Duprat Oftalmologia, Curitiba - PR
Duprat - Clínica de Oftalmologia em Curitiba - - Dr. João Paulo Duprat Duprat Resultados: A Duprat Oftalmologia História: A Duprat Oftalmologia – Oftalmologia foi criada em 2008 pelo Dr. João Paulo de Noronha Duprat Cardoso, que acabara de se mudar da cidade de São Paulo há apenas 1 ano. Nesta época, a Duprat Oftalmologia encontrava-se instalada nas dependências do Hospital Union, na Avenida Silva Jardim, em Curitiba. Desde o início, a história da empresa foi marcada por muito trabalho e perseverança frente a um crescente número de pacientes, a desafios estruturais e administrativos de uma jovem empresa e aos desafios na ampliação de seu credenciamento junto a diversos convênios médicos. No final de 2009, após 2 anos de sua abertura, a empresa mudou-se para o centro de Curitiba, e em parceria com uma outra clínica de oftalmologia, começou a funcionar nas dependências da Galeria Ritz, em seu 10 andar. No início de 2012, a clínica assumiu um formato mais independente, transferindo-se para um espaço exclusivo, localizado no tradicional Centro médico Plínio de Mattos Pessoa. Nestes 4 anos de história, as conquistas foram importantes no âmbito estrutural, na aquisição de equipamentos e no grande aumento no número de pacientes, procedimentos e cirurgias. Algumas parcerias se estabeleceram como com a APAD – Associação Paranaense de Assistência ao Diabético Juvenil onde a Duprat Oftalmologia, na figura do Dr. João Paulo Duprat, realiza um trabalho preventivo filantrópico de realização de exames de fundo de olho. Outra parceria importante foi realizada com o Centro de Diabetes Curitiba-CDC, onde dentro deste centro de referência em diabetes, o Dr. João Paulo Duprat realiza a oftalmologia voltada para a prevenção e tratamento da retinopatia diabética. A Duprat Oftalmologia espera que este seja apenas um começo e que anos de prosperidade e conquista estejam adiante. Missão: A existência da Duprat Oftalmologia tem como missão realizar a oftalmologia com primazia, precisão e tecnologia e atender seus pacientes com humanidade e respeito. Valores: A Duprat Oftalmologia tem como princípio central a prática da oftalmologia seguindo técnicas atualizadas e adotadas em centros mundiais de referência na área. Visão: A A Duprat Oftalmologia objetiva um crescimento com austeridade, controle administrativo, boas práticas éticas e atuação técnica adequada e transparente junto a seus pacientes. A inspiração para este crescimento encontra-se na ciência médica e na aspiração de utilizar seus melhores preceitos a favor dos pacientes. Endereço: Centro Médico Plínio de Mattos Pessoa - Rua Bruno Filgueira, 369 - 15 andar - Cj 1504 - Curitiba - PR Localização João Paulo Duprat Oftalmologista e cirurgião de Retina e Vítreo. Ênfase em clínica e cirurgia oftalmológica de retina Formação: • Faculdade de Medicina na Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - Escola Paulista de Medicina. • Residência de 3 anos em oftalmologia no departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP-EPM. • Especialização em retina e vítreo no departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo. • Especialização em cirurgia de retina e vítreo na Clinique Monticelli, com duração de 1 ano e meio em Marselha, França. Experiência Profissional: • Orientador cirúrgico na área de retina e vítreo do departamento de oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo. • Médico oftalmologista da equipe de retina e vítreo do Prof. Dr. Michel Eid Farah no centro oftalmológico São Paulo (São Paulo-SP). • Oftalmologista responsável da Associação Paranaense de Assistência ao Diabético (APAD) (Curitiba -PR) • Médico da equipe de cirurgia de retina e vítreo do centro Oftalmológico Tranjan (São Paulo-SP). Sócio diretor da Duprat Oftalmologia Oftalmologia, em Curitiba, desde 2008. Exames diagnósticos e preparo. Angiofluoresceinografia (retinografia fluorescente) Angiofluoresceinografia (retinografia fluorescente) É um exame que tem como finalidade a análise da circulação sanguínea da retina, da cabeça do nervo óptico e de parte da coróide. Permite ao médico observar alterações vasculares precoces e áreas sem circulação sanguínea em doenças como o diabetes, detectar vasos anormais na região macular em doenças como a degeneração macular relacionada à idade e a alta miopia. Para a realização do exame injeta-se, em uma veia do braço, uma pequena quantidade de um contraste sem iodo chamado Fluoresceína. Logo após a injeção, o contraste circula imediatamente pelos vasos do corpo, chegando também ao olho. Com a utilização de um aparelho fotográfico digital de alta definição específico para o fundo do olho que faz o contraste "fluorescer" ou acender, o médico obtém diversas fotos de toda a retina do paciente, nas diversas fases circulatórias. O exame é então laudado e as principais fotos são impressas em papel fotográfico. As fotos e o laudo são entregues ao paciente. Duração: A duração do exame é de 10 minutos. Preparo: orienta-se um jejum oral de 3 horas no mínimo, pois em uma minoria de pacientes pode ocorrer uma leve sensação de náusea no início do exame. É necessária a realização de dilatação das pupilas, as quais levam em média 5 horas para retornarem ao normal. Aconselha-se que o paciente traga óculos escuros para maior conforto após a saída da clínica, pois a dilatação pupilar causa sensibilidade à luz. Solicitamos também que o paciente venha com um acompanhante maior de idade. Foto estéreo de papila ou foto estéreo do nervo óptico Consiste na realização de uma fotografia digital de alta definição da cabeça do nervo óptico, através da utilização de um aparelho fotográfico digital específico para o fundo do olho. As "fotos em estéreo" do nervo óptico que servem para acompanhamento, ao longo do tempo, da escavação papilar ou escavação do nervo óptico, em casos de suspeita de glaucoma ou mesmo de glaucoma já diagnosticado. As fotos em estéreo consistem em 2 fotos, quase idênticas, da cabeça do nervo, realizadas com uma pequena diferença de ângulo uma da outra, que permitem a visibilização em 3 dimensões da escavação papilar através da utilização de um aparelho chamado "estereo-viewer" ou visibilizador em estéreo por parte do médico. Duração: cerca de 3 minutos Preparo: é necessária a realização de dilatação das pupilas, as quais levam em média 5 horas para retornarem ao normal. Aconselha-se que o paciente traga óculos escuros para maior conforto após a saída da clínica, pois a dilatação pupilar causa sensibilidade à luz. Não é necessário jejum, nem estar acompanhado. OCT (Optical Coherence Tomography) ou Tomografia de Coerência Óptica É um exame não invasivo realizado através da utilização de tomógrafo de coerência óptica de alta resolução. Tem como finalidade a análise anatômica da retina, ou mais comumente do seu centro, a mácula. O aparelho realiza automaticamente uma "varredura", composta de uma série de escaneamentos ópticos ou "cortes" da retina, utilizando-se para isso de um feixe de luz. A palavra corte é utilizada em sentido figurativo, logo, não é feito nenhum tipo de corte mecânico. Após realizados todos os escaneamentos, o aparelho constitui automaticamente uma reconstrução em 3 dimensões da área da retina analisada. Após isto, médico escolhe alguns "cortes" que melhor analisem a área da mácula em questão e os imprime. Quando analisado conjuntamente com a angiofluoresceinografia e a retinografia, constitui uma importante ferramenta diagnóstica e também de acompanhamento para o oftalmologista. O exame é indicado em diversas doenças da retina como a degeneração macular relacionada à idade, membranas epi-retinianas, retinopatia diabética, descolamentos de retina, oclusões venosas, buracos maculares, entre outras. O exame não é doloroso. Não há emissão de luz forte nos olhos. Duração: cerca de 5 minutos Preparo: é necessária a realização de dilatação das pupilas, as quais levam em média 5 horas para retornarem ao