportesocial ajuda a controlar a ansiedade e as pressões.
Não se isole no cansaço.
Para manter o equilíbrio e viver com qualidade são necessários ajustescontínuos na direção e maior responsabilidade em relação à consciência de simesmo, aos desejos e aos acontecimentos ao nosso redor.
Aproveite o tempo para cultivar o amor, os sentimentos e aamizade.
Cuide do seu lado emocional.
Mantenha claro na sua mente quais são osseus objetivos e a direção que pretende seguir.
Não se esqueça dos seus sonhos,pois, quando as vontades e as necessidades não são respeitadas, a vida se tornacinza e sem graça.
Esse comprometimento individual possibilita aumentar aresistência ao estresse, a clareza mental, a capacidade de tomar decisões, paradiminuir a ansiedade e, consequentemente, melhorar o desempenho profissional.
Revista psique Ciência & Vida Ed.
142 Eduardo Shinyashiki é mestre em Neuropsicologia, liderançaeducadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacionale pessoal.
Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referênciaem ampliar o crescimento e a autoliderança das pessoas.
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brLEIA MAIS 06:57  Psicopedagogia Sem comentáriosCONFLITOS com os filhosO DESEJO DE INCENTIVAR A AUTONOMIA DAS CRIANÇAS NÃO CONTRARIA A NECESSIDADE DE IMPOR REGRAS NA EDUCAÇÃO E LIMITES ÀS VONTADES E DESEJOS.
É UM PROCESSO QUE EXIGE VIGILÂNCIA, CUIDADO E DIÁLOGO.
Por Mana Irene Maluf * | Crédito da imagem: Freepik Todos os pais já tiveram momentos em que ao perderem a paciência com seus filhos acabaram encontrando um grande problema a resolver: o ressentimento da parte das crianças e adolescentes, que se sentiram frustrados por terem que obedecer sem ter tido oportunidade de expor seu ponto de vista.
É natural que os pais, por serem adultos, tenham uma visão diferente das crianças e dos jovens em quase todos os assuntos e que, para seguir uma orientação coerente na educação que decidiram adotar, tenham que tomar medidas que às vezes parecem autoritárias, arbitrárias, mas corretas, pois eles são os guardiões legais e sua responsabilidade é enorme.
E atitudes aparentemente intransigentes para os pequenos muitas vezes são necessárias, indispensáveis e imprescindíveis.
Crianças não têm condição de se responsabilizar por decisões que podem vir a prejudicá-las.
A ideia de que deixar as escolhas para os filhos fazerem pode vir a ensiná-los a se comportar diante das opções da vida é válida desde que a criança já tenha maturidade para responder pelas eventuais consequências de sua decisão.
E esse é um processo gradual e que merece cuidado.
Sair de short e camiseta no frio, por exemplo, pode dar chance de uma gripe aparecer, assim como sair com roupas inadequadas à idade cronológica expõe a criança a comentários e até ao bullying.
E é possível citar perigos ainda maiores, como a erotização, que prejudica o desenvolvimento da criança, sua escolaridade fica empobrecida e o risco de ser vítima de um adulto inescrupuloso aumenta muito.
Deixar o filho de sete anos dormir na casa do amigo porque todo mundo faz isso? "Todo mundo" não tem pai, mãe ou família, nem certidão de nascimento: verificar quem é a família do amigo e como conduz a educação dos filhos é uma medida de segurança que todos os pais devem tomar, da mesma forma como mandar para acampamento da moda, ou para onde o amiguinho vai requer análise e um eventual "você não vai".
Mas dito com calma e propriedade, de modo que a criança entenda que o adulto está cuidando dela e não apenas a aborrecendo, contrariando ou sendo injusto.
"Pegar o carro só para dar uma voltinha no condomínio", além de ilegal, expõe o jovem menor de idade e sem carta a um problema gigantesco, com consequências impensáveis e desnecessárias.
E os pais também.
Claro que concordar com tudo não é possível, assim como não ouvir o que a criança ou adolescente têm a dizer prejudica o vínculo entre pais e filhos, desencoraja a criança a expor suas ideias, o que também traz rupturas no entendimento futuro.
