Rosana Portes Psicologia Clínica, Curitiba - PR
Psicologia e tratamento - - Psicologia e tratamentoSou Rosana Portes, Psicóloga Clínica Comportamental, especialista em Psicologia Clínica com 15 anos de experiência em terapia individual e casal. Neste Blog você pode ler artigos, me enviar dúvidas e agendar consultas. Seja Bem vindo(a).Páginas terça-feira, 12 de novembro de 2019 Reflexões sobre ansiedadeOs transtornos de ansiedade são a principal causa de procura de atendimento psicológico e psiquiátrico. A série disponível na Netflix chamada explicando a mente, fez um interessante resumo do mecanismo da ansiedade e algumas razões para a desordem nesse sistema. Vale a pena ver, pois consultaram dois profissionais importantes na área. Um deles é um biólogo americano que que tem várias palestras no youtube. Para falar mais sobre o tema e refletir sobre outros pontos de vista, inclusive filosóficos, vou postar hoje a palestra da Lucia Helena Galvão, que aborda o tema de maneira um pouco diferente da psicologia. Gosto muito das palestras dela. Segue o link do vídeo para você que quer entender melhor como o medo e a ansiedade estão inseridos na nossa realidade desde muito tempo. São diversas gerações que precisam encontrar maneiras de lidar com essa sensação útil, porém desagradável e muitas vezes desregulada. Postado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs09:00Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:ansiedade,ansiedade e filosofia,ansiedade na netflix,dicas sobre ansiedade,história de ansiedade,reflexões sobre ansiedade segunda-feira, 15 de abril de 2019 A biologia do estresse e a ciência da esperançaAtualmente estão disponíveis diversos conteúdos com base científica em sites e canais da internet. De qualquer modo as informações que são transmitidas nem sempre refletem estudos e pesquisas que validem as afirmações que encontramos na internet. Recomendo sempre aos meus pacientes que consultem artigos acadêmicos, sigam canais de profissionais registrados em seus conselhos e assistam os documentários realizados por instituições de credibilidade. A BBC sempre disponibiliza conteúdos incríveis e sempre aprofundados sobre diversas áreas da ciência. Um documentário é custoso e precisa de fontes confiáveis. Nesses documentários verifique se entrevistam profissionais especializados, mestres ou doutores, se você consegue encontrar os estudos citados no Google Acadêmico ou outras fontes de conteúdo cientifico. Informação é importante e temos mais acesso do que nunca hoje em dia, mas lembre-se de sempre pesquisar um pouco mais para não tomarmos como verdades algumas afirmações e teorias que são propagadas na internet. Recomendo hoje o canal Philos, da Globosat, que selecionou um grande número de documentários muito interessantes. Assisti recentemente ao excelente A Biologia do Estresse e a Ciência Da Esperança, que aborda o efeitos do estresse na infância na vida adulta. "A criança pode não se lembrar, mas o corpo lembra. Pesquisas recentes apontam uma perigosa síndrome biológica causada por abuso e negligências durante a infância. Projetos pioneiros de pediatria, educação e bem-estar social buscam proteger as crianças das graves consequências de um estresse e trauma precoces". Vale muito a pena assistir para podermos entender o impacto dos eventos negativos que vivenciamos. Para os profissionais da saúde foi muito inspirador para pensarmos em maneiras de reduzir esse impacto e proporcionar mais bem estar físico e psicológico para pessoas que sofreram muitas privações emocionais e abusos na infância. Esse documentário se chama Resiliência em inglês que significa para a psicologia a capacidade de um individuo suportar eventos aversivos adversos. Diante dos mesmos eventos, as pessoas respondem de maneira diferente, algumas são mais impactadas e adquirem prejuízos emocionais e até mesmo físicos. Em relação aos impactos psicológicos a ciência já possui mais evidências dessa relação, mas o documentário apresenta pesquisas que apontam para prejuízos