normal. Aconselha-se que o paciente traga óculos escuros para maior conforto após a saída da clínica, pois a dilatação pupilar causa sensibilidade à luz. Não é necessário jejum, nem estar acompanhado. Retinografia É um exame não invasivo que consiste na realização de uma fotografia colorida de alta definição do fundo do olho para observação da retina, de sua porção central que se chama mácula e do nervo óptico. O exame é realizado através da utilização de um aparelho fotográfico digital específico para o fundo do olho. Tem como utilidade o acompanhamento comparativo ao longo do tempo de lesões do fundo do olho como, por exemplo, drusas na degeneração macular relacionada à idade ou nevus de coróide. Duração: cerca de 2 minutos Preparo: é necessária a realização de dilatação das pupilas, as quais levam em média 5 horas para retornarem ao normal. Aconselha-se que o paciente traga óculos escuros para maior conforto após a saída da clínica, pois a dilatação pupilar causa sensibilidade à luz. Não é necessário jejum, nem estar acompanhado. OBS: existe uma variação da retinografia que é chamada foto estéreo de papila ou foto estéreo do nervo óptico, que consiste em "fotos em estéreo" do nervo óptico que servem para acompanhamento, ao longo do tempo, da escavação papilar ou escavação do nervo óptico, em casos de suspeita de glaucoma ou mesmo de glaucoma já diagnosticado. Gonioscopia É um exame não invasivo, realizado no próprio consultório, que tem como objetivo visualizar o ângulo de drenagem do líquido que preenche o olho, chamado humor aquoso. Este ângulo se situa entre a íris e a córnea do paciente e é chamado de ângulo irido-corneano. Ele está envolvido em uma certa parte dos glaucomas. Todo paciente com glaucoma ou suspeita de glaucoma deve ser submetido a este exame como parte de sua avaliação básica. No consultório, após a instilação de colírios anestésicos, o médico coloca uma pequena lente, que possui espelhos internos, na superfície do olho do paciente. Através destes espelhos, examina-se o ângulo de drenagem do humor aquoso em toda sua extensão. O exame é simples, indolor e rápido. Duração: aproximadamente 1 minuto. Preparo: não é necessário preparo Curva tensional diária Consiste em 4 medidas da pressão intra-ocular, realizadas em diferentes horários do mesmo dia. O objetivo de se realizar múltiplas medidas da pressão intra-ocular no mesmo dia é de se obter uma curva tensional, ou seja de se saber como se comporta a pressão ocular nos diferentes momentos do dia. Um paciente que apresenta uma boa pressão intra-ocular pela manhã pode apresentar uma pressão aumentada no final da tarde, e vice-versa. Este exame faz parte da investigação básica de pacientes com diagnóstico ou com suspeita de glaucoma. Duração: poucos segundos. Preparo: não é necessário preparo Doenças Catarata A catarata é uma doença ocular extremamente frequente e uma das maiores causadoras de cegueira no mundo. Ela é tratável nos dias de hoje por uma cirurgia sofisticada, delicada, rápida e de alta tecnologia(vide menu tratamentos). O cristalino é uma componente interno do nosso olho que tem a função de focalizar os objetos para os quais olhamos. A catarata é uma opacificação, que gera perda de transparência do cristalino. Com o passar dos anos, o cristalino vai se tornando amarelado, talvez exercendo um mecanismo natural de proteção contra a penetração de determinados tipos de luz no interior de nossos olhos. Este amarelamento inicial do cristalino, vai tornando-o opaco com o passar do tempo, transformando-o numa estrutura menos transparente do que ele deveria ser para proporcionar uma visão nítida, cheia de contrastes e cores vivas. A causa mais comum de aparecimento de catarata é a idade. Outras causas são a catarata congênita, a catarata precoce em pacientes diabéticos e usuários de corticóides e a catarata ligada a doenças do metabolismo. A catarata pode ainda ser decorrente de traumatismos oculares, inflamações oculares como as uveítes e secundárias a cirurgias prévias intra-oculares. Os sintomas frequentes do aparecimento da catarata são a baixa de acuidade visual, o aparecimento progressivo de dificuldades em ambientes com incidência de raios solares, dificuldade para dirigir à noite, diminuição na vivacidade das cores e dos contrastes. Outro achado sugestivo de progressão da catarata é o aumento da miopia em pacientes já míopes ao redor dos 50-60 anos ou, inversamente, o aumento progressivo da hipermetropia em pacientes desta mesma faixa etária. Retinopatia diabética - Diabetes Mellitus e o olho O diabetes é uma doença que atinge progressivamente os pequenos vasos do corpo humano, ou seja, a microcirculação. O olho é um dos órgãos-alvo do diabetes, juntamente com os rins, o coração e o sistema nervoso. A manifestação mais grave do diabetes nos olhos é a retinopatia diabética, que é causada pela progressiva lesão dos pequenos vasos, dando origem à formação de microaneurismas na micro-circulação retiniana, que podem levar a pequenos vazamentos localizados chamados de edema retiniano. Quando este edema se situa na mácula, que é a porção central da retina, é chamado de edema macular. O edema é o acúmulo de fluido dentro das camadas da retina, causado pelo defeito vascular citado acima. Progressivamente, além dos pontos de edema, a lesão dos pequenos vasos pode gerar áreas de falta de irrigação, chamadas de áreas de má perfusão. Normalmente, estas áreas localizam-se na retina periférica, longe do centro da visão. Estas áreas de falta de irrigação geram a formação de pequenos vasos chamados de neovasos de retina, que de maneira frágil e desorganizada, tentam irrigar colateralmente as áreas de má circulação. Estes neovasos rompem-se facilmente, podendo levar a uma hemorragia intra-ocular chamada de hemorragia vítrea, que pode levar a uma baixa de visão repentina. Uma das complicações tardias mais temidas destes neovasos é o descolamento da retina, causado pela tração destes neovasos no tecido da retina. As lesões descritas acima podem ocorrer, usualmente, após alguns anos do início do diabetes. No diabetes de início tardio, chamado de diabetes tipo 2, que começa normalmente sem uma necessidade iminente de uso de insulina, devemos fazer um exame de mapeamento de retina ou fundo de olho na época do diagnóstico, pois nem sempre podemos precisar com clareza a data do início da doença. Nos pacientes diabéticos é muito freqüente a queixa de um embaçamento visual no momento do diagnóstico e nos episódios de grande variação glicêmica. Esta baixa de visão é devida a uma alteração nas dimensões e no formato do cristalino, como conseqüência da variação glicêmica. Nestes casos, a visão tende a voltar ao normal algumas semanas após o controle glicêmico. Outro acometimento ocular do diabetes é o estrabismo, por acometimento dos nervos que controlam os movimentos oculares. Este estrabismo pode ser temporário e levar alguns meses para um retorno à normalidade. O exame oftalmológico com mapeamento de retina é obrigatório para pacientes com diabetes mellitus como prevenção da retinopatia diabética. O controle glicêmico diário e o monitoramento da hemoglobina glicada são as únicas formas eficazes de prevenção da retinopatia diabética, assim como de outras complicações do diabetes em diversas partes do corpo. Retinopatia da prematuridade A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença que acomete recém nascidos prematuros em variáveis graus de intensidade e, conseqüentemente, de gravidade. Tende a ser mais grave - e potencialmente causadora de cegueira – quanto mais baixas forem a idade gestacional e o peso do recém-nascido. A vascularização da retina completa-se quando a criança ainda está no útero materno, ao redor da 36º semana de gestação. O aparecimento da retinopatia da prematuridade está ligada ao tamanho da área da retina que ainda encontra-se sem vascularização no momento do nascimento. Esta retina sem vascularização inicia uma produção desenfreada