Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas - MG

Praça do Santuário, S/n - Centro, Congonhas - MG, 36415-000, Brasil
Congonhas - MG

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Considerado uma das obras-primas do barroco mundial, foi inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes, pelo Iphan, em 1939, e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO, em dezembro de 1985.
O conjunto edificado consiste em uma igreja, com interior em estilo rococó, adro murado e escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas em pedra sabão, além de seis capelas dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo, denominadas Passos, ilustrando a Via Crucis de Jesus Cristo.
Sua inspiração é fortemente relacionada a exemplares portugueses como a Igreja de Bom Jesus do Monte, em Braga, e ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, em Lamego, Portugal.
As 66 esculturas de madeira policromada em tamanho natural, abrigadas nas seis capelas que reúnem os sete grupos de Passos da Paixão de Cristo, compõem um dos mais completos grupos escultóricos de imagens sacras no mundo, sendo, sem dúvida, uma das obras-primas de Francisco Antônio Lisboa, o Aleijadinho, que deixou para a humanidade uma obra de grande expressão e originalidade.
Histórico - A construção do Santuário foi iniciada em 1757, em agradecimento pela cura de uma doença grave enfrentada pelo emigrante português Feliciano Mendes, que escolheu como padroeiro o Bom Jesus de Matozinhos - o Cristo crucificado - venerado na localidade de Matozinhos, próxima à cidade do Porto, no norte de Portugal.
Os trabalhos foram financiados pelas esmolas recolhidas por Feliciano com essa finalidade e, mais tarde, por seus sucessores na administração da nova devoção constituída em Confraria.
Quando o fundador faleceu, em 1765, oito anos após o início dos trabalhos, a igreja já podia ser usada para o culto com três de seus altares instalados: o altar-mor com a imagem de Cristo na cruz importada de Portugal e os dois altares laterais consagrados a Santo Antônio e a São Francisco de Paula.
A edificação foi concluída em 1772 e, até o presente, atrai multidões por ser um local de peregrinação religiosa, cujo testemunho maior é a fabulosa coleção de ex-votos, abrigados na Sala dos Milagres.
Patrimônio - A Igreja do Bom Jesus de Congonhas representa um momento de transição na evolução que se processa na arquitetura religiosa da região mineradora, em meados do século XVIII.
Sua planta apresenta torres situadas ligeiramente em recuo em relação ao frontispício e ultrapassando a nave central devido à supressão dos corredores laterais tradicionais nessa parte da edificação.
Todavia, o conjunto permanece ainda submetido à rígida linha que caracteriza as construções religiosas da região durante a metade do século, antes da introdução dos planos curvilíneos inspirados no estilo de Barromini.
A portada realizada um pouco mais tarde inclui elementos de rocalha inexistentes no frontão.
Ela segue o padrão habitual das portadas ornamentadas em esteatita, típica da região de mineração na época do rococó.
A composição está ordenada em torno do brasão com as cinco chagas e os três cravos da crucificação - emblema do patrono do templo.
A ornamentação interna da igreja, inteiramente em estilo rococó, é uma das mais notáveis de toda a região mineradora.
As talhas e pinturas de primeira ordem se unem em uma síntese harmoniosa e fazem do interior dessa igreja, onde os dourados se destacam sobre os tons suaves do azul, do verde e do rosa, uma verdadeira sinfonia de luz e de cor.
 O estilo dessa igreja, típico da região mineradora, pode ser considerado como uma das marcas mais originais do rococó do Brasil.
  O Santuário apresenta-se em bom estado de conservação permitindo que sua materialidade exprima a importância e os valores a ele atribuídos, representando uma realização artística única e exemplo excepcional da arquitetura brasileira do século XVIII.
 O conjunto edificado e escultórico do Santuário conserva seus valores intrínsecos: a Igreja do Bom Jesus; o adro com as estátuas dos profetas em pedra sabão; os passos e capelas com suas sete estações ambos concluídos em 1805 e expressivo conjunto escultórico representativo da Paixão de Cristo.
Apesar do processo de transformação ocorrido com o crescimento urbano da cidade de Congonhas, decorrente do intenso processo de mineração de ferro, o Santuário mantém-se intacto e se constitui, até os dias atuais, em ícone da arte sacra e religiosidade no Brasil.
  Declaração retrospectiva Dossiê de candidatura Avaliação Icomos   Congonhas - Santuário do Bom Jesus de Matozinhos (MG) Compartilhar Acesse

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