na saúde física, mostrando que determinadas experiências necessitam de intervenção muito cedo, já na infância. É possível proporcionar acolhimento e desenvolver maior resiliência nas pessoas vítimas de abuso ou privação emocional, através de um cuidado especializado. Segue o site da Philos: https://philos.tv/video/a-biologia-do-estresse-e-a-ciencia-da-esperanca/245866/ O canal é por assinatura, mas disponibilizam 7 dias gratuitos para conhecerem. Postado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs13:01Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:abuso na infância,bbc,documentários científicos,documentários sobre psicologia,estresse na infância,philos quarta-feira, 22 de agosto de 2018 Ansiedade, alimentação e memória Hoje uma conversa com um paciente me inspirou a colocar aqui algumas informações sobre os processos envolvidos na memória: como prevenir perdas na memória e como podemos potencializa-la. Vamos entender sobre a área do cérebro responsável pela nossa memória. Neste texto traduzido do site verywellmind.com O hipocampo é uma formação pequena e curva no cérebro que desempenha um papel importante no sistema límbico . O hipocampo está envolvido na formação de novas memórias e também está associado ao aprendizado e às emoções. Como o cérebro é lateralizado e simétrico, na verdade temos dois hipocampos. Eles estão localizados logo acima de cada orelha e cerca de uma polegada e meia dentro de sua cabeça. fonte: https://www.elheraldo.co/salud/la-amigdala-cerebral-origen-del-miedo-y-la-generosidad-233572 Qual o papel do hipocampo na memória? O hipocampo desempenha um papel crítico na formação, organização e armazenamento de novas memórias, além de conectar certas sensações e emoções a essas memórias. Você já percebeu como um perfume em particular pode acionar uma memória forte? É o hipocampo que desempenha um papel nessa conexão. Pesquisas também descobriram que diferentes sub-regiões do hipocampo desempenham papéis importantes em certos tipos de memória. Por exemplo, a parte traseira do hipocampo está envolvida no processamento de memórias espaciais. Estudos com motoristas de táxi de Londres descobriram que navegar por labirintos complexos de ruas de grandes cidades está ligado ao crescimento da região traseira do hipocampo. O hipocampo também desempenha um papel na consolidação de memórias durante o sono. Estudos sugerem que uma maior atividade do hipocampo durante o sono após algum tipo de treinamento ou experiência de aprendizado leva a uma melhor memória do conteúdo no dia seguinte. Isso não significa que as memórias sejam armazenadas no hipocampo em longo prazo. Em vez disso, acredita-se que o hipocampo age como uma espécie de centro de expedição, recebendo informações, registrando-as e armazenando-as temporariamente antes de enviá-las para serem arquivadas e armazenadas na memória de longo prazo. Acredita-se que o sono desempenha um papel crítico neste processo.Quando o hipocampo não funciona bem? Como o hipocampo desempenha um papel tão importante na formação de novas memórias, os danos nessa parte do cérebro podem ter um impacto sério de longo prazo em certos tipos de memória. Danos ao hipocampo foram observados após a análise post-mortem dos cérebros de indivíduos com amnésia. Esse dano está ligado a problemas com a formação de memórias explícitas como nomes, datas e eventos. O impacto exato do dano pode variar dependendo de qual hipocampo foi afetado. Pesquisas sugerem que o dano ao hipocampo esquerdo afeta a lembrança da informação verbal, enquanto o dano ao hipocampo direito resulta em problemas com a informação visual. A idade também pode ter um grande impacto no funcionamento do hipocampo. Exames de ressonância magnética de cérebros humanos descobriram que o hipocampo humano encolhe em cerca de 13 por cento entre as idades de 30 e 80. Aqueles que experimentam essa perda podem mostrar declínios significativos no desempenho da memória. A degeneração celular no hipocampo também tem sido associada ao aparecimento da doença