de fatores como o Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) entre outros, que causam o aparecimento de múltiplos pequenos vasos mal formados e extremamente agressivos no bordo entre a retina já vascularizada e a retina imatura, sem vasos. Estes vasos retinianos crescem desordenadamente em direção ao corpo vítreo, no interior do olho, causando tração na retina e levando com um grave e irreversível descolamento tracional fibro-vascular de retina, cujo prognóstico cirúrgico e visual é ruim mesmo nos melhores centros mundiais de oftalmo-pediatria. A retinopatia é classificada em graus que variam de 1 a 5 de acordo com as características da linha da fronteira entre as retinas vascularizada e avascular. É também classificada em zonas que variam de 1 a 3 em função do posicionamento e extensão da área de retina avascular. O mais importante fator, de acordo com as últimas tendências e artigos da literatura, é a presença da Doença Plus, um aumento no calibre e na tortuosidade dos vasos retinianos, que tende a ter uma forte relação com a progressão da doença nestas crianças. A literatura tende a indicar tratamento em ROPs ainda grau 2 com doença plus ou qualquer ROP em zona 1, próximas à mácula A eliminação da retina não vascularizada é o único tratamento consagrado no sentido de deter o avanço da ROP. Ele consiste na total cauterização da área retiniana sem vascularização através de intensa fotocoagulação à laser, com o auxílio de introflexão escleral feita pelo próprio cirurgião, garantindo tratamento de toda a retina avascular até sua extrema periferia. Quando indicado, o tratamento deve realizado nas 72 horas após sua indicação, o que os guidelines mundiais chamam de GPP (good practice points). O acompanhamento e revisão são feitos nas primeiras 72 horas pós tratamento, para verificar a regressão da Doença Plus e decidir sobre um eventual re-tratamento, e após constatada a regressão da doença, a criança é vista semanal ou quinzenalmente até os 2 primeiros meses de idade corrigida. O acompanhamento estende-se até o primeiro ano de vida. Equipe, infra-estrutura e equipamentos necessários para o tratamento da ROP Para um adequado tratamento da ROP, necessita-se de um ambiente familiarizado com procedimentos anestésicos de recém nascidos de alto risco e também de um oftalmologista treinado e familiarizado com as peculiaridades do exame e tratamento de recém nascidos. Por ser um ato cirúrgico não invasivo, não é necessário um centro cirúrgico, e o tratamento atual pode realizar-se no próprio ambiente de UTIneonatal, sempre sob anestesia geral de curta duração e monitorização por parte de um anestesista familiarizado com recém-nascidos. Descolamento de retina A retina é a camada mais interna da parede ocular, ou seja, ela reveste a parte interna da cavidade ocular, como uma câmara em uma bola de futebol. As luzes ou imagens que vemos atravessam o olho todo e acabam se projetando na retina. A retina recebe as imagens e as transforma em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro através do nervo óptico. As células da retina que transformam luz em estímulo elétrico são chamadas de fotorreceptores. Quando a retina se descola da parede do olho, estes fotorreceptores entram em sofrimento e acabam perdendo sua vitalidade de maneira irreversível após alguns dias ou poucas semanas. O descolamento de retina ocorre quando o vítreo, que é a gelatina que preenche a parte de trás do olho, entra em baixo da retina, ou seja, infiltra-se e entre a retina e a parede do olho. Os descolamentos podem ocorrer espontaneamente ou como conseqüência de impactos ou lesões no olho. Eles acontecem nos pacientes míopes numa freqüência muito maior do que nos não míopes. Os sintomas do descolamento de retina mais freqüentemente relatados são a visão de flashes de luz ou raios luminosos no campo de visão, a presença de manchas escuras móveis no campo de visão, chamadas de moscas volantes e o aparecimento de uma grande área de visão embaçada em uma parte do campo de visual. Em casos de descolamentos causados por um rasgo na retina, chamado também de rotura de retina, a correção do descolamento é feita através de uma cirurgia que oclui e fecha esta rotura, impedindo o vítreo de continuar passando através dela. Na cirurgia, é feita não somente a oclusão da rotura, mas também a drenagem do fluido que se encontra sob a retina. Com a retina novamente colada, os fotorreceptores param de sofrer e podem voltar a funcionar novamente caso ainda tenham vitalidade residual suficiente. Na cirurgia de descolamento, utilizamos laser ou crioterapia para cauterizar as roturas e preenchemos o olho com gás ou com óleo de silicone, para preservar a retina colada até que a cauterização consiga cicatrizar e fechar definitivamente a rotura da retina. Descolamento do vítreo posterior e/ou moscas volantes Os sintomas do descolamento do vítreo posterior assemelham-se aos do descolamento de retina. Os sintomas mais freqüentemente relatados são a presença de manchas escuras móveis no campo de visão, chamadas de moscas volantes que podem estar associados à visão de flashes de luz ou raios luminosos no campo de visão. Os raios de luz ocorrem pelo fato de que o vítreo é aderido à retina como uma fita adesiva se adere a um papel. No processo de descolamento, o vítreo vai aos poucos se descolando, como um adesivo se descola de um papel, e a cada vez que ocorre uma pequena tração ou "puxada" do vítreo na retina, a retina envia um sinal luminoso ao cérebro. Esta tração pode ocasionar um rasgo na retina, podendo levar a um descolamento de retina. Por isso, na presença destes sintomas, é necessário o exame oftalmológico com mapeamento de retina para que o médico se certifique que o descolamento do vítreo não causou também um descolamento de retina. O descolamento do vítreo ocorre, pois o vítreo, que é a gelatina que preenche o olho, vai tornando-se líquido com o passar dos anos. Este processo faz com que haja uma perda da sua sustentação, levando a seu desprendimento da superfície da retina. Ocorre então a visão de pequenos pontos escuros semi-tranparentes, móveis, que ficam dançando e seguindo a direção do olhar. Alguns pacientes descrevem estes pontos como pequenas bolinhas escuras, outros como pequenas minhocas ou fios, outros ainda como uma teia de aranha móvel. O descolamento do vítreo não precisa ser tratado e seus sintomas apresentam uma tendência de dimuição dentro de algumas semanas ou meses. Nos pacientes míopes, o descolamento vítreo tende a ocorrer mais precocemente do que nos pacientes não míopes. Toxoplasmose ocular A toxoplasmose ocular é um tipo de uveíte, ou seja, uma inflamação da úvea, causada por um parasita, um protozoário, chamado Toxoplasma gondii. A úvea é a camada responsável por grande parte da vascularização interna do olho. Este parasita pode ser adquirido pelo paciente ainda na sua fase de vida fetal, caso a mãe venha a ter uma infecção aguda por toxoplasmose na gestação. Muitas pessoas apresentam, na vida adulta, um ataque de toxoplasmose ocular de uma infecção que na verdade foi contraída no útero materno, ou seja, antes mesmo de nascer. Os casos de infecção materna por toxoplasmose durante a gravidez, além de poderem causar toxoplasmose ocular ao feto, podem levar também a graves problemas cerebrais para a criança. As fezes do gato, quando o animal está infectado, podem servir como meio de disseminação para o protozoário que causa a doença. As formas de contágio pós-nascimento são por meio da ingestão da carne de porco mal cozida, alimentos contaminados ou água contaminada. Os sintomas da toxoplasmose ocular são embaçamento visual, aparecimento de moscas volantes no campo visual e olho vermelho. Dor também pode ocorrer. Dependendo da localização do foco infeccioso na retina, o paciente pode ter sua visão prejudicada de maneira definitiva, como nos casos de focos de toxoplasmose na mácula ou próximos ao nervo óptico. A toxoplasmose