Dr. Leandro Duarte - Cardiologia e Geriatria, Duque de Caxias - RJ

R. Conde de Porto Alegre, 477 - Sala 210 - Jardim Vinte e Cinco de Agosto, Duque de Caxias - RJ, 25070-350, Brasil
Duque de Caxias - RJ

Leandro Duarte - - Menu (21) 4128-6969 (21) 2653-4165 (21) 99797-9761 A CONSULTA Como aproveitar melhor o tempo da consulta médica.
Durante uma consulta médica, é frequente que os pacientes ou o próprio médico desviem do assunto em questão e discutam pontos não tão importantes para o esclarecimento da doença.
Por isso preparamos algumas orientações para que você, paciente, possa aproveitar melhor o tempo que passam com os médicos.
O que é uma consulta médica? Consultar um médico significa obter informações a respeito de algum problema de saúde.
Você será questionado sobre uma série de coisas e deve dar as respostas bem objetivas e sinceras sobre o problema em questão.
Veja algumas dicas para uma boa consulta.
A consulta geriátrica A consulta geriátrica difere da consulta tradicional pois ao atendermos o paciente idoso não procuramos identificar uma única causa para todos o problemas queixados.
Na consulta geriátrica procuramos fazer uma avaliação ampla de sua saúde, auxiliados por testes e escalas, com o objetivo de identificar problemas e situações que podem passar despercebido até mesmo para você.
A consulta geriátrica de primeira vez Na primeira vez fazemos uma ampla avaliação do seu estado de saúde.
Alguns problemas de saúde mais comuns em idosos são rastreados mais cuidadosamente e para isso usamos testes e escalas específicos para nossos pacientes.
Por este motivos a consulta de primeira vez é sempre mais demorada, e, portanto, precisamos que você compareça a consulta sem pressa e com disponibilidade de pelo menos duas horas.
Horário Nunca chegue atrasado.
Você estará atrapalhando outras pessoas.
Da mesma forma chegar muito adiantado também poderá causar transtorno nas acomodações e horários de funcionamento do consultório.
Programe-se para chegar com dez minutos de antecedência, pois poderá ser necessário confirmar seus dados.
Acompanhantes O acompanhante na consulta geriátrica é muito importante, pois muitas vezes é ele quem fornece mais informações sobre o estado de saúde do paciente, principalmente quando este tem alguma dificuldade em fazê-lo.
O acompanhante deverá ser aquela pessoa que segue a situação de saúde do paciente a mais tempo e mais de perto.
Por isso devemos evitar que o paciente idoso seja acompanhado somente por criança ou adolescente.
Cronologia Procure fazer um resumo do seu problema antes da consulta.
Coloque os fatos em ordem cronológica, do início do quadro até o dia da consulta.
Se possível escreva, para não esquecer.
Medicação Anote todos os medicamentos que você toma habitualmente, inclusive aqueles que não foram prescritos por algum médico ou mesmo que, aparentemente, não tenham relação com o quadro, como colírios, pomadas, cremes, laxantes, fórmulas.
Se possível, leve as receitas destes medicamentos.
Exames Leve todos os exames relacionados à sua doença atual.
Nunca jogue fora exames antigos, mesmo os normais.
É muito importante saber que, naquela época, você estava bem.
Assim, podermos ter uma ideia aproximada da época de instalação da doença.
Receitas Durante a consulta serão fornecidas receitas para o tratamento adequado do paciente.
Em caso de receitas controladas serão fornecidas em número suficiente para os dias de tratamento até o retorno previsto pelo médico e que consta em sua receita.
Caso estas receitas especiais tenham acabado é sinal que é hora de retornar ao consultório para uma nova consulta para reavaliarmos o tratamento proposto e fazer os ajustes necessários.
CARDIOGERIATRIA Hipertensão Diabetes Obesidade Alzheimer Insônia no idoso Depressão no idoso × Hipertensão Sou hipertenso.
O que fazer? A hipertensão é uma doença que atinge um grande número de pessoas em todo o mundo.
No Brasil, por exemplo, estima-se que 15% a 20% da população adulta possa ter pressão alta.
Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vem aumentando a cada dia.
Este texto visa informar e esclarecer algumas dúvidas básicas que os pacientes possam ter ao longo deste processo, além de fornecer orientações de prevenção e melhorias dos hábitos do dia-a-dia.
 O que é hipertensão arterial?A pressão alta (hipertensão arterial) caracteriza-se pela presença de níveis de pressão arterial elevados associados a alterações no metabolismo do organismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular.
Considerada um dos principais fatores de risco de doença, é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho em nosso meio.
É uma condição de causas multifatoriais que deve receber a atenção e o cuidado de todos.
Atualmente observamos a ampliação e o aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico, de tratamento e da abordagem multiprofissional do paciente hipertenso.
Também é importante considerar a implementação de estratégias que visem prevenir a doença antes que ela ocorra.
 O que contribui para o aparecimento da hipertensão?O aumento da pressão arterial com a idade não representa um comportamento fisiológico normal do seu organismo.
A prevenção desse aumento constitui o meio mais eficiente de combater a hipertensão arterial, evitando-se as dificuldades e o elevado custo social de seu tratamento e de suas complicações.
Pesquise se em sua família existem pessoas hipertensas.
Caso faça parte deste grupo, procure orientação sobre como começar a agir para dificultar o aparecimento desta característica em seu organismo.
A ocorrência de níveis elevados de pressão arterial é facilitada pelo estilo de vida: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool.
Os dois últimos fatores de risco são os que mais contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial.
O papel do teor de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial ainda não está definido.
O estresse psicológico e o sedentarismo ainda aguardam provas mais definitivas de participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial.
Uma vez hipertenso, o paciente deve saber como fazer para prevenir as complicações da pressão alta, como as doenças do coração e dos vasos sangüíneos.