de Alzheimer. (fonte: verywellmind.com) Com essas informações em mente, você pode estar pensando: existe algo que eu possa fazer para evitar danos ao hipocampo? Sim, existem maneiras de prevenir doenças degenerativas com algumas práticas saudáveis e simples. Outro ponto importante é não entrar em pânico quando perceber que esquece algumas coisas durante o dia. Vivemos tempos muito acelerados, com muitas atividades e pouco tempo de lazer, então podemos esquecer chaves, papéis e datas com bastante frequência. Não é motivo para se preocupar. Se você percebeu declínio na memória, talvez seja o momento de melhorar sua alimentação e reduzir fontes de estresse e ansiedade na sua vida. Primeiro vamos falar da alimentação. Precisamos entender a relação que existe entre tudo que ingerimos e nossa capacidade de aprendizagem e retenção de dados. Nosso cérebro necessita de determinados nutrientes para funcionar bem. A maior parte das pessoas consomem muito açúcar, massa e pão. Todos esses alimentos em excesso são inimigos do hipocampo. Podemos comer de tudo um pouco, mas sem os nutrientes importantes para o cérebro certamente o prejuízo será sentido no decorrer dos anos. Quais alimentos são importantes no processo de aprendizagem e memória? Segundo a nutricionista Paula Mello, os alimentos bons para nosso precioso cérebro são eles: abacate, vegetais verdes escuros, ovos, café (2 a 3 xícaras ao dia), chocolate amargo, sardinha, salmão, chia, linhaça, e suplementos de omega 3, amêndoas, castanhas e nozes e azeite de oliva. Sabendo disso, não preciso mudar radicalmente minha dieta, apenas reduzir aqueles que prejudicam e aumentar a ingestão dos favoráveis. Alguns estudos sugerem que o aroma de óleo essencial de alecrim interfere na aprendizagem e memorização. O site da BBC divulgou a notícia em 2015: De acordo com o pesquisador Mark Moss na Universidade de Northumbria, alguns compostos do óleo de alecrim podem ser responsáveis por mudanças no desempenho da memória. Um deles é chamado de 1,8 cineol. Além de ter um cheiro muito bom (para quem gosta deste tipo de cheiro) ele pode agir da mesma forma que os remédios permitidos para tratar demência, causando um aumento em um neurotransmissor chamado acetilcolina. Esses compostos fazem isso ao evitar a quebra do neurotransmissor por uma enzima. E isso é muito plausível - inalação é uma das melhores formas de levar drogas para o cérebro. Quando você consome um remédio via oral, ele pode ser quebrado durante a digestão. Mas a inalação de pequenas moléculas pode passar para a corrente sanguínea e, dali, para o cérebro sem ser quebrado no sistema digestivo. Moss e sua equipe analisaram amostras de sangue dos voluntários e encontraram traços dos elementos químicos do óleo de alecrim. As implicações com este tipo de pesquisa são enormes, mas não significa que você precisa passar seus dias cheirando alecrim e suas noites dormindo em um travesseiro de lavanda (ansiolítico natural). Os efeitos foram detectáveis mas reduzidos, dando uma pista de que é necessário fazer mais pesquisas sobre alguns compostos químicos encontrados em óleos essenciais, o que pode levar à criação de terapias ou aumentar nossa compreensão da memória e do funcionamento do cérebro.(Fonte BBC.com)Ainda não está totalmente esclarecido a quantidade e a maneira de utilizar o óleo, mas alguns estudos da aromoterapia sugerem tratamentos. Outro ponto importante que todos já devem estar sabendo há muito tempo é a importância da ingestão de água. Precisamos ingerir entre 1 e 2 litros de água por dia, movimentar o corpo com caminhadas ou exercícios físicos e dormir bem. Muitos se queixam de que não dormem bem porque se sentem muito ansiosos e saibam que a ansiedade constante também é inimiga da memória. Mesmo que você não sofra de um distúrbio relacionado à ansiedade, provavelmente terá que lidar com ela e lidar da melhor maneira possível. A ansiedade faz parte do nosso mundo, da mesma forma que estresse, tristeza e felicidade, mas o segredo é entender como lidar com