pode causar um grande processo inflamatório dentro do olho, podendo levar a uma forte cicatrização, com distorção ou eventualmente descolamento da retina. A maneira de diagnosticar-se a doença é através de um exame oftalmológico completo combinado com uma confirmação através de exames de sangue (sorologias). O tratamento atual consiste na administração de antibióticos via oral associados a antiinflamatórios potentes, para minimizar as seqüelas da infecção. Um tratamento cirúrgico não está excluído caso meses após o término da inflamação e do tratamento da infecção ocular, ainda persista um embaçamento devido a um comprometimento do vítreo (geléia que preenche o olho). Uveítes A úvea é a camada responsável por grande parte da vascularização interna do olho. Ela se divide em 3 partes: a íris, que é a parte da frente responsável pela cor do olho. Corpo ciliar, que fica atrás da íris e produz o líquido que preenche o olho (humor aquoso) e a coróide, localizada atrás do olho, e responsável por boa parte do metabolismo da retina. Uma inflamação de qualquer das 3 partes deste camada denominada úvea chama-se uveíte. As uveítes podem ser causadas por infecções, podem fazer parte do quadro de doenças reumatológicas ou estarem ligados a processos auto-imunes. Em boa parte dos casos, há apenas uma hipótese, por vezes não confirmada, de diagnóstico. A uveíte que mais frequentemente atinge o olho é a uveíte anterior. Uma causa comum para esta uveíte é a artrite reumatóide. A uveíte que mais frequentemente atinge a parte de trás do olho e da úvea(coróide) é a infecção chamada toxoplasmose. Outros exemplos de doenças infecciosas que causam uveítes são a Tuberculose e a Sífilis. Algumas uveítes podem se tornar crônicas, levando à necessidade de tratamento com medicações via oral e acompanhamento junto a reumatologistas. Exemplos disto são as uveítes causadas pela artrite reumatóide, pela artrite reumatóide juvenil, pela doença de Vogt-Koyanagi-Harada e pela Sarcoidose. Algumas uveítes intermediárias podem também levar a tratamentos longos com medicações via oral. Nos casos de uveítes, devemos realizar um exame oftalmológico detalhado e uma investigação clínica e laboratorial completa, numa tentativa de se elucidar a origem do problema. Problemas que acontecem frequentemente como conseqüência de uma uveíte são a formação de catarata e o glaucoma, além de edema macular cistóide, que é um inchaço da parte da retina responsável pela visão central. Degeneração macular relacionada à idade A degeneração macular relacionada à idade, chamada de DMRI, é um grave problema que acomete a mácula, a porção central da retina. A mácula é a porção da retina que utilizamos ao ler um livro, ao olhar nos olhos das pessoas, ao escrever, ou seja, é o centro do campo visual e é a parte principal da visão. As proporções mundiais que esta doença tem tomado - devido a uma sobrevida cada vez maior das pessoas - são enormes. Ela já é a principal causa de baixa irreversível de visão em países desenvolvidos. Muitos são os fatores que podem ter envolvimento no aparecimento da DMRI. Fatores genéticos, raciais, ligados ao sexo, assim como fatores ambientais como tabagismo e exposição demasiada à luz e radiação ultra-violeta. Fatores clínicos como obesidade, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia(colesterol e triglicérides aumentados) podem aumentar o risco de degeneração macular. A DMRI tem algumas formas diferentes de aparição no olho, que podem ser simultâneas ou sobrepostas ao longo do tempo. A forma mais comum (85% dos casos) é a forma atrófica ou caracterizada por drusas. Nesta forma, a baixa de acuidade visual é lenta e às vezes a perda visual central é leve. Porém, quando a forma atrófica acomete de maneira extensa e profunda a mácula, a visão pode ser afetada de maneira muito significativa. A forma exudativa ou úmida corresponde a 15% dos casos, e é caracterizada pela presença de uma membrana composta por vasos chamada de membrana neovascular sub-retiniana, localizada em baixo da retina. Essa membrana cresce progressivamente sob a mácula, causando descolamento da retina ou de sua base nutridora chamada epitélio pigmentar. A cicatrização desta membrana leva a uma grande perda de células responsáveis pela visão. Os sintomas iniciais de uma DMRI podem ser uma baixa lenta e progressiva na visão central, principalmente nos casos de DMRI atrófica ou caracterizada por drusas. Os sintomas mais repentinos, abruptos e agudos são mais frequentemente associados à forma exudativa da doença, onde existe uma membrana neo-vascular sub-retiniana. Estes sintomas podem-se caracterizar por uma queda abrupta na visão devido ao aparecimento de uma mancha na parte central da visão ou pelo aparecimento abrupto de uma visão central distorcida por ondulações, abaulamentos ou tortuosidades. Essa visão distorcida caracteriza-se por uma percepção de tortuosidade nas formas e contornos de objetos para os quais olhamos diretamente. Exemplos disto são uma ondulação vista no bordo de uma porta ou na superfície de uma mesa. Letras distorcidas são comumente relatadas pelos pacientes. O tratamento de determinadas fases da DMRI, como a caracterizada por drusas, consiste na utilização de vitaminas via oral e auto-exame preventivo em casa através de uma tabela de Amsler, que é um papel contendo uma grade de linhas paralelas e perpendiculares que serve para detecção precoce de alterações causadas por uma membrana neovascular sub-retiniana. O tratamento atual para a forma exsudativa consiste na aplicação de agentes antiangiogênicos, ou anticorpos monoclonais, dentro da cavidade vítrea. Estes agentes fazem com que o crescimento da membrana neovascular diminua ou cesse durante alguns meses. O tratamento modula a progressão da doença, mantendo a membrana com uma diminuição de sua atividade metabólica normal e com uma boa parcela de casos onde ocorre uma melhora ou estabilização da visão. Membrana epi-retiniana As membranas epi-retinianas consistem em uma película que se forma sobre a superfície interna da mácula, que é o centro da retina. Elas são fortemente aderidas à superfície macular. As membranas epi-retinianas acontecem mais comumente após os 50 anos de idade e em grande parte dos casos tem associação com um descolamento do vítreo posterior(vide item doenças no site). As membranas epi-retinianas muitas vezes não causam sintomas e são encontradas como um "achado de exame" pelo oftalmologista no momento de fundo de olho. Nestes casos onde a membrana é pequena e não causa sintomas, ela pode ser apenas observada pelo médico oftalmologista. Os sintomas que podem ser causados pela presença de uma membrana epi-retiniana geralmente são lentos e progressivos, caracterizados por uma baixa de visão ou visão central distorcida por ondulações, abaulamentos ou tortuosidades. Essa visão distorcida caracteriza-se por uma percepção de tortuosidade nas formas e contornos de objetos para os quais olhamos diretamente. Um exemplo disto é uma ondulação vista no bordo de uma porta ou na superfície de uma mesa. Letras distorcidas são comumente relatadas pelos pacientes. Em função das queixas do paciente e do nível de baixa de visão, uma decisão conjunta entre médico e paciente é tomada em relação à possibilidade de observação ou à retirada cirúrgica da membrana epi-retiniana. Buraco macular O buraco macular é caracterizado pela formação de um orifício no centro da mácula, que é a parte central da retina. A formação deste buraco ocorre de maneira espontânea na maioria dos casos, e em boa parte deles encontramos ao exame de tomografia de coerência óptica, o OCT (vide menu de exames do site), uma fina membrana que encontra-se fortemente aderida à superfície da mácula e que causa um esticamento ou tração nos bordos do buraco macular, sendo então a provável causa do buraco de mácula. Os sintomas iniciais podem ser o aparecimento de distorções, ondulações, abaulamentos ou tortuosidades na visão central. Essa