AS CRIANÇAS QUE SE TORNAM ADULTOS MAIS SEGUROS E CONSCIENTES DE SEUS ATOS SÃO AQUELAS QUE TIVERAM PAIS QUE ACOMPANHARAM SEU DESENVOLVIMENTO DE MODO MAIS TRADICIONAL Comentários que diminuem a importância do pensamento dos filhos não consistem em opção condizente com alguém que deseja educar seus filhos com respeito e amor.
Frases como "você não entende mesmo", "essa bobagem só podia vir de você", "não tenha ideias", "você não pensa" etc.
são armas de efeito bombástico na educação, pois diminuem a auto-estima e enfraquecem o diálogo.
Quando não concordamos, é melhor parar e pensar se entendemos realmente o que nosso filho tentou nos dizer, pedindo que explique mais seu ponto de vista.
Isso ajudará ambos a raciocinarem, clarearem as ideias e acharem pontos em comum.
Mas pode haver discórdia total e então dizer coisas como "compreendi sua ideia, é boa, mas não será possível, pois não tenho a mesma opinião sobre o assunto", ou "agradeço que tenha tentado me explicar, mas estou seguro de que devemos fazer como eu penso, vai ser melhor para você", "escutei e achei seus argumentos muito bons, mas não são consistentes e teremos que fazer de outro modo".
Hoje tornou-se mais complicado distinguir quando podemos deixar nossas crianças e jovens decidirem por si sós e quando devemos impor nossa vontade.
Parte disso deve-se a um subterfúgio nem sempre consistente de não se ter mais tempo para acompanhar os filhos e assim deixá-los aprender na prática as consequências de seus atos.
Essa parece ser uma ideia que justifica muito bem a premissa.
Mas temos visto que crianças e pré-adolescentes que se tornam adultos mais seguros e conscientes de seus atos são justamente aqueles que tiveram pais que acompanharam seu desenvolvimento de modo mais tradicional.
Incentivar a adolescência precoce-mente nas crianças é o pior de todos os enganos: ninguém amadurece de uma hora para a outra e sem ter passado por algumas experiências e ser poupado de muitas outras.
O excesso de provações tira a confiança nos pais e dá a ideia de negligência e abandono.
O desejo de tornar o filho autônomo não contraria a necessidade de impor regras na sua educação e limites às suas vontades e desejos.
Mas exige vigilância, cuidado e diálogo.
As crianças se sentem mais seguras quando sabem que há alguém que cuida delas e as supervisiona com frequência; embora reclamem de não fazerem ou terem tudo o que queriam, aprendem a pensar sobre consequências de seus atos futuros e vão dominando a noção de responsabilidade nas suas pequenas decisões do dia a dia.
O mais importante é manter o diálogo respeitoso, ser firme e coerente nas decisões e respeitar a idade cronológica da criança: mesmo parecendo muito esperta, uma criança na deixa de ser.
uma criança! Revista psique Ciência & Vida Ed.
142 Mana Irene Maluf é especialista em Psicopedagogia, Educação Especial e Neuroaprendizagem.
Foi presidente nacional da Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPp (gestão 2005/07).
É autora de artigos em publicações nacionais e internacionais.
Coordena curso de especialização em Neuroaprendizagem.
irenemaluf@uol.
com.
brLEIA MAIS 13:24  Modernidade Sem comentáriosFOME de FOTOHoje, tudo se fotografa e as imagens funcionam como recortes daquilo que se gostaria de ser, representando um ideal de ego, isto é, como gostaríamos de ser vistosPor Helena Cunha Di Ciero Mourão* | Foto: Freepik Recentemente testemunhei a seguinte cena num restaurante: eram dois adolescentes com os pais.
Logo que a comida chegou, um apetitoso sanduíche acompanhado de batatas fritas, cada membro da família sacou do bolso seu celular e fotografou o prato antes mesmo de experimentá-lo.
Parecia uma cena de faroeste.
Estavam ávidos e felizes por registrar o cheeseburguer que comeriam em segundos.
Orgulhosos.