isso e como evitar que ela se torne prejudicial. O sentimento de ansiedade é parte da resposta ao estresse do nosso corpo. Nossa resposta de luta ou fuga é acionada e nosso sistema é inundado com norepinefrina e cortisol. Ambos são projetados para dar um impulso à percepção, reflexos e velocidade em situações perigosas. Eles aumentam nosso ritmo cardíaco, levam mais sangue aos músculos, mais ar para os pulmões e, em geral, preparam-no para lidar com qualquer ameaça que esteja presente. Seu corpo concentra toda sua atenção na sobrevivência. Idealmente, tudo se encerra quando a ameaça passa e seu corpo volta ao normal. A teoria cognitiva sugere que a ansiedade surge quando as distorções cognitivas de uma pessoa ou padrões de pensamento irracionais, fazem com que eles vejam tudo como uma ameaça física, seja um perigo físico real, um colega de trabalho chato ou um policial na beira da estrada. Na teoria comportamental, a ansiedade é uma resposta aprendida devido à exposição a situações assustadoras ou estressantes. Nossas memórias podem ser afetadas quando estamos sob períodos de estresse ou experimentamos algum tipo de perturbação em nosso humor. Ter um distúrbio de ansiedade significativo como o transtorno de ansiedade generalizada pode afetar o funcionamento normal da memória (fonte: verywellmind). Cuidar da alimentação, praticar exercícios e reduzir a ansiedade são práticas que ajudam na manutenção de uma boa memória. Se você quiser saber mais sobre alimentação e memória, visite o site da Dra. Paula Mello: www.nutripaulamello.com.br No site ela cita diversas referências bibliográficas sobre o assunto e nessa entrevista para o programa você bonita, a nutricionista faz um excelente resumo sobre os alimentos relacionados a melhora da memória: Alguns estudos apontam a ingestão de cúrcuma (açafrão) e chá verde como potenciais aliados no processo de manter a memória ativa: https://saude.abril.com.br/alimentacao/curcuma-pode-melhorar-a-memoria-e-o-humor-garantem-experts/ https://veja.abril.com.br/ciencia/cha-verde-pode-melhorar-memoria-de-curto-prazo/ Pesquise mais, consulte um nutricionista atualizado e siga alguns passos simples. Perceba os efeitos no seu dia a dia. Boa memória para todos ;) Postado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs22:57Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:açafrão,alimentos que melhoram a memória,alzheimer,ansiedade e memória,cérebro,como melhorar a memória,curcuma,memória,omega 3,prevenção de demências quinta-feira, 19 de outubro de 2017 Difference between PTSD reactions and Borderline Personality DisorderDifference between PTSD reactions and Borderline Personality Disorder: The first couple of therapy sessions with Trina were rollercoaster rides. One second she was excited about a new job and all of the possibilities it presented. The next she was anxious and overwhelmed from being a caretaker to her mother. Then she was nervous and depressed over the thought that her long-time partner might leave her. Despite several attempts to help her regulate the extremes of her emotional responses, she continued to experience intense reactions. The initial thought of the therapist was that she had Borderline Personality Disorder (BPD). But after further assessment, Trina was missing some necessary ingredients. She did not have an intense fear of abandonment as demonstrated by her ten years of living without a partner. She also had no history of suicidality or self-harming behaviors. And while she did occasionally overindulge with alcoholic beverages, this behavior was not nor had never been done at addictive levels. However, Trina did have a history of severePostado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs00:29Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest sábado, 23 de setembro de 2017 Reversão sexual? Cura gay? O que a psicologia fala sobre issoEssa semana houve a repercussão da notícia sobre a autorização para tratamento de homossexuais no Brasil. Esse assunto movimentou bastante o meu