visão distorcida caracteriza-se por uma percepção de tortuosidade nas formas e contornos de objetos conhecidos. Posteriormente, ocorre o aparecimento de uma pequena mancha ou falha localizada bem no centro da visão, no local da visão que utilizamos para ler para palavras em um livro, por exemplo. Os buracos maculares podem ser completos ou parciais(lamelares). Os buracos lamelares preservam a camada principal da retina, a camada das células visuais, os fotorreceptores, e causam leve a moderada baixa de visão, podendo por vezes serem apenas acompanhados pelo oftalmologista. Os buracos completos, por sua vez, causam uma baixa de acuidade visual moderada a grave e tem indicação cirúrgica para seu tratamento. A cirurgia indicada é a vitrectomia posterior com retirada da membrana limitante interna + implante de gás intra-ocular(vide menu de tratamentos do site). O prognóstico visual de um buraco macular completo depende de seu tamanho(diâmetro), duração de sua existência e de características anatômicas do buraco observados ao exame de tomografia de coerência óptica, o OCT (vide menu de exames do site). Oclusão de veia central da retina(OVCR) A oclusão de veia central da retina(OVCR), chamada também de trombose de veia central, é um entupimento(oclusão) do ramo principal da veia retiniana que realiza toda a drenagem da circulação da retina. O ramo principal da veia central reúne o sangue proveniente dos 4 ramos venosos da retina: o ramo temporal-superior, o ramo temporalinferior, o ramo nasal-superior e o ramo nasal-inferior. Como a oclusão de veia central ocorre no seu ramo principal, todos os 4 ramos secundários são acometidos por consequência e um grande colapso circulatório acontece em toda a retina. Esta trombose ocorre provavelmente em um ponto de estreitamento onde a veia central penetra na cabeça do nervo óptico, na região da placa crivosa. Os fatores predisponentes à oclusão de veia central são a presença de glaucoma e de fatores predisponentes à aterosclerose como hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo e dislipidemia(aumento de colesterol e triglicérides). O paciente costuma perceber um embaçamento súbito ou rapidamente progressivo da visão no olho acometido. O diagnóstico é realizado ainda no consultório, no momento do mapeamento de retina. A quantidade de visão apresentada pelo paciente no momento do diagnóstico é um fator importante de gravidade da doença e no prognóstico visual futuro. O exame de angiofluoresceinografia mostra o nível de comprometimento circulatório retiniano nestes casos e a eventual presença de edema de mácula. O exame de OCT confirma e mostra o tamanho do eventual edema de mácula. Muito cuidado deve ser tomado para se evitar o aparecimento de um tipo de glaucoma chamado glaucoma neovascular, que é grave e secundário ao sofrimento retiniano generalizado causado pela falta de sangue após a oclusão. O glaucoma neovascular pós oclusão de veia central de retina costuma aparecer 3 meses após a oclusão. Tudo deve ser feito para se evitar esta complicação. O tratamento, quando indicado, consiste em fotocoagulação à laser e eventual aplicação de produtos dentro do olho para combater o grave edema de mácula que pode ocorrer nestes casos. O prognóstico visual costuma ser ruim nos casos de oclusão de veia central de retina, com poucos casos de boa visão a longo prazo. Oclusão de ramo de veia central da retina (ORVC) A oclusão de um ramo da veia central da retina(ORVC), chamada também de trombose de ramo venoso, é um entupimento(oclusão) de uma das ramificações da veia retiniana que realiza toda a drenagem da circulação da retina. Existem 4 ramos venosos da veia central da retina: o ramo temporal-superior, o ramo temporal-inferior, o ramo nasalsuperior e o ramo nasal-inferior. Como a oclusão de ramo de veia central ocorre geralmente apenas em um ramo da veia, apenas a área da retina drenada por este ramo venoso é acometida, e por consequência, há um grande colapso circulatório em toda área da retina drenada pelo ramo ocluído. Esta trombose ocorre provavelmente em um ponto de estreitamento do ramo venoso devido a um cruzamento com uma artéria. Os fatores predisponentes à oclusão de ramo de veia retiniana são a presença de fatores predisponentes à aterosclerose como hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo e dislipidemia(aumento de colesterol e triglicérides). O paciente pode perceber um embaçamento súbito ou rapidamente progressivo da visão no olho acometido, porém se o ramo ocluído não for responsável pela drenagem da mácula, a trombose pode ser assintomática. O diagnóstico é realizado ainda no consultório, no momento do mapeamento de retina. Um exame de angiofluoresceinografia mostra o nível de comprometimento circulatório retiniano nestes casos e a eventual presença de edema de mácula. O exame de OCT, quando indicado, confirma e mostra o tamanho do eventual edema de mácula. Muito cuidado deve ser tomado para se evitar o aparecimento de neovasos, pequenos vasos que se formam rapidamente, alguns meses após a trombose, na tentativa de estabelecer uma circulação colateral para suprir a retina acometida pela trombose. Tudo deve ser feito para se evitar esta complicação, pois o surgimentos destes vasos pode gerar hemorragias vítreas e mesmo descolamento tracional de retina. O tratamento, quando indicado, consiste em fotocoagulação à laser e eventual aplicação de produtos dentro do olho para combater o grave edema de mácula que pode ocorrer nestes casos. O prognóstico visual costuma ser ruim nos casos de oclusão de ramo de veia central que acometem de maneira significativa a mácula. Nos casos de oclusão de ramos que não atingem a mácula, o prognóstico costuma ser bom se feita a prevenção do desenvolvimento dos neovasos de retina acima citados. Edema macular O edema macular caracteriza-se pela presença de fluido entre as camadas da retina central(mácula), chamada tecnicamente de retina neuro-sensorial, como se fosse um inchaço deste tecido. Este fluido se acumula em pequenas lacunas císticas de líquido entre as camadas da retina, num espaço onde não deveria existir líquido, levando a uma desorganização anatômica e sofrimento da retina, que a longo prazo pode levar a uma perda de vitalidade do tecido da mácula. As doenças e causas de edema macular são várias, e tem como ponto comum um vazamento de líquido de dentro para fora dos vasos da retina ou de sua camada nutridora, a coróide. Este líquido pode se acumular dentro da retina causando o edema de mácula, ou em baixo da retina causando um descolamento seroso de retina por acúmulo de fluido de vazamento. As doenças mais frequentemente causadoras de um edema de mácula são a retinopatia diabética, as oclusões venosas retinianas, a degeneração macular relacionada à idade(DMRI), a coriorretinopatia serosa central, as uveítes e as condições inflamatórias pós cirurgias oculares. Um edema macular pode acontecer também por uma membrana epi-retiniana ou Síndrome de tração vítreo macular causando grande tração na região da mácula. (vide menu de doenças do site) O tratamento consiste no combate à causa do edema. Se causado por tração, na remoção cirúrgica da tração. Se causado por doenças que causam vazamentos vasculares, como acima descrito, o tratamento consiste em corrigir as áreas e pontos de vazamento, através de fotocoagulação à laser focal ou tratamentos com produtos injetados dentro da cavidade vítrea que possuam o intuito de diminuir a passagem de líquido de dentro para fora dos vasos acometidos pela doença em questão. Coriorretinopatia serosa central A coriorretinopatia serosa central é uma doença caracterizada por pontos de vazamento de fluido situados na área da mácula(centro da retina). Estes pontos de vazamento ocorrem na coróide, que é a camada vascular situada logo abaixo da retina. O fluido que vaza se acumula frequentemente em baixo da retina, causando um descolamento seroso(por fluido) da retina ou um também um edema macular. Pode ainda causar um descolamento do epitélio pigmentar da retina, que é a camada que separa a retina da coróide. Múltiplas teorias tentar explicar o como e o por quê do acontecimento destes pontos de vazamento. A doença atinge mais frequentemente pacientes do sexo masculino adultos, de 35 a 45 anos de idade, e com traços comportamentais de ansiedade extrema, autocrítica e autocobrança exacerbadas. Este traço comportamental é descrito como personalidade do tipo-A. Os sintomas do aparecimento da doença são embaçamento visual central, visão tortuosa dos objetos e percepção de diminuição no tamanho das imagens no olho acometido. Flashes de luz no centro da visão podem também ocorrer. O suspeita e eventual confirmação diagnóstica é realizada no momento do mapeamento de retina. O exame de angiofluoresceinografia mostra com precisão os pontos de vazamento de contraste. O exame de tomografia de coerência óptica mostra o tamanho e as características anatômicas do descolamento da retina.