Psicóloga Ana Maria Pereira Lima, Rio de Janeiro - RJ

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Rio de Janeiro - RJ

Psicóloga na Tijuca Ana Lima - - Psicóloga na Tijuca Ana LimaACESSE: HomePara agendar uma sessão ligue ou envie um Whatsapp para 98894-8496 Por que a Psicanálise?                "Até cortar ospróprios defeitos pode ser perigoso.
 Nunca se sabe qual defeito quesustenta nosso edifício inteiro”.
 Clarice Lispector.
 Observamos na sociedade contemporânea uma busca desenfreada por explicações biológicas,fisiológicas e comportamentais que possam dar conta de diversos tipos desofrimento psíquico, dentre estes, os mais frequentes são a ansiedade,estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar e fobias.
Todosmuito divulgados na mídia através de reportagens e documentários que pretendemajudar os leigos a identificar os principais sinais e sintomas de seu malestar, contribuindo assim para que muitos pacientes cheguem ao consultóriobuscando apenas uma validação da hipótese diagnóstica que obteve através dealgum site.
 Nesta busca por um alívio imediato dos sintomas, constata-se quecada vez mais pessoas depositam sua confiança em receitas rápidas que possam diminuiro mal estar sem se preocupar em buscar um sentido para este sofrimento.
Amedicalização da vida e do sofrimento tornou-se uma prática comum e naatualidade é corriqueiro ir à uma consulta e sair com uma receita em mãos.
Segundo Roudinesco (2000), há um apagamento do sujeito, pois seja qual for osintoma, sempre haverá um medicamento a ser receitado:                   "Cada paciente étratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade                    orgânica.
Imerso numamassa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitada àmesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma".
(Roudinesco,2000).
 O grande perigo da situação descrita acima é que se cria uma perspectivatotalizadora do ser humano, na qual se pretende atribuir todos os problemasvivenciais, emocionais a uma explicação orgânica e, especialmente, genética.
Assim, difunde-se a ideia de que existe um gene que poderia explicar oalcoolismo, as doenças mentais e a infelicidade, fazendo com que hipótesesduvidosas sejam divulgadas pela mídia como fatos comprovados (Leite, 2011).
 Explicar e reduzir a experiência humana através de um saber totalitário, decategorias fechadas e limitadas, CID- 10 e DSM-IV, que oferecem explicaçõesprontas para determinados comportamentos diminui o real do sofrimento e aangústia por não saber a razão deste sofrimento.
Assim, percebe-se atualmenteuma grande adesão a estas formas de explicação que reduzem e até mesmo impedemo homem de construir através de uma experiência particular e subjetiva umsignificado para seu sofrimento.
(Leite, 2011).
 Além da exacerbada cargamedicamentosa prescrita aos adultos, uma constatação ainda mais preocupante é oaumento da medicalização da infância.
Atualmente observa-se que crianças eadolescentes que apresentam comportamentos e características de personalidadeque diferem dos considerados e catalogados como normais são frequentementeenquadrados em categorias nosológicas e assim rotulados como depressivos,portadores de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade) ou deTDO (Transtorno Desafiador Opositor).
Segundo a Agência Nacional de VigilânciaSanitária (ANVISA), somente entre 2002 e 2006, a produção brasileira demetilfenidato, medicamento utilizado para o tratamento do TDAH cresceu 465% eas vendas saltaram quase 80% entre 2004 e 2008.
 Cabe esclarecer que ospsicofármacos, quando prescritos de forma criteriosa e responsável, tornam-seum importante aliado na luta contra o sofrimento humano, mas de forma alguma sedeve restringir o tratamento apenas a uma resposta medicamentosa.
Na contramãodestas receitas instantâneas, encontra-se a psicanálise.