Facebook e pude perceber a opinião de vários psicólogos sobre o assunto. Algumas posições me espantaram, pois ainda colocam em dúvida o direito individual do sujeito de não aceitar sua sexualidade diferente da maioria. Diante dessa polêmica é importante que algumas coisas fiquem claras sobre o que a psicologia tem a oferecer em termos de tratamentos. A psicologia não possui um método validado para alterar a direção da libido de uma pessoa. Em outras palavras, não existe uma maneira validada de modificar o desejo sexual de uma pessoa. Num processo terapêutico comportamental a pessoa aprende a entender seu comportamento, as possíveis razões de seus padrões de comportamento e pode definir novos repertórios de comportamento para o futuro. Esse novo repertório que ela poderá desenvolver depende muito da sua história passada e de como o ambiente vai reforçar ou punir as ações que estão sendo desenvolvidas. É um processo consciente onde o psicólogo ajuda o paciente na emissão de novas ações e na manutenção dessas ações no presente e futuro. Diante dessa explicação é importante saber os limites dessa transformação individual. A psicologia não possui métodos milagrosos, as mudanças que ocorrem num processo de psicoterapia dependem de várias variáveis da vida do sujeito. O psicológico é um agente reforçador e aplica conhecimentos e técnicas que ajudam a direcionar as ações necessárias para a mudança desejada. Neste contexto o poder de mudança não está no psicólogo, está no sujeito que inicia sua trajetória. Como psicólogos somos guias importantes e interferimos de maneira significativa na emissão de novos comportamentos. Como interferimos de maneira significativa com teorias e técnicas, precisamos acima de tudo respeitar os interesses do paciente. Psicólogos não podem possuir preconceito, induzir movimentos que não estejam de acordo com os objetivos do paciente e nem prometer cura para doenças. A maioria das situações psicológicas que causam sofrimento, confusão mental e prejuízo social são descritas na psiquiatria como transtornos e não como doenças. Esses transtornos são tratados com medicações e a psicoterapia ajuda o paciente a mudar comportamentos que estão reforçando seu sofrimento. Nos próprios manuais existe o aviso para avaliar se este quadro está causando sofrimento e interferindo na vida social do sujeito para justificar uma intervenção. Temos uma série de limitações nessa jornada. Temos muito chão pela frente para decifrar o ser humano. A ciência da psicologia ainda precisa avançar para resolver causas realmente graves e importantes como a violência, a xenofobia, os desvios de caráter, parafilias entre outros dilemas da psique humana. Reforço que questões relacionadas ao desejo, a libido, não possuem técnicas validadas para serem aplicadas e mesmo que existissem precisaria de uma reflexão profunda sobre em quais casos aplicar. Existem quadros de desvios sexuais sérios e que não estão sendo alvo de preocupação da sociedade. Nem toda diferença é problema. A sociedade precisa melhorar seu entendimento dessa questão para não confundir diferenças com transtornos. A psicologia como ciência do comportamento humano vai além da visão meramente biológica, pois o comportamento é também social e cultural. Um psicólogo precisa ter uma visão ética e filosófica ampla para saber que não estamos lidando apenas com a retirada de uma verruga da pele, mas estamos lidando com mudanças de raciocínio, de postura, da forma de interagir com o meio. É uma grande responsabilidade compartilhada (psicólogo e paciente) e que ainda terá um impacto social. Todos têm o direito de mudar, mas todo psicólogo precisa ter uma formação sólida e ética para ajudar o indivíduo a refletir sobre as razões da sua mudança e as consequências pessoais e sociais envolvidas nisso. Nunca devemos trabalhar para reforçar o medo, a vergonha, apenas para adequar o sujeito a viver num ambiente opressor e violento. Precisamos, psicólogos e pacientes, achar um caminho inteligente onde a pessoa possa se perceber