(vide menu de exames do site). O tratamento consiste na eliminação dos pontos de vazamento com fotocoagulação à laser focal. Quando o ponto de vazamento é na fóvea (centro da mácula) ou próximo dela, devemos observar ou mesmo considerar métodos de tratamento alternativos ao laser, como a aplicação de produtos dentro do olho. A doença geralmente melhora de maneira relativamente rápida(algumas semanas) e o prognóstico visual é bom, com exceção feita aos casos crônicos ou com múltiplos episódios de ocorrência. Glaucoma O glaucoma é uma lesão da cabeça do nervo óptico e das fibras nervosas que o compõem. Há uma tendência de aumento na escavação central da cabeça do nervo óptico em pacientes com glaucoma. O maior fator de risco para o aparecimento e progressão do glaucoma é uma pressão intra-ocular elevada, embora existam também casos de glaucoma onde a pressão intraocular é normal. Os valores normais de pressão intra-ocular situam-se entre 10 e 21 mmHg. O glaucoma crônico de ângulo aberto é o tipo mais comum de glaucoma. Ele evolui de maneira silenciosa e costuma causar sintomas apenas em fases avançadas da doença. Os sintomas causados pelo glaucoma crônico são uma perda de campo visual que começa na periferia da visão e que conforme a doença vai avançando, atinge também as partes centrais da visão com diminuição de sensibilidade da retina à luz e às imagens. Em um paciente com suspeita ou diagnóstico de glaucoma, devem ser realizados exames preventivos e/ou diagnósticos de glaucoma como estéreo-foto de papila, campimetria visual, medida da camada de fibras nervosas da retina através da tomografia de coerência óptica(OCT), curva tensional diária e paquimetria(vide menu de exames do site). Testes provocativos e de ingestão hídrica também fazem parte dos exames diagnósticos para o glaucoma. A maneira atual de tratamento do glaucoma é através da realização do controle rígido da pressão intra-ocular. A maneira de se saber se a pressão ocular está controlada consiste em várias medidas da pressão ocular, em diferentes horários do mesmo dia. Este exame é chamado de curva tensional diária(vide menu de exames do site). Em casos de glaucoma diagnosticado ou de forte suspeita de glaucoma, a pressão intraocular pode ser diminuída através do uso de diversos colírios ou mesmo através da realização de cirurgias anti-glaucomatosas. Glaucoma agudo O glaucoma agudo é uma urgência oftalmológica. Ele se caracteriza por um abrupto e grande aumento da pressão intra-ocular, normalmente com valores acima de 40 mmHg. Os sintomas são dor intensa, vermelhidão, embaçamento visual e uma pupila dilatada e paralisada. A dor é tão intensa que pode vir acompanhanda de náuseas e vômitos. Os fatores de risco para o glaucoma agudo são a presença de uma característica anatômica dentro do olho que leva ao risco de fechamento do ângulo que fica entre a íris e a córnea, na divisão entra a área branca e a colorida do olho. Chamamos esta característica de ângulo oclusível, ou seja, com potencial a se ocluir/fechar. Quando este ângulo fecha, a drenagem do líquido que se encontra dentro do olho é interrompida, levando a um grande aumento da pressão ocular. As características deste chamado ângulo oclusível podem ser: • um ângulo entre a íris e a córnea mais estreito, logo levando a risco de fechamento como descrito acima. • Uma crista de elevação na parte mais externa da íris, próxima do ângulo de drenagem, chamada de "íris em plateau", sendo esta crista um fator de risco para fechamento do ângulo nos momentos onde há dilatação pupilar. • uma interrupção na corrente do fluido intra-ocular que passa da parte de trás para a parte da frente da íris. Esta interrupção acontece pelo contato da íris com o cristalino gerando um "bloqueio pupilar" e formação de uma bolsa de líquido atrás da íris que a projeta para a frente chamada de "íris bombée". Uma condição de risco para glaucoma agudo é um cristalino muito inchado, que devido às suas grandes dimensões, "empurra" a íris para frente, levando ao risco de fechamento do ângulo de drenagem ou mesmo de bloqueio pupilar e íris bombée. O tratamento para crises de glaucoma agudo consiste na administração de medicações via endovenosa, via oral, colírios e eventualmente iridotomia à laser de urgência, se a condição ocular permitir. Em pacientes com crises prévias ou grande risco anatômico de desenvolver um glaucoma agudo, uma pequeno e microscópico orifício com o uso de laser pode ser realizado na íris, próximo ao ângulo para prevenir crises de glaucoma. Este procedimento chama-se iridotomia à laser (vide menu de tratamentos do site). Tratamentos realizados Cirurgia de catarata combinada com vitrectomia - Facoemulsificação com implante de lente intra-ocular combinada com vitrectomia A catarata é uma doença ocular extremamente frequente e uma das maiores causadoras de cegueira no mundo. Ela é tratável nos dias de hoje por uma cirurgia delicada e rápida. A cirurgia de catarata evoluiu enormemente nos últimos anos. Temos, hoje em dia, equipamentos capazes de realizar cirurgias rápidas, pouco traumatismo ao olho, através de microincisões de aproximadamente 2 mm, por onde é retirada a catarata e, em seguida, implantada a lente intra-ocular que substituirá o cristalino removido. Alguns modelos de lentes intra-oculares mais recentes permitem também a correção de astigmatismos. Outros modelos de lentes intra-ocuares multifocais oferecem ao paciente uma visão não somente para longe, como também para perto após a cirurgia. A escolha de cada tipo de lente depende, obviamente, das características oculares e também pessoais de cada paciente. A recuperação pós-operatória é rápida e o paciente pode retomar suas atividades normais poucos dias após a cirurgia. O procedimento é realizado na grande maioria dos casos sob anestesia local, com sedação, porém ele também pode ser realizado, em raros casos, sob anestesia geral. A cirurgia combinada de catarata com vitrectomia é indicada em casos onde a catarata e a opacidade gerada por ela causem dificuldade e visibilização da retina por parte do médico durante a vitrectomia. Também é indicada em casos onde o cristalino possa impedir o acesso partes da retina como em alguns casos de descolamento de retina. Em casos onde haja forte probabilidade de desenvolvimento de catarata no pós operatório de vitrectomia, pode-se também optar cirurgia de catarata combinada já no ato inicial. Duração: 15 minutos Preparo: jejum de 8 horas e dilatação pupilar são necessários. O paciente deve estar acompanhado por um responsável maior de idade. Fotocoagulação à laser A fotocoagulação à laser é um tratamento há anos consagrado na prática oftalmológica. Consiste na aplicação de disparos de um feixe de laser de diodo verde, de 532 nm de comprimento de onda, tendo como alvo áreas específicas da retina. O médico visibiliza a retina do paciente através de um microscópio e realiza então os disparos de laser. Existem inúmeras indicações