No passado, era difícil diagnosticar e controlar a pressão arterial, mas atualmente os estudos científicos já definiram que pequenas mudanças no seu dia-a-dia são capazes de tornar sua vida melhor.
Basta conhecê-las e aplicá-las.
O aumento do risco cardiovascular ocorre também pela agregação de outros fatores, tais como tabagismo e dislipidemias – alterações nos níveis de colesterol e triglicérides, intolerância à glicose e diabetes melito.
 O que fazer para prevenir e controlar a pressão alta?Controle do pesoConfira o seu índice de massa corporal.
Basta fazer o cálculo do seu peso em quilogramas dividido pelo quadrado da sua altura em metros.
O resultado deve estar situado em um índice de massa corporal entre 20 kg/m² e 25 kg/m².
Para manter o seu peso em uma faixa de peso ideal você deve seguir uma dieta hipocalórica balanceada orientada individualmente por um nutricionista, evitando o jejum ou o uso de dietas “milagrosas”, que causam mais danos ao organismo que benefícios.
Esta dieta deve constituir-se de uma mudança em busca da ingestão de alimentos mais saudáveis que respeitem suas preferências.
O aumento de atividade física diária deve estar associado à mudança de hábitos alimentares.
Esta prática deve ser orientada e estimulada por profissionais com treinamento específico e com prévia avaliação médica.
O uso de anorexígenos – remédios para emagrecer – não é aconselhável pelo risco de complicações cardiovasculares.
Esses objetivos devem ser permanentes, evitando-se grandes e indesejáveis flutuações do peso.
A perda de peso é muito importante, mas não mais que a manutenção do peso alcançado com as mudanças de hábitos citadas acima.
 Redução da ingestão de sal (cloreto de sódio)Limitar a ingestão diária de sódio ao máximo de 2,0 g de sódio ou 5 g de cloreto de sódio (uma colher de chá).
Esse total deve incluir o sódio contido nos alimentos naturais e manufaturados.
O sal é considerado um fator importante no desenvolvimento e na intensidade da hipertensão arterial.
Sua restrição também está associada a uma redução da mortalidade por acidente vascular encefálico e regressão da hipertrofia ventricular esquerda – aumento da musculatura do ventrículo esquerdo do coração.
Na prática, devem ser evitados alimentos enlatados, conservas, embutidos e defumados.
Utilizar o mínimo de sal no preparo dos alimentos, além de evitar o uso de saleiro à mesa, durante as refeições.
Para que o efeito hipotensor máximo da restrição salina se manifeste, é necessário um intervalo de pelo menos 8 semanas.
Exemplos de alimentos ricos em sal: »  Sal de cozinha (cloreto de sódio) e temperos industrializados;»  Alimentos industrializados (ketchup, mostarda, molho shoyu, caldos concentrados);»  Embutidos (salsicha, mortadela, lingüiça, presunto, salame, paio);»  Conservas (picles, azeitona, aspargo, palmito);»  Enlatados (extrato de tomate, milho, ervilha);»  Bacalhau, carne seca, defumados;»  Aditivos (glutamato monossódico) utilizados em alguns condimentos e sopas de pacote;»  Queijos em geral.
 Aumento da ingestão de potássioÉ recomendável que a ingestão diária de potássio fique entre 2 e 4g, contidos em uma dieta rica em frutas e vegetais frescos.
A ingestão do potássio pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio (feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja).
Existe a possibilidade de o potássio exercer efeito anti-hipertensivo, ter ação protetora contra danos cardiovasculares e servir como medida auxiliar em pacientes submetidos a terapia com diuréticos – que expoliam o potássio, desde que não existam contra-indicações.
 Redução ou abandono da ingestão de álcoolO consumo excessivo de álcool eleva a pressão arterial, causa variações nos níveis pressóricos, aumenta a prevalência de hipertensão, é fator de risco para acidente vascular encefálico, além de ser uma das causas de resistência a medicamentos anti-hipertensivos.
Para os hipertensos do sexo masculino que fazem uso de bebida alcoólica, é aconselhável que o consumo não ultrapasse 30 ml de etanol/dia, contidos em 60 ml de bebidas destiladas (uísque, vodca, aguardente, etc.
), 240 ml de vinho ou 720 ml de cerveja.
Em relação às mulheres e indivíduos de baixo peso, a ingestão alcoólica não deve ultrapassar 15 ml de etanol/dia – metade do preconizado para os homens.
Aos pacientes que não conseguem se enquadrar nesses limites de consumo, sugere-se o abandono do consumo de bebidas alcoólicas.
 Prática regular de exercícios físicosPraticar exercícios físicos aeróbios por um período de 30 a 45 minutos por dia, três a cinco vezes por semana é um bom começo.
O exercício físico regular reduz a pressão arterial, além de contribuir para a diminuição do peso corporal e de ter ação coadjuvante no tratamento das dislipidemias, da resistência à insulina, do abandono do tabagismo e do controle do estresse.
Contribui, ainda, para a redução do risco de indivíduos normotensos desenvolverem hipertensão.
O baixo nível de condicionamento físico está associado a maior risco de óbito por doenças coronarianas e cardiovasculares em homens sadios, independentemente dos fatores de risco convencionais.
Exercícios isométricos, como levantamento de peso, não são recomendáveis para indivíduos hipertensos.
Pacientes em uso de medicamentos anti-hipertensivos que interferem na frequência cardíaca (como, por exemplo, betabloqueadores) devem ser previamente submetidos a avaliação médica.
 Suplemento de cálcio e magnésioManter ingestão adequada de cálcio e magnésio.
A suplementação dietética ou farmacológica desses cátions ainda não tem embasamento científico suficiente para ser recomendada como medida preventiva.
A manutenção de ingestão adequada de cálcio é uma medida recomendável na prevenção da osteoporose.