e se valorizar como um indivíduo e conviver pacificamente em sociedade. Encontrei esse vídeo da Loui Ponto maravilhoso que resume perfeitamente a questão da homossexualidade e sobre a polêmica dessa semana. Parabéns para essa menina corajosa e inteligente que está ajudando muitas pessoas a perceberem que podem aceitar suas diferenças e a valorizarem suas vidas sendo indivíduos saudáveis e felizes. Postado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs11:50Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest segunda-feira, 19 de junho de 2017 Criatividade, liberdade e dignidade: impactos do darwinismo no behaviorismo radical Carolina LaurentiCriatividade, liberdade e dignidade: impactos do darwinismo no behaviorismo radical Carolina LaurentiPostado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs22:25Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest quarta-feira, 7 de junho de 2017 Entrevista com Roberto Banaco, excelente analista do comportamento. Neste vídeo ele conta sua trajetória de professor e psicólogo clínico em São Paulo. Postado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs22:59Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest segunda-feira, 6 de março de 2017 Terapia Comportamental Dialética - DBTA terapia comportamental Dialética (em inglês Dialectical Behavior Therapy - DBT) é um tratamento indicado para Transtorno Boderline e outros transtornos que envolvem estados emocionais intensos e descontrole de impulsos. Em janeiro de 2017, participei do curso de introdução para terapeutas DBT. Para resumir o que significa essa forma de tratamento, traduzi o texto que está na página do site Behavioral Tech. Para quem domina o inglês, estão postados diversos vídeos com explicações teóricas e depoimentos da própria autora Marsha Linehan. link para o texto em inglês: http://behavioraltech.org/resources/whatisDBT.cfm Marsha Linehan O que é DBT? A terapia comportamentaldialética (DBT) é um tratamento cognitivo-comportamental que foi originalmentedesenvolvido para tratar indivíduos cronicamente suicidas diagnosticados comtranstorno de personalidade boderline e agora é reconhecido como o padrão ouro notratamento para esta população. Além disso, a pesquisa mostrou que é eficaz notratamento de uma ampla gama de outras doenças, como a dependência desubstâncias, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) etranstornos alimentares. A DBT inclui quatro conjuntos de habilidades comportamentais: Mindfulness: a prática de estar plenamente consciente e presenteneste momento Tolerância à Angústia: como tolerar dor em situações difíceis, nãoalterá-la. Eficácia interpessoal: como pedir o que você quer e dizer nãoenquanto mantém o autorrespeito e as relações com os outros. Regulação emocional: como mudar as emoções que você quer mudar. Os terapeutas de DBT aceitamclientes como eles são ao mesmo tempo reconhecendo que eles precisam mudar paraatingir seus objetivos. Além disso, todas as habilidades e estratégiasensinadas em DBT são equilibradas em termos de aceitação e mudança. Os clientes que recebem DBTnormalmente têm múltiplos problemas que requerem tratamento. A DBT usa uma hierarquiade metas de tratamento para ajudar o terapeuta a determinar a ordem na qual osproblemas devem ser tratados. As metas de tratamento em ordem de prioridadesão: Comportamentos que ameaçam a vida: Em primeiro lugar, oscomportamentos que podem levar à morte do cliente são direcionados, incluindotodas as formas de autolesão suicida e nãosuicida, ideação suicida,comunicações suicidas e outros comportamentos envolvidos com a finalidade decausar danos corporais prejuízo. Comportamentos que interferem na terapia: Isso inclui qualquercomportamento que interfira com o cliente recebendo tratamento efetivo. Essescomportamentos podem ser da parte do cliente e / ou do terapeuta, como chegartarde às sessões, cancelar compromissos e não ser colaborativo no trabalho emdireção aos objetivos do tratamento. Comportamentos de qualidade de vida: Esta categoria