para a fotocoagulação à laser, como o tratamento de lesões periféricas da retina encontradas na alta miopia, o tratamento de edemas maculares diabéticos, o tratamento da retinopatia diabética, de oclusões venosas e o tratamento de roturas ou rasgos retinianos para prevenção do descolamento de retina. O procedimento é realizado em ambiente de consultório. Dependendo da intensidade necessária em cada caso, as aplicações podem gerar um incômodo momentâneo para o paciente, que pode ser contornado através da diminuição da intensidade ou mesmo, em casos de sensibilidade extrema, da realização de uma anestesia local. Duração: depende da extensão da área no olho a ser tratada. Pode durar de 2 a 10 minutos por sessão em cada olho. Preparo: é necessária a realização de dilatação das pupilas, as quais levam em média 5 horas para retornarem ao normal. Aconselha-se que o paciente traga óculos escuros para maior conforto após a saída da clínica, pois a dilatação pupilar causa sensibilidade à luz. Não é necessário jejum, nem estar acompanhado. A visão pode levar aproximadamente 15 minutos para voltar ao normal. Fotocoagulação à laser em retinopatia da prematuridade (ROP) A fotocoagulação à laser é um tratamento de escolha para a retinopatia da prematuridade. Consiste na aplicação de disparos de um feixe de laser de diodo, tendo como alvo as áreas da retina sem vascularização e que estão gerando estímulo para progressão da doença. O médico treinado e familiarizado com o procedimento utiliza um adaptador portátil para aplicar o laser na retina da criança, em ambiente de UTI neonatal ou eventualmente centro cirúrgico. O tratamento é realizado na retina da criança até sua extremidade mais periférica, o que tende a provocar uma regressão no quadro da doença. Duração: depende da extensão da área no olho a ser tratada. Pode durar de 10 a 30 minutos por sessão em cada olho. Preparo: necessita-se de dilatação pupilar e anestesia geral. O jejum necessário será orientado pelo pediatra neonatologista e pode variar em função do peso da criança. Aplicação de Triancinolona ou Depo-medrol(metilprednisolona) sub-tenoniano No olho, há uma camada externa que se situa entre a conjuntiva e a esclera, chamada Tenon. A aplicacão dos corticóides triancinolona ou Depo-medrol, potentes medicamentos anti-inflamatórios esteroidais, abaixo da camada de Tenon é chamada de aplicação sub-tenoniana. O medicamento é aplicado na parte externa do olho. Não há penetração ocular durante a aplicação. Esta aplicação tem como objetivo o controle a médio prazo de alguns processos inflamatórios oculares crônicos, entre eles algumas uveítes. A medicação aplicada no exterior do olho, sob a camada de Tenon, vai sendo liberada lentamente, levando ao controle destes processos inflamatórios. O efeito da medicação pode durar alguns meses, e desta forma, deixar o paciente menos dependente de colírios ou mesmo de medicação anti-inflamatória via oral. Por se tratar de um corticóide, há risco de aumento da pressão intra-ocular em alguns casos. Como geralmente não é um tratamento de primeira escolha, conhecendo-se o comportamento da pressão ocular do paciente ao usar colírios de corticóides, o médico pode estar mais ou menos propenso a escolher esta opção terapêutica. Duração: aproximadamente 2 minutos Preparo: não é necessário preparo para o procedimento, que por não ser invasivo, pode ser realizado no próprio consultório. Triancinolona intra-vítrea A aplicacão de triancinolona, que é um potente medicamento anti-inflamatório esteroidal, dentro da cavidade vítrea, ou seja, no interior do olho, é chamada de aplicação intra-vítrea de triancinolona. Esta aplicação é realizada através de uma fina agulha(30 gauges de calibre), na parte branca do olho. É muito rápida e o método que é utilizado inclui uma pequena anestesia tópica e local antes da aplicação, garantindo um procedimento indolor. A medicação permanece dentro da cavidade vítrea, exercendo seu potente efeito diretamente sobre a retina durante alguns meses. A triancinolona inibe o processo da inflamação, causando uma grande diminuição da permeabilidade vascular e, consequentemente, intensa e duradoura diminuição no edema macular. Por se tratar de um corticóide, há risco de aumento da pressão intra-ocular em até 40% dos casos segundo alguns estudos. Quando este aumento de pressão ocorre, ele é na grande maioria das vezes tratável e transitório. Como geralmente não é um tratamento de primeira escolha, conhecendo-se o comportamento da pressão ocular do paciente ao usar colírios de corticóides, o médico pode estar mais ou menos propenso a escolher esta opção terapêutica. O tratamento com triancinolona intra-vítrea é desaconselhado em pacientes com aumento de pressão intra-ocular ou glaucoma. Duração: aproximadamente 5 minutos Preparo: pede-se para que o paciente venha acompanhado. Não há necessidade de dilatação pupilar, nem de jejum. Avastin intra-vítreo A descoberta do Bevacizumabe, cujo nome comercial é Avastin, para uso intra-ocular revolucionou o tratamento da degeneração macular relacionada à idade do tipo exudativo na década passada. O Avastin é uma droga cuja indicação formal consiste no tratamento de diversas neoplasias em outras partes do corpo. Ela teve sua utilização intra-ocular consagrada por influentes autores na literatura médica oftalmológica devido a seus fantásticos resultados no controle da forma exudativa da degeneração macular relacionada à idade, mas permanece sem ter a indicação para uso oftalmológico recomendada em sua bula. Logo, a utilização ocular é considerada "off-label" pelo fato desta medicação não ser concebida, em sua origem, para uso oftalmológico. O Avastin é um potente anticorpo inibidor de todas as isoformas VEGF. O VEGF(Vaso-Endothelial Growth Factor) é um dos grandes responsáveis pelo crescimento da membrana neovascular sub-retiniana, responsável pela forma exudativa da degeneração macular relacionada à idade. Esta aplicação é realizada através de uma fina agulha(30 gauges de calibre), na parte branca do olho. É muito rápida e o método que é utilizado inclui uma pequena anestesia tópica e local antes da aplicação, garantindo um procedimento indolor. A medicação permanece dentro da cavidade vítrea, exercendo seu potente efeito diretamente sobre a lesão na mácula durante alguns meses. Apesar da grande eficácia do Avastin sobre a membrana neovascular sub-retiniana, o grande problema reside no fato de que a medicação possui um efeito auto-limitado, ou seja, na maioria dos casos várias aplicações são necessárias para manter a doença sob controle e evitar a perda da visão central. Duração: aproximadamente 5 minutos Preparo: pede-se para que o paciente venha acompanhado. Não há necessidade de dilatação pupilar, nem de jejum. Lucentis intra-vítreo O Lucentis, cujo princípio ativo é o Ranibizumabe, é o tratamento considerado padrão, ou seja é o "gold standard", nos dias de hoje, para a degeneração macular relacionada à idade do tipo exudativa. Grandes e múltiplos estudos controlados do uso intra-ocular desta droga foram feitos, com bons resultados tanto na segurança quanto na estabilidade e mesmo na melhora da acuidade visual em boa parte dos pacientes. Para maiores detalhes, consulte www.lucentis.com (em inglês) O Lucentis é um potente anticorpo inibidor de todas as isoformas VEGF. Estudos mostram uma maior penetração do Lucentis no tecido da retina quando comparado ao Avastin, possivelmente devido a suas moléculas serem menores que as do Avastin. Esta aplicação é realizada através de uma fina agulha(30 gauges de calibre), na parte branca do olho. É muito rápida e o método que é utilizado inclui uma pequena anestesia tópica e local antes da aplicação, garantindo um procedimento indolor. A medicação permanece dentro da cavidade vítrea, exercendo seu potente efeito diretamente sobre a lesão na mácula durante alguns meses. Apesar da grande eficácia do Lucentis sobre a membrana neovascular