 Combate ao tabagismoO cigarro eleva agudamente a pressão arterial e favorece o desenvolvimento e as complicações da aterosclerose – doença crônica e degenerativa que leva à obstrução das artérias por depósito de gorduras em seu interior.
A interrupção do fumo reduz o risco de acidente vascular encefálico – derrame, de doença isquêmica do coração – infarto, de doença vascular arterial periférica – trombose e de morte súbita.
A exposição ao fumo (tabagismo passivo) também deve ser evitada, pois o tabagismo é a mais importante causa modificável de morte.
 Dislipidemias A hipercolesterolemia – aumento do colesterol ruim no sangue ou LDL-colesterol é um dos maiores fatores de risco cardiovascular.
Os alimentos ricos em colesterol ou em gorduras saturadas são: porco (banha, carne, bacon, torresmo), carne de gado com gordura visível, lingüiça, salame, mortadela, presunto, salsicha, sardinha, miúdos (coração, moela, fígado, miolos, rim), dobradinha, caldo de mocotó, frutos do mar (camarão, mexilhão, ostras), pele de frango, couro de peixe, leite integral, creme de leite, nata, manteiga, gema de ovo e suas preparações, frituras com qualquer tipo de gordura, óleo, leite e polpa de coco, azeite de dendê, castanhas, amendoim, sorvetes, chocolate e derivados.
O HDL-colesterol – conhecido como bom colesterol – quando está baixo, pode ser aumentado em resposta à redução do peso, à prática de exercícios físicos e à suspensão do hábito de fumar.
O aumento dos triglicerídeos deve ser tratado com as medidas dietéticas referidas anteriormente, acrescidas da redução da ingestão de carboidratos simples e de bebidas alcoólicas.
Quando necessário, recomenda-se o uso de fibratos, prescritos por seu médico.
Entre os alimentos que aumentam os triglicérides estão todas as preparações que contenham açúcar.
Mel e derivados, cana de açúcar, garapa, melado, rapadura, bebidas alcoólicas e todos os alimentos ricos em gordura.
 Como medidas dietéticas gerais recomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta, substituir os carboidratos simples (açúcar, mel e doces) pelos complexos (massas, cereais, frutas, grãos, raízes e legumes), restringir bebidas alcoólicas, reduzir a ingestão de gorduras saturadas, utilizando preferencialmente gorduras mono e poliinsaturadas na dieta.
 Intolerância à glicose e diabetes melitoResistência à insulina e diabetes melito são condições freqüentemente associadas à hipertensão arterial, favorecendo a ocorrência de doenças cardiovasculares, principalmente coronarianas.
Sua prevenção tem como base a redução da ingestão calórica, a prática regular de exercícios físicos aeróbios e a redução da ingestão de açúcares simples.
 MenopausaA diminuição da atividade estrogênica – estrôgenio é um dos hormônios femininos – após a menopausa aumenta de duas a quatro vezes o risco cardiovascular.
A reposição hormonal provavelmente diminui esse risco, exercendo efeito favorável sobre o perfil lipídico (diminuição do LDL-colesterol e aumento do HDL-colesterol), sem efeito significativo sobre a pressão arterial.
Converse com seu ginecologista sobre isto.
 Estresse oxidativoAcumulam-se evidências de que o estresse oxidativo é um fator de risco relevante para doença cardiovascular, podendo associar-se com dieta hipercalórica e pobre em frutas e vegetais.
A correção desse desvio alimentar pode minimizar esse risco.
Todavia, a recomendação para suplementar antioxidantes requer evidências mais consistentes.
 Estresse psicológicoA redução do estresse psicológico é recomendável para diminuir a sobrecarga de influências neuro-humorais do sistema nervoso central sobre a circulação.
Contudo, a eficácia de técnicas terapêuticas de combate ao estresse com vistas à prevenção e ao tratamento da hipertensão arterial ainda não está estabelecida universalmente.
Há evidências de possíveis efeitos do estresse psicossocial na pressão arterial relacionadas a “condições estressantes”, tais como pobreza, insatisfação social, baixo nível educacional, desemprego, inatividade física e, em especial, aquelas atividades profissionais caracterizadas por altas demandas psicológicas e baixo controle dessas situações.
Técnicas de relaxamento, tais como ioga, biofeedback, meditação transcendental, tai chi chuan e psicoterapia, não são superiores a técnicas fictícias ou a automonitorização.
 Medicamentos que podem aumentar a pressão arterial Algumas medicações podem infuenciar a sua pressão.
Se você faz uso de algum dos medicamentos citados abaixo, converse com o seu médico.
Ele saberá como você deve agir.
»  Anticoncepcionais orais, »  Antiinflamatórios não-esteróides, »  Anti-histamínicos,  descongestionantes e vasoconstritores nasais»  Antidepressivos tricíclicos e  inibidores da monoaminoxidase (IMAO)»  Corticosteróides e  esteróides anabolizantes, »  Ciclosporina»  Chumbo, cádmio e tálio»  Alcalóides derivados do “ergot” (cefaliv e cafalium)»  Moderadores do apetite»  Hormônios tireoideanos (levotiroxina) em altas doses»  Eritropoetina.
 Outras dicas de dietaRecomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta (grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes, preferencialmente crus).
Preparar as carnes de aves sem a pele e os peixes sem o couro, retirar a gordura visível das carnes vermelhas, evitar o uso de gorduras saturadas no preparo dos alimentos, dar preferência aos produtos desnatados e às margarinas cremosas.
São exemplos de óleos insaturados: soja, canola, oliva, milho, girassol e algodão, preferencialmente os três primeiros.
Evitar o uso de óleo de coco e dendê.
Evitar frituras.
Ingerir alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados.
Preferir ervas, especiarias e limão para temperar os alimentos.
Note que os alimentos não são proibidos na sua dieta.