inclui qualqueroutro tipo de comportamento que interfira com clientes com uma qualidade devida razoável, tais como distúrbios mentais, problemas de relacionamento ecrises financeiras ou habitacionais. Aquisição de habilidades: Refere-se à necessidade de os clientesaprenderem novos comportamentos habilidosos para substituir comportamentosineficazes e ajudá-los a alcançar seus objetivos. A DBT é dividida em quatro estágiosdo tratamento. Os estágios são definidos pela gravidade dos comportamentos docliente e os terapeutas trabalham com seus clientes para alcançar os objetivosde cada estágio em seu progresso para ter uma vida que eles vivenciam comodigna de ser vivida. No estágio 1 o cliente está emgrande sofrimento e seu comportamento está fora de controle: ele pode estartentando se matar, provocar prejuízos pessoais, usar drogas e álcool e / ou engajar-se emoutros tipos de comportamentos autodestrutivos. Quando os clientes iniciam otratamento com DBT, eles geralmente descrevem sua experiência de sua doençamental como "estar no inferno". O objetivo do estágio 1 é para que ocliente passe de um estágio fora decontrole para outro de controle comportamental. No Estágio 2 eles estão vivendouma vida de desespero silencioso: seu comportamento está sob controle, mas elescontinuam a sofrer, muitas vezes devido a algum trauma passado e invalidação.Sua experiência emocional é inibida. O objetivo do Estágio 2 é ajudar o clientea passar de um estado de desespero silencioso para um de plena experiênciaemocional. Este é o estágio em que o transtorno de estresse pós-traumático(TEPT) seria tratado. No estágio 3 o desafio é aprendera viver: definir metas de vida, construir autorrespeito e encontrar paz efelicidade. O objetivo é que o cliente leve uma vida mais equilibrada, onde seintercalam momentos comuns de felicidade e infelicidade. Para algumas pessoas, uma quartaetapa é necessária: encontrar um significado mais profundo através de umaexistência espiritual. Linehan postulou um Estágio 4 especificamente paraaqueles clientes que não conseguem atingir uma meta adicional de realizaçãoespiritual ou um senso de conexão de um todo maior. Nesta etapa, o objetivo dotratamento é que o cliente passe de um sentimento de incompletude para uma vidaque envolve uma capacidade contínua de experiências de alegria e liberdade. Filosofia e Princípios da DBT A DBT é baseada em três posiçõesfilosóficas. A ciência comportamental sustenta o modelo biossocial dodesenvolvimento da DBP, bem como as estratégias e protocolos de mudançacomportamental. As práticas zens e contemplativas sustentam as habilidades deatenção plena de DBT e as práticas de aceitação para terapeutas e clientes. DBTfoi a primeira psicoterapia a incorporar mindfulness como um componentecentral, e as habilidades Mindfulness em DBT são uma tradução comportamental daprática zen. A síntese dialética de uma "tecnologia" de aceitação comuma "tecnologia" de mudança foi o que distinguiu a DBT dasintervenções comportamentais das décadas de 1970 e 1980. A dialética, alémdisso, mantém todo o tratamento focado numa síntese de opostos, principalmentena aceitação e na mudança, mas também no conjunto, bem como nas partes, emantém uma ênfase na flexibilidade, no movimento, na velocidade e no fluxo notratamento. O Desenvolvimento da DBT No final da década de 1970,Marsha M. Linehan tentou aplicar a terapia cognitivo-comportamental padrão (TCC)aos problemas de mulheres adultas com histórias de tentativas de suicídiocrônicas, ideação suicida e lesões não suicidas. Formada como behaviorista, elaestava interessada em tratar esses e outros comportamentos discretos. Por meiode consultas com colegas, no entanto, ela concluiu que ela estava tratando asmulheres que preencheram critérios para Transtorno de Personalidade Borderline.No final dos anos 70, a TCC ganhou destaque como uma psicoterapia eficaz parauma série de problemas sérios. A Dra. Linehan estava profundamente interessadaem investigar se seria útil ou não para os indivíduos cuja inclinação