Há mais de cem anos,através da escuta de pacientes histéricas, Freud descobriu que os sintomasapresentados por estas pacientes não eram decorrentes de nenhuma lesão orgânica,mas que estes possuíam um sentido, um significado e estavam relacionados àsexperiências vivenciadas por estas pacientes.
 Ainda hoje a psicanálise acreditaque simplesmente extinguir o sintoma é silenciar o sujeito, pois o sintomarepresenta a única possibilidade encontrada por esse sujeito de expressar algoinsuportável, para o qual ainda não foi possível construir nenhumasignificação.
 Assim, a psicanálise propõe uma experiência subjetiva na qual osujeito construirá um significado para seu sofrimento, seu sintoma.
Sua regrafundamental é a associação livre, que consiste em que o paciente falelivremente sobre seus pensamentos.
Através deste método de investigaçãobusca-se essencialmente evidenciar o significado inconsciente das palavras, dasações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios, atos falhos) dopaciente.
Desta forma, o sujeito poderá elaborar situações traumáticas,esclarecer conflitos e ressignificar questões dolorosas.
  Autora: ANAMARIA P.
LIMA  Referências: LEITE, S.
Angústia.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.
 NASIO, J.
D.
O livro da dore do amor.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
 REIS FILHO E.
Psicanálisee psicofármacos.
Disponível em: Acesso em17 de agosto de 2011.
 ROUDINESCO, E.
,Por que a Psicanálise?, Jorge Zahar Ed.
, 2000  Não somos apenas o que pensamos ser.
Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'.
Sigmund Freud Antidepressivos sem terapia não tem efeito, aponta pesquisa “Simplesmente tomar antidepressivos não é o bastante.
Nós precisamos também mostrar ao cérebro quais são as conexões desejadas,” disse o pesquisador.
  Os estudos mais recentes mostram que os antidepressivos restauram a capacidade de determinadas áreas do cérebroa fim de contornar rotas neurais cujo funcionamento não está normal, mas essamudança só trará benefícios se acompanhada de uma mudança do paciente – mudançaesta obtida através da psicoterapia.
 Essa mudança no “hardware” do cérebro sótrará benefícios se houver uma mudança no “software” – o comportamento dopaciente – algo que não é suprido pelos antidepressivos, só podendo seralcançado mediante a psicoterapia ou terapias de reabilitação; O alerta estásendo feito pelo neurocientista Eero Castrén, da Universidade de Helsinque(Finlândia).
 Plasticidade cerebral Milhões de pessoas em todo o mundo tomamantidepressivos seguindo receitas de seus médicos, e as empresas farmacêuticastêm faturado bilhões de dólares vendendo essas drogas.
 Pesquisas em modelosanimais demonstram que os antidepressivos não são uma cura por si só; Em vezdisso, o seu papel é o de restaurar a plasticidade no cérebro adulto.
 Osantidepressivos reabrem uma janela da plasticidade cerebral, que permite aformação e a adaptação de conexões cerebrais através de atividades específicase observações do próprio paciente, de forma semelhante a uma criança cujocérebro se desenvolve em resposta a estímulos ambientais.
Quando a plasticidadecerebral é reaberta, problemas causados por “falsas conexões” no cérebro podemser tratadas – por exemplo, fobias, ansiedade, depressão etc.
 A equipe do Dr.
Castrén mostrou que os antidepressivos sozinhos não surtem efeitos para essesproblemas.
Quando antidepressivos e psicoterapia são combinados, por outrolado, obtém-se resultados de longa duração.
 A necessidade de terapia e tratamentomedicamentoso também pode explicar porque os antidepressivos às vezes não têmefeito.
Se o ambiente e a situação do paciente permanecerem inalterados, adroga não tem capacidade para induzir mudanças no cérebro, e o paciente não sesente melhor.
 Fonte:http://www.
redepsi.
com.
br/2014/01/20/antidepressivos-sem-terapia-nao-tem-efeito-aponta-pesquisa/ Comments Sign in|Report Abuse|Print Page|Powered By Google Sites

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