Todos nós temos direito a um churrasquinho no final de semana junto com os amigos.
O que deve estar na sua mente é que é possível ficar bem com uma dieta mais equilibrada.
O benefício para o seu organismo compensa o seu esforço de mudança.
Você se sentirá mais ativo e com mais disposição para as tarefas diárias.
Sua produtividade vai aumentar e, com ela, todos os resultados serão alcançados mais rapidamente.
 Mude seus hábitos e viva tranqüiloEssas medidas preventivas devem ser adotadas desde a infância.
Toda a família deve participar e colaborar na melhoria da qualidade de vida.
Uma vez que bons hábitos são adquiridos, fica fácil mantê-los.
Controle do peso, dieta balanceada e prática de exercícios físicos regulares são medidas simples, que, quando implementadas desde fases precoces da vida, representam benefício potencial sobre o perfil de risco para doenças cardíacas e vasculares.
A presença de fatores de risco não-modificáveis, tais como homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos, parentes de primeiro grau com doença coronariana em idades prematuras (homens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos), significa que é necessário um maior rigor no controle dos fatores de risco modificáveis.
Uma equipe de apoio com profissionais de especialidades diferentes como nutricionistas, enfermeiros, médicos e professores de educação física podem auxiliá-lo a seguir um programa preparado especialmente para você.
Também é interessante participar de grupos de hipertensos para conhecer pessoas que, na mesma situação, muitas vezes se adaptam de forma prazerosa às novas atividades.
Também é uma ótima oportunidade para criar novos amigos.
× Diabetes Eu tenho diabetes.
E agora?Cerca de 16 milhões de brasileiros são diabéticos, o que representa cerca de 8% do total de nossa população.
Mais de 18 milhões de americanos têm diabetes e outros 41 milhões têm o chamado pré-diabetes.
Você não está sozinho.
Ter diabetes é estar em uma situação complexa, mas a boa notícia é que você pode prevenir ou retardar as complicações desta doença com pequenas mudanças em seu estilo de vida.
Leva tempo para adquirir as habilidades necessárias para controlá-la, mas existem especialistas que podem te ajudar.
Pergunte ao seu médico onde encontrá-los.
Outra opção são os grupos de suporte em diabetes, nos diversos sites de interesse existentes.
Você se surpreenderá com tudo que pode aprender e verá como é fácil controlar as alterações na sua glicemia.
Tudo isso vai contribuir para a melhoria no seu estilo de vida.
Portanto, é necessário que você tenha uma noção básica do que está vivendo.
Aqui estão algumas informações relevantes.
»  O que é pré-diabetes?É uma condição em que os níveis de glicose são mais altos que o normal, mas não tão altos para dar o diagnóstico de diabetes tipo 2 (o tipo mais freqüente).
Pessoas com pré-diabetes têm maiores riscos para desenvolver diabetes tipo 2, doenças do coração e derrames (acidentes vasculares cerebrais).
Uma vez cientes desta condição, podem iniciar medidas preventivas.
»  O que é diabetes?Diabetes melito tipo 2 é o tipo mais comum nos Estados Unidos.
Ele afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes.
Ocorre quando o nível de glicose (açúcar) no sangue fica muito alto.
A glicose é o combustível que as células do corpo usam para obter energia.
O diabetes tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina por um órgão chamado pâncreas ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina que é produzida – a chamada resistência à insulina.
A insulina ajuda o corpo a levar a glicose para dentro das células.
A maioria das pessoas que têm diabetes do tipo 2 apresentam idade superior a 40 anos, possuem sobrepeso e estão fora de forma.
O controle de peso, o aumento da atividade física e, em alguns casos, o uso de medicamentos pode melhorar os níveis de glicose no sangue.
O diabetes não pode ser curado, mas pode ser controlado.
Controlando os níveis de glicose no sangue, as complicações do diabetes, como doenças do coração, cegueira e complicações renais podem ser prevenidas ou postergadas.
»  Objetivos do tratamentoO objetivo principal do manejo do diabetes é o controle dos níveis de glicose no sangue.
Este nível deve ser mantido entre 80-120 mg/dl antes das refeições, segundo a Associação Americana de Diabetes.
Seu médico irá recomendar o nível desejado para você.
Mantendo seu nível de açúcar no sangue o mais próximo possível do seu alvo, você vai conseguir manter-se saudável.
Outros objetivos recomendáveis para pessoas que têm diabetes são a redução dos níveis de pressão arterial e a diminuição dos níveis de colesterol e de triglicérides (gorduras no sangue).
Se eles estiverem altos, você corre mais risco de sofrer um problema no coração ou um derrame.
Para os diabéticos fumantes, a melhor opção é parar de fumar.
Este hábito acelera todos os problemas associados ao diabetes, porque diminui o fluxo sangüíneo e a oxigenação das células.
Outro cuidado é evitar o uso de medicamentos que podem agredir o pâncreas como cortisona e diuréticos tiazídicos.
»  Problemas dietéticosA escolha da sua alimentação vai afetar o controle do seu diabetes.
Alimentos que contenham açúcar natural ou adicionado vão alterar mais os seus níveis de glicose que os alimentos que têm principalmente proteína e gordura.
Um nutricionista pode ajudá-lo a preparar um planejamento de refeições saudáveis com uma variedade de alimentos, levando em conta seus alimentos prediletos.
Controlar a quantidade de calorias ingeridas é importante para o controle do diabetes.
Uma perda de peso de apenas 5 a 10 quilos pode fazer grande diferença no controle de seu nível de glicose sangüínea e de sua pressão arterial.
Beber bastante água, ingerir alimentos ricos em fibras e comer menos gorduras irá ajudar.
Observar a ingestão de sal (sódio) também auxilia se você têm pressão arterial alta (hipertensão).