A ligeireza em fotografar a cena veio antes que a fome.
Surpreendi-me, também, por não ter me espantado, assisti à cena como quem contempla um movimento habitual do sujeito contemporâneo: a pausa para a fotografia.
Curioso pensar que, apesar do imediatismo ser uma marca forte do tempo em que vivemos, essa suspensão está sempre presente.
Pausa antes de postar, pausa para registrar a foto ou filmar, pausa na conversa ao vivo para responder a um comentário do mundo virtual.
Os diálogos pelos aplicativos de mensagens instantâneas nada têm de instantâneos, todos somos escravos desse mesmo tempo de espera.
Atualmente, essa forma de comunicação é muito mais frequente do que os telefonemas, possibilitando um tempo de reflexão antes da resposta, uma reformulação da frase antes do envio e, muitas vezes, uma quebra da espontaneidade.
O lugar mais temido pelos adolescentes hoje são as marcas azuis do WhatsApp, que indicam que o outro visualizou a mensagem e não respondeu.
Elas tornam real o maior pesadelo dessa geração: a sensação de invisibilidade.
Posto, logo existo As fotos hoje são compartilhadas em busca da validação de uma experiência.
E preciso que alguém testemunhe minha vivência, assista às minhas experiências, dê likes nos meus registros fotográficos para que a cena seja completa.
A função da rede social é a de uma plateia que assiste, contempla, celebra um fragmento do tempo recortado e editado numa imagem.
Como uma mãe que aplaude o filho em seus passos, os amigos virtuais reafirmam nosso narcisismo: (há inclusive um emoji de palmas).
O espelho virtual representa algo muito valioso para todos nós, aquele primeiro olhar que delineia nossa existência e de onde vem o amor: o olhar materno.
Seria esse o lugar onde se iniciam as primeiras trocas significativas com o mundo.
Esse espelho inaugura nosso psiquismo e traz uma sensação que buscamos a vida inteira: a de segurança.
Possivelmente, essa é a causa de serem tão poucos os que conseguem não se render aos encantos da internet.
A busca por curtidas seria uma forma de resgatar a lembrança de que existimos para alguém de maneira concreta.
Não é raro ouvir de pacientes apaixonados: "Estou feliz, ele curtiu minha foto".
Ou seja: "Ele se lembra de mim, eu tenho a prova viva".
Há também os que se filmam em seus stories, enquanto olham para a tela, conversam com seus seguidores e pedem opinião sobre roupas, corte de cabelo etc.
ou divagam sobre a vida.
Existem também as filmagens ao vivo, os lives, nos quais as pessoas, em tempo real, interagem com outros usuários da rede.
Seria possível se isentar da persecutoriedade nesse tipo de postagem? Pois essa exposição traz riscos, haters e falas de estranhos protegidos pelo escudo da tela de computador.
Nem tudo é like, há também o haters.
Freud diria que entre fezes e sangue nascemos.
Não dá para esperar só aplausos da plateia virtual.
O que chama atenção para um outro ponto que considero interessante: o que aparece nos filtros virtuais é um fragmento da realidade, um pedaço, muitas vezes, editado com o objetivo de contar ao outro sobre o quanto sou feliz.
É comum, por exemplo, as postagens serem recados endereçados a alguém com uma finalidade provocativa.
Uma bela foto de um momento pode não revelar o que, de fato, se passava no instante, pois há um aspecto da cena que é impossível de ser captado em sua totalidade: as emoções.
"As fotos hoje sao compartilhadas em busca da validação de uma experiência.
É preciso que alguém testemunhe minha vivência, assista às minhas experiências, dê likes nos meus registros fotográficos".
Revista psique Ciência & Vida Ed.
150 *Helena Cunha Di Ciero Mourão é psicanalista.
E-mail: hcdiciero@gmail.
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LEIA MAIS 17:10  Comportamento Sem comentáriosPerversidade sem curaInclinações nativas do ser humano estão expressas em três instintos: o de conservação, o de reprodução e o de associação, exatamente nesta ordem.