sub-retiniana, o grande problema reside no fato de que a medicação possui um efeito auto-limitado, ou seja, na maioria dos casos várias aplicações são necessárias para manter a doença sob controle e evitar a perda da visão central. Os estudos clínicos chegam a afirmar que os melhores resultados da utilização do Lucentis se dão com aplicações mensais da droga por pelo menos 2 anos. Duração: aproximadamente 5 minutos Preparo: pede-se para que o paciente venha acompanhado. Não há necessidade de dilatação pupilar, nem de jejum. Retinopexia com introflexão escleral A retinopexia com introflexão escleral é uma técnica utilizada há muitos anos para o tratamento do descolamento de retina, porém permanece atual devido à sua eficácia em determinados casos de descolamento de retina, principalmente nos descolamentos de retina em pacientes jovens e altos-míopes, descolamentos secundários a traumatismos e também em alguns descolamentos que ocorrem em pacientes que já foram operados previamente de catarata. Ela consiste no implante de uma fina faixa ou cinta de borracha de silicone sólido ao redor do globo ocular, tendo como objetivo apoiar a parede do olho contra a retina, ocluindo os pequenos orifícios ou roturas que são responsáveis pelo descolamento da retina. Além de bloquear as roturas, a faixa faz com que o vítreo(substância que preenche o olho) exerça menos tração sobre a retina, diminuindo a chance de formação de novos buracos ou mesmo de abertura de buracos pré-existentes. Uma vez a faixa implantada, procede-se à drenagem externa do líquido que está descolando a retina. Em seguida o orifício ou rotura responsável pelo descolamento é cauterizado com auxílio de crioterapia(vide menu tratamentos) e, em seguida, uma bolha de gás é injetada para manter a retina colada enquanto a cauterização se cicatriza. Com o passar do tempo, as faixas de silicone tornaram-se mais finas e fáceis de serem implantadas. Quando implantadas na posição adequada do olho, de um ponto de vista estético, são invisíveis externamente no pós operatório. O procedimento é realizado na grande maioria dos casos sob anestesia local com sedação, porém ele também pode ser realizado sob anestesia geral. Os resultados a longo prazo são excelentes e muitos pacientes, quando operados rapidamente após o descolamento, mantêm ótima visão. Duração: variável caso a caso, sendo de aproximadamente 1 hora e 15 minutos. Preparo: jejum de 8 horas e dilatação pupilar são necessários. O paciente deve estar acompanhado por um responsável maior de idade. Vitrectomia posterior ou vitrectomia via pars plana A vitrectomia via pars plana representou uma grande evolução na oftalmologia desde o seus primórdios na década de 70. Por ser uma cirurgia endocular, ou seja, realizada no interior do olho, ela permitiu que casos não solucionáveis pela retinopexia com introflexão escleral(vide tratamentos no site) tornassem-se operáveis. Exemplos de casos que não eram operáveis antes do aparecimento da vitrectomia são cirurgias da mácula, descolamento de retina diabético, descolamentos de retina causados por rasgos ou roturas gigantes e casos onde há forte tração na retina ou opacidade no gel vítreo. Nos dias de hoje, a vitrectomia é realizada com microincisões, e na grande maioria dos casos, sem pontos ou suturas. Cada uma das incisões realizadas possui menos do que 1 mm de diâmetro, permitindo um olho claro e sem inflamação no pós operatório. Os aparelhos mais modernos permitem um total controle do olho durante a cirurgia, tornando a cirurgia muito mais segura. Apenas centros especializados podem oferecer ao cirurgião o que há de melhor para este tipo de cirurgia, como boas instalações de centro cirúrgico, microscópios de alta qualidade, aparelhos de última geração, bons produtos de consumo cirúrgico e uma equipe treinada na execução de cirurgias de retina. Basicamente falando, na vitrectomia o médico resolve os problemas dentro do olho através da manipulação direta da zona afetada, utilizando microinstrumentos de alta tecnologia e precisão, sob visibilização direta. Dependendo do problema pelo qual o olho está sendo operado, o cirurgião pode realizar fotocoagulação à laser durante a cirurgia, chamada de endolaser. Também em função do caso, pode-se ser necessário implantar-se óleo de silicone ou gás no final do procedimento. As indicações de vitrectomia vão desde certos descolamentos de retina até hemorragias vítreas, opacidades vítreas, certas complicações de cirurgias de catarata, infecções oculares, retinopatia diabética, buracos de mácula e membranas epi-retinianas. O procedimento é realizado na grande maioria dos casos sob anestesia local com sedação, porém ele também pode ser realizado sob anestesia geral. Duração: os aparelhos mais modernos tornaram a cirurgia muito rápida. A cirurgia pode durar desde 15 minutos nos casos mais simples até poucas horas em casos de maior complexidade. Preparo: jejum de 8 horas e dilatação pupilar são necessários. O paciente deve estar acompanhado por um responsável maior de idade. Ciclofotocoagulação A ciclofotocoagulação é indicada no tratamento de casos avançados de glaucoma, onde os métodos cirúrgicos convencionais já não surtiriam efeito devido a uma série de condições específicas dentro do olho. A ciclofotocoagulação é uma maneira de se cauterizar, através do laser, a parte do olho responsável pela produção do humor aquoso, chamada de corpo ciliar, e através desta cauterização, abaixar a pressão intra ocular. É uma técnica não invasiva. Ela é indicada em casos de olhos com glaucoma neovascular já tratados previamente por laser ou crioterapia. É também indicada em casos de glaucoma avançado onde eventualmente o estado clínico do paciente não permite uma cirurgia invasiva. O procedimento é realizado na grande maioria dos casos sob anestesia local com sedação, porém ele também pode ser realizado sob anestesia geral. Duração: em média 30 minutos. Preparo: jejum de 8 horas e dilatação pupilar são necessários. O paciente deve estar acompanhado por um responsável maior de idade. Capsulotomia com YAG laser A capsulotomia com YAG laser é uma maneira não invasiva de se "polir" e eliminar as opacidades da cápsula posterior do cristalino, atrás da lente implantada, em pacientes já operados de catarata. A cápsula posterior é o envelope natural do olho onde a lente intra-ocular é implantada. As opacidades de cápsula posterior ocorrem de maneira natural em boa parte dos pacientes que possuem uma lente intra-ocular implantada dentro do olho. É considerada como uma reação do corpo humano ao material artificial da lente implantada. No início, o embaçamento causado pode ser pequeno, mas em certos pacientes, a progressão da opacidade pode fazer com que o paciente atinja uma importante baixa de visão. A capsulotomia com YAG laser é um procedimento simples, realizado em ambiente de consultório, com o paciente sentado. Após a capsulotomia com YAG laser, colírios para evitar a inflamação e o aumento da pressão intra-ocular são prescritos por 15 dias. Duração: em média 5 minutos. Preparo: dilatação pupilar é necessária. Aconselha-se que o paciente traga óculos escuros para maior conforto após a saída da clínica, pois a dilatação pupilar causa sensibilidade à luz. O paciente pode estar desacompanhado. Crioterapia A crioterapia é uma maneira de cauterizar uma determinada área da retina realizando-se curtas aplicações com um instrumento que atinge um frio extremo (ao redor de -80 graus Celsius) através da parede externa do olho. Estas aplicações levam a uma atrofia de retina na área atingida dentro de alguns dias, sendo útil em casos graves de glaucoma neovascular com olho doloroso e hipertensões oculares quase intratáveis. Também pode ser utilizada como tratamento para a doença de Coats, na tentativa de diminuir a exudação e o descolamento exudativo de retina nestes pacientes. Outra utilização para a crioterapia é como parte integrante da cirurgia de retinopexia com introflexão