Limitar a ingestão de gorduras sólidas ajuda a controlar seus níveis de colesterol.
A maioria das pessoas pensa que comer a mesma quantidade de alimentos em tempos mais ou menos idênticos a cada dia ajuda a controlar seus níveis glicêmicos.
Pular refeições é uma má idéia, especialmente se você usa medicamentos para diabetes.
A falta de uma refeição também pode fazer com que você coma mais na próxima refeição, aumentando o ganho de calorias.
Você não precisa comprar alimentos especiais para diabéticos.
O planejamento de suas refeições com um nutricionista vai ser bom para você e para toda a sua família.
»  Fazer uma atividade física é muito importante Níveis sangüíneos adequados de glicose e controle de peso são difíceis de serem alcançados sem uma atividade física regular.
Atividades físicas podem incluir apenas uma maior movimentação no seu dia-a-dia, dirigir menos e andar mais, trocar o elevador pelas escadas, fazer serviços de jardinagem ou passear com o seu cachorro.
Todas elas aumentam o gasto de calorias.
Um programa de atividade física regular também é muito bom.
Para a perda de peso, exercícios que aumentam a freqüência cardíaca de acordo com limites estabelecidos para a sua idade ajudam a obter melhores resultados.
Boas escolhas são caminhadas em ritmo acelerado, natação, exercícos aeróbios na água e ciclismo.
Se você não está se exercitando regularmente ultimamente, visite um médico antes de começar.
Os resultados deste checkup ajudarão a escolher a atividade mais apropriada para você.
O objetivo é fazer mais de alguma coisa que você goste.
Você deve praticar atividades físicas pelo menos 5 dias na semana.
Exercícios com seu parceiro(a) ou com um grupo de amigos pode ajudar a aumentar sua atividade física e seu prazer.
Você vai conhecer melhor seus níveis de glicose quando praticar seus exercícios sempre no mesmo horário do dia.
»  Monitorização dos níveis de glicose sangüíneaA monitorização da sua glicemia é o único meio de saber se o seu diabetes está sob controle.
A sua equipe médica lhe dirá a freqüência com que ela deve ser checada.
Estas informações vão lhe ajudar a ver padrões de controle do seu diabetes.
Se você tiver três valores nos mesmos horários a cada dia que estiverem acima ou abaixo do seu alvo, você pode mudar a sua alimentação, exercícios ou medicações habituais.
Registrando suas medidas de glicemia, o que você come, o que você fez neste dia e quanto de medicamento você tomou ajudará você a identificar outros padrões.
 Há muitos monitores de controle disponíveis.
Um farmacêutico ou um especialista em diabetes pode te ajudar a decidir qual o melhor para você.
Sempre leve o seu monitor e o registro de suas glicemias com você quando for visitar o seu médico.
Eles podem testar se seu monitor está funcionando perfeitamente e se você está checando-o corretamente.
Também é válido levar anotadas as medicações que está usando ou, se usa insulina, qual a dose e os horários habituais.
Para isso, guarde as prescrições de seu médico e exija dele que seu receituário seja feito de maneira legível.
»  Escolha de medicamentosNovos medicamentos para diabetes aparecem todos os dias.
Seu médico vai decidir qual a medicação mais apropriada para você.
Algumas pessoas com diabetes tipo 2 podem controlar a glicemia apenas com mudanças na alimentação ou com o aumento de atividades físicas, sem necessitarem usar medicações ou insulina por um longo tempo.
As medicações precisam de modificações periódicas.
Por isso, você pode ter que mudar de remédios mais de uma vez.
A monitoração das glicemias é essencial para decidir quais as melhores medicações a serem adotadas.
Cada tipo de comprimido para diabetes funciona de maneira diferente.
Eles não são insulina.
Dentre os variados efeitos destes remédios podemos destacar a produção de mais insulina pelo pâncreas, a diminuição da absorção de carboidratos e o aumento da sensibilidade do organismo à ação da insulina.
Você pode necessitar de um ou mais destes medicamentos para controlar sua diabetes.
Às vezes o controle glicêmico só é obtido com injeções de insulina.
Algumas pessoas necessitam receber esta substância ao mesmo tempo em que fazem uso de medicamentos.
A freqüência com que você recebe insulina depende de quanto o seu corpo ainda produz e de como o seu médico pretende controlar o seu nível glicêmico.
Tipos diferentes de insulina têm tempo de ação diferente.
Sua equipe médica dirá quanto de cada tipo você necessita e com que freqüência.
É importante aprender a técnica correta de uso das injeções de insulina e sempre modificar o local do corpo onde são aplicadas para evitar problemas degenerativos.
Os melhores locais para aplicação são a barriga, exceto a área de 5 cm ao redor do umbigo; região superior das nádegas, face anterior e lateral das coxas, região lateral e posterior do braço.
A utilização de canetas de administração de insulina tem facilitado para o indivíduo diabético atingir um bom controle glicêmico.
A precisão das doses administradas, associada à grande satisfação dos usuários deste método de aplicação, tem disseminado seu emprego em todo o mundo.
»  Mude seus hábitos e viva tranqüiloReceber o diagnóstico de diabetes atualmente significa readaptar hábitos e estilo de vida.
Os avanços científicos na área possibilitam tratamentos para todos os tipos de casos.
Esta é uma oportunidade para você prestar mais atenção à sua saúde e adquirir responsabilidades sobre as mudanças que podem conduzir a vários anos de vida melhor aproveitados.
× Obesidade Sou obeso e quero mudar esta realidadeA obesidade é uma doença que afeta indivíduos de forma física, psíquica e social, podendo ser causada por múltiplos fatores como doenças endocrinológicas e psiquiátricas, genética, ausência ou diminuição da atividade física, comportamento alimentar inadequado, além dos fatores emocionais.
As condições médicas que podem levar à obesidade são responsáveis por menos de 2% dos casos de obesidade.