Por Guido Arturo Palomba* | Foto: Shutterstock | Adaptação web Caroline Svitras Viver, reproduzir e associar-se são três inclinações nativas, constitucionais, orientadas no sentido da perpetuação do indivíduo e da espécie.
Estão expressas em três instintos: o instinto de conservação, pessoal e egoísta, que se refere à vida individual; o de reprodução, sexual, genésico, que se relaciona à vida da espécie; e o de associação, coletivo, altruísta, relativo à vida social.
É fato que esses três instintos não aparecem simultaneamente, mas segundo uma ordem constante: o de conservação em primeiro lugar; depois o de reprodução e, por fim, o de associação.
Isso significa que o instinto de associação é o mais recente e, também, em virtude da lei da ontogênese, o mais vulnerável.
Sua deficiência ou inversão constitui o fundo mental do perverso, como se verá a seguir.
O instinto de associação, a bem ver, tem duas grandes vertentes: o instinto de simpatia, que leva à afinidade moral, por similitude no sentir e no pensar, aproximando duas ou mais pessoas, e o instinto de imitação, que copia certas particularidades comportamentais.
Quando o defeito é na vertente instinto de simpatia, gera perversidade por carência de sentimento, por isso o perverso não se liga ao próximo e somente ama a si mesmo.
Essa atresia instintiva leva à antiafetividade, que é uma malignidade, a tornar o indivíduo não somente inimigo dos seres vivos (homens e animais), mas também dos seres inanimados, daí resultando vários delitos: roubos, saques, destruições, vandalismos, incêndios voluntários, depredações etc.
Convivendo com o perigo Sobre a segunda vertente do instinto de associação, o instinto de imitação, até certo ponto é condição sine qua non da sociabilidade, amadurece com o passar dos anos e é inversamente proporcional à capacidade de entendimento.
Quanto mais se entende, menos se imita.
Veja-se que as crianças imitam por imitar, pois sua capacidade de entendimento é incompleta, o que também se verifica portadores de deficiência mental, cuja inteligência é pequena, truncada ou nula.
Não é novidade que a maioria das crianças e portadores de deficiência mental, como todo o mundo sabe, reproduz e assimila, com facilidade incrível, bons e maus comportamentos, a pronúncia, a língua, os trejeitos e maneirismos das pessoas.
Assim, entende-se que em casos de crimes perversos ocorre hipodesenvolvimento do instinto de associação, motivo que leva os criminosos a tratar as vítimas tais quais coisas ou objetos, e não como seres humanos iguais a eles.
Isso explica, também, por que, muitas vezes, mesmo diante de pessoas indefesas, idosos, crianças e mulheres grávidas, que não os ameaçam em nada, reagem com extrema violência, dando tiros na cabeça, ateando fogo em seus corpos, enfim, barbarizando.
Nessas condutas não há qualquer ressonância afetiva às vítimas, não há instinto de simpatia nem de imitação no sentido elevado e moral, mas tão somente no seu aspecto balordo.
É quando se manifesta a malignidade constitucional (essa, sim, ecoada pelos comparsas) e a alta periculosidade latente é colocada em ação.
Consequentemente, como não há cura para essa deformidade instintiva, na maioria das vezes inata, tornam-se irrecuperáveis para a vida em sociedade.
Revista psique Ciência & Vida Ed.
3Adaptado do texto “Perversidade sem cura”*Guido Arturo Palomba é psiquiatra forense e membro emérito da Academia de Medicina de São Paulo.
LEIA MAIS 03:47  Comportamento Sem comentáriosConheça as origens da violênciaEstudos indicam que a agressividade é uma marca inerente ao ser humano, e a trajetória de vida de cada um está intrinsecamente ligada a uma série de sentimentos positivos e negativos, forjados na infância*Por Cláudia Maria França PáduaFoto: Shutterstock Apontar as origens da violência não é tarefa fácil.
A genética e a teoria evolucionista indicam que a agressividade é um traço característico do homem, e que a história da vida de cada indivíduo está intimamente ligada a um conjunto de sentimentos bons ou maus, originados na infância e evocados quando nos indagam sobre nossa conduta familiar.