suicidaera em resposta a problemas extremamente dolorosos. Como ela e sua equipe depesquisa aplicada utilizavam TCC padrão, eles encontraram inúmeros problemascom o seu uso nestes casos. Em resposta a essesproblemas-chave com a TCC padrão, Linehan e sua equipe de pesquisa fizerammodificações significativas à TCC padrão. Os terapeutas aprenderam a destacarpara os clientes quando seus pensamentos, sentimentos e comportamentos eram"perfeitamente normais", ajudando os clientes a descobrir que tinhamum bom senso e que eram capazes de aprender como e quando confiarem em simesmos. A nova ênfase na aceitação não ocorreu com a exclusão da ênfase namudança: os clientes devem mudar se quiserem construir uma vida digna de servivida. A DBT encontrou uma maneira de equilibrar momentos de aceitação emudança, respeitando o ritmo natural dos pacientes com estado emocional muitodesregulado. ------------------------------- O curso foi realizado em Curitiba pelo Dialectica Psicoterapia Baseada em Evidências. Foi ministrado pelos professores Jan Luiz Leonardi e Dan Josua. Profissionais que realizaram o curso em Janeiro de 2017 Postado porRosana Portes Psicologia Clinicaàs19:57Um comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:autolesões,DBT,ideação suicida,Marsha Linehan,tentativas de suicídio,terapia comportamental,terapia comportamental dialética,transtorno borderline Postagens mais antigasPágina inicialAssinar:Postagens (Atom)Rosana PortesPsicóloga formada em 2001 na PUC. Pr. Especializada em Psicologia Clínica pela FEPAR. E-mail:portesr@yahoo.com.brMonografia de EspecializaçãoRelação entre o Conceito de Habilidades Sociais e os Doze Passos do Narcóticos AnônimosCapítulo de livro publicadoArtigo Científico publicado na revista Sobre Comportamento e Cognição (Rosana Portes e Marilza Mestre): MESTRE, M.; MIRANDA, R. P. Clinica Integrada - A Psicologia e a Fisioterapia em Trabalho Interdisciplinar de saúde Comunitária. Sobre Comportamento e Cognição. Santo André: Esetec, 2006, v. , p. -.CuriosidadeA neurocientista Suzana Herculano-Houzel com sua equipe desenvolveu uma técnica para contar com precisão o número de células que formam o órgão. O número encontrado é de aproximadamente 86 bilhões de neurônios e não 100 bilhões como se acreditava anteriormente.Sala projetada para relaxamentoPsicólogo britânico cria experiência para avaliar o impacto de uma sala projetada para induzir relaxamento - reportagem da BBCOtimismoTED Talks com Robert WrightCuriosidade: HipnoseSomente em 1842 a palavra hipnose começou a ser cunhada por James Braid, derivada da palavra grega "hypnos", que significa sono. Bom FilmeFilme sobre esquizofrenia - DUAS MENTESIndicação FilmeExcelente filme sobre preconceito, persistência e coragem.MarcadoresPesquisas em neurociênciasCientista português participa em estudo que revela perturbações idênticas às da esquizofrenia e autismoOpiniões de pacientesTratamento de medos com realidade virtualSamsung cria óculos para experiências em realidade virtual. Abra nova guia para permanecer no blogA psicoterapia promove mudanças cerebraisabra nova guia para permanecer no blogPerfil Doctoralia Procrastinação - texto de Frederico Mattosabra nova guia para permanecer no blogStanford - curso sobre neurociênciacursos abertos para quem gosta de aprenderReabilitação gratuita com cavalosreportagem no G1 - abra nova guia para permanecer no blogDocumentário - Neurociências (abra nova guia)documentário interessante e de fácil entendimento sobre os avanços nos estudos na neurociênciaNeuroeducação (abra nova guia)Aula interessante sobre neuroeducaçãoArquivo do blogCanal Livreabra nova guia para permanecer no blogtratamento fobiasabra nova guia para permanecer no blogSaiba mais sobre as fobias (abra nova guia)link para o site da Marilza Mestre - professora e parceira de trabalhopesquisa sobre fobiaabra nova guia para permanecer no blogPsiquiatriaindicação de psiquiatra em curitiba - FABIOLA DI CICCO SOUZAPsiquiatriaIndicação de psiquiatra em Curitiba - Saint-Clair BahlsTranslate