Noventa e cinco por cento das pessoas tornam-se obesas por dois motivos: ou porque comem exageradamente e/ou porque gastam poucas calorias, mesmo que algumas insistam em dizer que não comem quase nada.
A prevalência da obesidade está aumentando em todo o mundo, tanto nos países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento.
Estamos assistindo a chamada “transição nutricional”, que consiste na redução dos índices de desnutrição e aumento da obesidade.
As condições associadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, diabetes, dislipidemia, hipertensão, alguns tipos de tumores como o câncer de cólon, reto e próstata em homens obesos e de câncer de mama, vesícula e endométrio em mulheres obesas, também estão aumentando.
A obesidade ainda predispõe a doenças como colelitíase (“pedras na vesícula”), osteoartrite, osteoartrose, esteatose hepática, apnéia obstrutiva do sono, alterações dos ciclos menstruais e redução da fertilidade.
Todas estas situações podem ser melhoradas com o emagrecimento.
Uma redução de 5% a 10% no seu peso corpóreo é uma medida efetiva ao combate das condições mórbidas que aumentam o risco cardiovascular.
Basta você decidir se quer ou não mudar os seus hábitos.
Como saber se você é obeso?O índice de massa corporal, também conhecido como IMC, é a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não.
Ele é calculado dividindo o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros.
A partir do resultado deste cálculo, basta olhar a tabela abaixo e saber a zona de risco em que você se encontra.
Legenda recomendada pela Organização Mundial de SaúdeIMC (Kg / M^2)DefiniçãoRisco de Comorbidade< 18.
5Baixo peso18.
6 a 24.
9Normal25 a 29Pré-obesoAumentado30 a 34.
9Obesidade Classe 1Moderado35 a 39.
9Obesidade Classe 2Grave> 40Obesidade Classe 3Muito GraveA forma como a gordura se distribui em seu corpo também contribui como fator de risco para doenças.
Para classificar a distribuição do tecido adiposo no seu organismo, é usada a medida da relação cintura-quadril (waist-hip ratio ou W/H), que consiste na relação entre a menor circunferência entre o gradil costal e a cicatriz umbilical e a maior circunferência da extensão posterior da região glútea.
Quanto maior a W/H, maior a correlação com isquemia coronariana, diabetes melito, hipertensão arterial e dislipidemias.
 W/H maior que:W/H menor que:0,9 para homens0,9 para homens0,8 para mulheres0,8 para mulheresObesidade AndróideObesidade GinóideExistem diferentes tipos de obesidade?A distribuição da gordura é variável de pessoa para pessoa.
Essa variação da gordura altera o risco de doenças associado ao excesso de peso.
Existem dois tipos básicos de distribuição de gordura.
A gordura concentrada na região subcutânea (abaixo da pele), particularmente da cintura para baixo, é chamada de obesidade ginóide ou em forma de pêra e acomete mais as mulheres).
Quando a gordura concentra-se no abdome, profundamente entre as vísceras, é chamada de obesidade andróide, em forma de maçã ou obesidade visceral e acomete mais os homens.
O tipo andróide é o que mais se relaciona com o maior risco cardiovascular.
Como tratar?O tratamento deve ser baseado em uma mudança em seus hábitos alimentares, com a restrição na ingestão de calorias e a prática regular de atividades físicas de acordo com o que for adequado e orientado para cada pessoa.
Todas essas modificações exigem sua participação ativa e a conscientização em relação à importância de suas atitudes no futuro de sua saúde.
O médico deve detectar os fatores que interferem de forma negativa no sucesso do seu tratamento para que este seja sustentável a longo prazo, antes de iniciar a perda de peso propriamente dita.
O primeiro passo a ser avaliado é se existe uma motivação real para o desejo de perder peso.
Um programa de perda de peso vai exigir dedicação e disciplina por parte de quem deseja emagrecer.
Toda mudança de hábito é inicialmente complicada, mas as vantagens advindas dessa mudança fazem com que as pessoas permaneçam buscando melhorias concretas.
Motivação através da informação sobre as dificuldades e os benefícios das mudanças de comportamento necessárias e suporte para que estas mudanças possam realmente acontecer são de extrema importância para o sucesso do tratamento.
A história dos seus hábitos alimentares é importante tanto para estabelecer um plano dietético como para a identificação de distúrbios de comportamento alimentar, que podem impedir a obtenção de resultados satisfatórios.
A compulsão alimentar, o comer noturno e a necessidade de comer induzidos por certas condições emocionais devem ser explorados e tratados com cuidado.
O médico deve informar a tendência ao ganho de peso não desaparece com o tratamento, sendo geneticamente determinada.
Você precisa ter em mente que a predisposição para ganhar peso é um problema crônico.
Isto ajuda a adotar as mudanças nos hábitos alimentares e a entender que a prática de exercícios físicos regulares deve persistir por toda vida.
Por isso, é importante que a atividade física a ser realizada traga prazer e o plano dietético deve começar a fazer parte de um hábito alimentar normal.
Mudanças exigem, muitas vezes, um longo período de adaptação e o encontro de fontes alternativas de prazer que substituam o ato de comer.
Assim sendo, as vantagens e desvantagens de tais mudanças devem ser avaliadas e você deve sentir-se livre para decidir, levando em conta as perspectivas do ponto de vista médico.
O estresse e a depressão são condições que podem predispor ao descontrole para comer, principalmente naqueles que não se sentem motivados para começar um tratamento.
Estas condições associadas à auto-imagem negativa e à baixa auto-estima, dificultam os relacionamentos sociais, interferem no comportamento sexual e são fatores importantes que levam à falta de motivação e à sensação de impotência quanto às mudanças necessárias.
É importante que o seu médico esteja atento e elimine estas barreiras deixando que você expresse os seus sentimentos.