Charles Darwin, em seus estudos, percebeu que apesar de as espécies produzirem grande número de descendentes, somente alguns conseguiam sobreviver.
Dessa maneira, Darwin concluiu que apenas os indivíduos que possuíssem características benéficas para enfrentar as condições do ambiente poderiam subsistir e ter maior chance de reproduzir novos descendentes.
Sendo assim, nascia a chamada seleção natural, em que apenas os animais mais adaptados conseguiriam sobreviver.
Evidentemente, a forma de enfrentar esse paradoxo depende de como ele será caracterizado e do ideal em que será traçado e tomado como referência.
Mas como definir a maldade? O mal é o ato de infligir dano intencional contra outros indivíduos, gerando prejuízos psicológicos e desvalorização, desumanizando suas vítimas para obtenção do prazer em sua perversidade interior, onde os instintos se manifestam enraizando no caráter a escolha de cada um.
Cesare Lombroso, criminólogo e professor italiano, foi o primeiro a descrever o delinquente sob um ponto de vista amplo e científico.
Suas obras foram baseadas em um arsenal de fenômenos apresentados pelo homem e pelos animais na coletividade.
Assim, as investigações processadas por ele mostraram que o delinquente habitual se considera, pelo “sentir” e pelo “atuar”, como um tipo regressivo, que volta a uma fase primitiva da humanidade: a do selvagem.
E revela, por sua vez, que a característica espiritual mais acentuada desse delinquente seria a falta de afetividade, compaixão, que permite compreender a origem da crueldade para com a vítima e a indiferença perante a culpa (cinismo ante a execução).
Dentro dos aspectos psicológicos do delinquente, seus sentimentos afetivos estão tomados por “um traço doentio, excessivo e instável”.
É imprescindível observar que, em alguns cruéis assassinos, uma marca é imposta: a tatuagem, cujo conteúdo explica no delinquente a selvageria do ato e permite uma inferência sobre isso, em que essa tatuagem se manifesta como um “patuá”, em uma inclinação onomatopaica.
Para entender as raízes da violência é necessário sondar as profundezas de uma mente assassina, no sistema límbico, local das emoções, onde a amígdala, responsável por todas as ações, referenciada como centro regulador do perigo, aciona as emoções e estimula tanto o ataque predatório quanto o afetivo, coordenando suas nuances.
Existe também outro responsável, o hipocampo, essencial para o aprendizado e a memória, que molda e regula a agressão, e quando estimulado desencadeia o movimento de ataque e fúria.
O hipocampo é uma das primeiras áreas a serem afetadas em indivíduos com a doença de Alzheimer.
O mesencéfalo, quando também estimulado, proporciona expressão à agressão emocional afetiva, o verdadeiro “sangue quente”.
NeurotransmissoresA ação dos neurotransmissores diante de um evento/agente estressor produzirá variadas reações psíquicas e orgânicas, que prontificarão o indivíduo para receber o golpe, atacar, defender-se ou fugir.
Essas reações físico-químicas neuronais, com manifestações psíquicas e orgânicas, podem ser diretamente relacionadas a uma emoção fundamental: o medo.
Como forma de reação ao medo o indivíduo age de maneira consoante àquilo que entende como luta, voltando sua ação contra aquilo a que atribui a personificação da fonte geradora do medo; destruí-la, assim, é para esse indivíduo ganhar vida no jogo de estar presente no mundo.
 Não acabou por aqui, não! Matéria na íntegra sobre as origens da violência na edição 134 da Psique.
*Cláudia Maria França Pádua é psicóloga, criminóloga, perita judicial grafotécnica.
Especialista em Criminologia pela PUC e  ACADEPOL/MG.
Palestrante, Escritora, Comentarista Criminal.
Prefaciadora do livro Criminologia Comparada, de Gabriel Tarde.
Presidente do Núcleo de Estudos Pens’arte  & Ponto Criminal.
Pesquisadora da área de Inteligência Criminal.
Palestrante e Conferencista na área de Criminologia e Psicopatologia Forense.
  Autora do livro O Criminoso e Seu Juízo… Existe Prazer em Matar??? Email: pontocriminal@gmail.
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