O aprendizado de técnicas de relaxamento, ioga e meditação podem ajudar a lidar com este tipo de descontrole para comer.
Como é o tratamento?Os conhecimentos sobre a obesidade evoluíram.
Hoje em dia, muitas estratégias de emagrecimento têm sido tentadas, mas perder peso e mantê-lo exige muita força de vontade.
A perda de peso sempre estará na dependência de um balanço energético negativo, ou seja, depende de uma menor ingestão alimentar em relação ao gasto calórico.
Este objetivo é alcançado com a redução da ingestão alimentar e o aumento da atividade física.
O que deve ser levado seriamente em consideração não é só a perda de peso, mas também a correção dos fatores de risco cardiovascular, dependentes da resistência à insulina.
A idéia de reduzir o peso corporal de indivíduos obesos para valores considerados normais, através de dietas com conteúdo calórico muito baixo, vem sendo substituída por condutas menos ambiciosas e mais realistas, devido à impossibilidade de se conseguir, a longo prazo, atingir e manter o peso ideal na maioria dos casos.
O fator que dificulta o sucesso de dietas muito restritivas em termos calóricos, que produzem a curto prazo perdas de peso significativas, é a tendência fisiológica do organismo de ativar mecanismos compensatórios para minimizar a perda de peso, através da redução na taxa de metabolismo basal.
Um tratamento dietético que resulte em uma perda de peso mais modesta, mas que produza alterações mais estáveis, é provavelmente mais favorável.
As perdas de peso entre 5 e 10% do peso inicial podem ser suficientes para produzir alterações benéficas nos níveis de glicemia, no perfil lipídico do plasma e nos níveis da pressão arterial.
O total de calorias a ser consumido deve ser reduzido em 500 a 1000 kcal por dia, com base no cálculo de energia despendida pelo paciente.
A dieta assim planejada é usualmente suficiente para produzir uma perda de peso entre 0,5 a 1,0 kg/semana.
As recomendações gerais devem incluir aumento na ingestão de fibras, que produzem maior grau de saciedade, redução no consumo de sacarose, de álcool e de gorduras saturadas.
A proporção normal de nutrientes deve ser mantida, apesar da limitação calórica.
Proteínas devem perfazer 15 a 20% da quantidade total de calorias da dieta.
Carboidratos devem corresponder de 50 a 55 % e as gorduras não devem ultrapassar 30% do conteúdo calórico total.
Você vai aderir melhor à dieta se esta se adaptar às suas preferências alimentares, fornecendo-lhe variadas opções de cardápio.
Ao lado disso, o sucesso da dieta depende fundamentalmente do processo de reeducação alimentar, que faz parte da denominada terapia comportamental.
O que deve mudar no comportamento alimentar?A terapia comportamental auxilia a melhorar seus hábitos alimentares e a aumentar sua atividade física, modificando o estilo de vida através da adoção de hábitos mais saudáveis que o auxiliem na perda de peso e também na manutenção do peso perdido.
Primeiramente, você deve monitorar seu próprio comportamento alimentar, registrando o tipo de alimento que está habituado a ingerir, os locais onde estes alimentos são consumidos, a freqüência do consumo e a condição emocional no momento da ingestão.
Através da análise destes registros você mesmo será capaz de identificar os problemas passíveis de correção, particularmente no que diz respeito aos locais e aos períodos do dia que facilitam a ingestão maior de calorias.
Identificado o problema, deve-se então tentar quebrar a cadeia de eventos que levam a perpetuá-lo.
Por exemplo, para alguém que na volta do trabalho tem o hábito de parar em uma padaria e comprar pães e doces, o melhor seria mudar o caminho de casa.
É fundamental que seus familiares ou amigos auxiliem de forma positiva as mudanças de comportamento que você está tentando implementar.
A recuperação do peso após o emagrecimento costuma ser evidente após 18 meses.
Os melhores resultados são obtidos com uma abordagem que envolva a alteração de comportamento, o maior contato social, o aumento da atividade física e o auxílio de um psicoterapeuta.
Existem técnicas para controlar a ingestão de alimentos?»  Procure fazer três refeições principais durante o dia, anotando durante sete dias os alimentos que você consumiu.
Anotando durante sete dias os alimentos que você consumiu e avaliando o conteúdo de calorias e a composição da dieta em termos de macronutrientes.
Os macronutrientes é que fornecem as calorias aos alimentos.
São eles: os carboidratos, as proteínas e as gorduras.
»  Procure se alimentar todos os dias na mesma hora e no mesmo local da casa.
»  Coma somente se estiver sentado.
Isto evita consumir pequenas quantidades de alimento, em pé, diante da geladeira, por exemplo.
»  Concentre-se nos alimentos que está consumindo, mastigando-os bem.
»  Elimine distrações tais como ler ou assistir televisão durante as refeições.
»  Use pratos pequenos para os alimentos e não coloque travessas com alimentos sobre a mesa.
»  Cozinhe porções menores de alimentos.
»  Diminua o ritmo da refeição descansando os talheres sobre a mesa.
»  Não use condimentos calóricos, como catchup, mostarda ou maionese.
»  Não faça compras de alimentos nos supermercados antes das refeições.
Isto ajuda a evitar a compra maior e desnecessária de alimentos calóricos.
»  Evite servir-se pela segunda vez.
»  Procure avaliar se os seus hábitos alimentares favorecem ou não o ganho de peso.
Caso sua resposta seja positiva, faça um plano para corrigir os fatores que, no seu caso, favorecem o ganho de peso.
»  Procure dormir bem.
Durante o sono normal, a regulação hormonal favorece a saciedade e regula o metabolismo do organismo.
A leptina, substância liberada durante o sono, controla a gordura do corpo dando sinais de que estamos alimentados.
Quando o corpo é privado do sono, a leptina é reduzida, aumentando a vontade de comer.
Em média, um adulto saudável necessita de 6 a 8 horas de sono por dia.
»  Procure comer mais frutas, verduras, nozes e grãos.
»  Reduza açúcar e gorduras na sua dieta.
Mude das gorduras animais para as gorduras vegetais.
Cirurgia bariátrica.
O que é isso?Em alguns casos mais graves, as mudanças alimentares e a prática de atividades físicas são impossíveis de serem implementadas.
Nestas situações, apenas uma intervenção médica mais efetiva, como a cirurgia bariática (cirurgia para redução do tamanho do estômago), deve resolver o problema.
A maioria desses casos são aqueles em que o índice de massa corporal atinge valores superiores a 40 kg/m^2.
Nestes obesos, os inúmeros tratamentos e a oscilação de peso, além do potencial genético, agravam o quadro clínico.
As doenças associadas à obesidade grau III (hipertensão arterial, artropatias, dislipidemias, diabetes, disfunções respiratórias, etc), geraram o termo “obesidade mórbida”, que deve ser abandonado.
Existem dois tipos de cirurgia bariátrica.
No primeiro, em que há redução do tamanho do estômago, existem três variações denominadas: banda vertical ajustável, gastroplastia vertical, gastroplastia vertical com by-pass em y de Roux.
Esta última, também chamada Capella ou Fobi-Capella, é a mais utilizada e foi desenvolvida por cirurgiões.
Além da restrição causada pela diminuição do volume do estômago, ocorre uma pequena disabsorção dos alimentos, porque eles deixam de passar pela primeira parte do intestino delgado.
O segundo tipo é a cirurgia disabsortiva (ou Derivação bilio-pancreática), chamada de cirurgia de Scopinaro.
Neste caso, o paciente terá mais liberdade de comer maior quantidade de alimentos, já que não há grande diminuição do estômago, que fica com 2/3 do seu tamanho original.
O que é feito aqui é um grande desvio do alimento, que vai para o intestino grosso.
Estes pacientes submetidos à gastroplastia redutora devem ser acompanhados, recebendo orientações específicas para elaboração de uma dieta equilibrada.
A adesão ao tratamento deverá ser avaliada, uma vez que pacientes instáveis psicologicamente podem recorrer a preparações de alta densidade calórica, de baixa qualidade nutricional, colocando em risco o sucesso da intervenção a longo prazo.
Existem contra-indicações para a realização desta cirurgia como, por exemplo, cirrose hepática, algumas doenças renais e psiquiátricas graves, vícios (droga, alcoolismo) e disfunções hormonais.
Todas devem ser avaliadas por profissionais com prática e conhecimento aprofundado neste assunto.
Em todos os casos você deverá, obrigatoriamente, ter pleno conhecimento das características, necessidades, riscos e limitações de cada cirurgia.
Participe de reuniões com uma equipe multiprofissional e com pacientes já operados para poder ter certeza da sua decisão.
Os cuidados a serem tomados antes e após cada cirurgia vão depender de cada caso, mas no geral consistem em avaliações clínico-laboratoriais com exames de sangue, radiografia de tórax, ultra-sonografia e/ou tomografia do abdômen, avaliação cardiológica, endoscopia digestiva com pesquisa de H.
Pylori e avaliação da função respiratória (mais aprofundada quanto mais obeso ou complicado seja o caso).
Caso o paciente tenha alguma doença que necessite tratamento e controle prévio, a cirurgia será adiada até que se obtenha a melhor condição clínica.
Os obesos que passam por uma cirurgia bariátrica necessitam de orientação nutricional permamente para suplementar a dieta com compostos ricos em proteínas, vitamina B12 e ferro.
Cuidados especiais para evitar casos de desnutrição após a cirurgia também são necessários.
Após a cirurgia, o paciente já sai do hospital, em média, com menos dois quilos.
Nos primeiros meses, a redução no peso chega ser de sete a oito quilos.
Os pacientes com quadro de diabetes tipo 2 podem precisar reduzir ou interromper o uso de insulina.
A complicação mais difícil de ser tratada é a pressão arterial.
Ela demora mais a estabilizar e o paciente não interrompe o uso de medicamentos.
Todos os tipos de tratamento da obesidade, do mais simples ao mais radical, exigem empenho e determinação.
Será sempre necessário um suporte multiprofissional e a adequação da dieta às novas metas a serem alcançadas.
Para garantir um bom nível de adesão e o sucesso terapêutico, sua motivação é essencial e pode ser auxiliada por orientações com embasamento técnico e científico de qualidade, ajudando na solução ou diminuição do problema.
Como melhorar minha atividade física?»  O início das atividades deve ser gradual e de acordo com a sua capacidade física.
Assim elas não serão um peso para você.
Pelo contrário, se você souber aproveitar este momento elas serão fonte de prazer diário.
»  Mantenha os exercícios com horários fixos, para que eles se tornem um hábito.
Isso fará com que você sinta falta deles o dia que não fizer.
»  Utilize escadas ao invés de elevadores e dispense o carro, sempre que possível, para dar uma caminhada.
»  Pratique jardinagem, lave o seu carro, leve seu cachorro para passear e faça outras atividades domésticas que sejam interesantes e que ajudem você a se exercitar mais fisicamente.
»  Um companheiro ou amigo pode auxiliá-lo incentivando e exercitando-se junto.
»  Aproveite seu tempo livre para dançar, pedalar e caminhar em um local onde você tenha contato direto com a natureza.
Quais os benefícios da prática regular de atividades físicas?»  Redução da pressão arterial; »  Melhora da resistência insulínica;»  Melhora da força muscular e da mobilidade articular;»  Controle do peso corporal; »  Melhora do perfil lipídico;»  Maior condicionamento físico;»  Aumento da auto-estima;»  Melhora no bem-estar geral, alívio do stress e redução da depressão;

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