Egbé Oní Òmórisá Sangó e Centro Cultural Ébano Brasil, Cuiabá - MT

Jardim Imperial, Cuiabá - MT, Brasil
Cuiabá - MT

Egbé Oní Òmórisá Sangó - - Egbé Oní Òmórisá SangóBoas Vindas!!MOJUBÁ ! Temos o intuito de incentivar e discultir textos sobre as religiões de matriz africana entre outras questões que envolve essa temática, também ter um espaço para divulgação da atividades da Egbé que alcança o Ilê Axé Sangó e o Centro Cultural Ébano Brasil.
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014 A campanha da modaQuem não discute gosto anda na moda, que é um modo de não ter gosto (próprio, ao menos).
Até por solidariedade aos raros que não se entregam à moda eleitoreira de dizer que 2013 foi um horror brasileiro e 2014 será ainda pior, proponho uns poucos dados para variar.
Com franqueza, mais do que a solidariedade, que tem motivo recente, é uma velha convicção o que vê importância em tais dados.
Um exemplo ligeiro: todo o falatório em torno de PIB de 1% ou de 2% nada significa diante da queda do desemprego a apenas 4,6%.
Menor que o da admirada Alemanha.
Em referência ao mesmo novembro (últimos dados disponíveis a respeito), vimos as manchetes consagradoras "EUA têm o menor desemprego em 5 anos: cai de 7,3% para 7%".
O índice brasileiro, o menor já registrado aqui, excelência no mundo, não mereceu manchetes, ficou só em uns títulos e textos mixurucas.
Mas o índice não pode ser positivo: "O índice caiu porque mais pessoas deixaram de procurar emprego".
Se mais desempregados conseguiam emprego, como provava o índice antes rondando entre 5,6% e 5,2%, restariam, forçosamente, menos ou mais desempregados procurando emprego? PIB horrível, falta de ajuste fiscal, baixa taxa de investimentos, poucas privatizações, coitado do país.
E, no entanto, além do emprego, aumento da média salarial, a ponto de criar este retrato do empresariado de São Paulo: a média salarial no Rio ultrapassou a dos paulistas.
A propósito: com as alterações do Bolsa Família pelo Brasil sem Miséria, retiraram-se 22 milhões de pessoas da faixa dita de pobreza extrema.
Com o Minha Casa, Minha Vida, já passam de um milhão as moradias entregues, e mais umas 400 mil avançam para a conclusão neste ano.
A cinco pessoas por família, são 7 milhões de beneficiados com um teto decente, água e saneamento.
Sobre dados assim e 2014, escreve o economista-chefe da consultoria MB Associados, Sérgio Vale: "Infelizmente, veremos mais promessas de ampliação do Bolsa Família e do salário mínimo, que, no frigir dos ovos, é o que tende a reeleger a presidente".
Da qual, aliás, acha que em 2014 "deverá se apequenar ainda mais".
Da mesma linhagem de economistas —a que domina nos meios de comunicação—, Alexandre Schwartsman dá à política que produziu aqueles resultados o qualificativo de "aposta fracassada", porque só deu em "piora fiscal, descaso com a inflação e intervenção indiscriminada, predominando a ideologia onde deveria governar o pragmatismo".
"Infelizmente" e "aposta fracassada" para quem? Para os 22 milhões que saíram da pobreza extrema, os 7 milhões que receberam ou receberão um teto em futuro próximo, os milhões que obtiveram emprego, os milhões ainda mais numerosos que tiveram melhoria salarial?E, claro, ideologia existe só no que se volta para os problemas e possíveis soluções sociais.
Quem se põe de costas para o que não interesse à elite financeira e ao poder econômico, não o faz por ideologia, não.
Por esporte, talvez.
Foi a esse esporte, quando praticado orquestradamente nos meios de comunicação, que Dilma Rousseff se referiu como uma "guerra psicológica", e gerou equívocos críticos.
Não se trata de "expressão antidemocrática", nem própria dos tempos da ditadura.
É a denominação, técnica ou científica, como queiram, de métodos de hostilidade não militares, diferentes das campanhas por não serem declarados em sua motivação e seus fins, e buscando enfraquecer o adversário por variados tipos de desgaste.
Não é o caso da pregação tão óbvia no seu propósito de prejudicar eleitoralmente Dilma Rousseff.
E prática tão evidente que, já no início de artigo na Folha, o empresário Pedro Luiz Passos definiu-a como "o negativismo que permeia as análises sobre a economia brasileira, em contraste com a percepção de bem-estar especialmente da base da pirâmide de renda".
Ou seja, há um negativismo, intenção de concentrar-se no negativo, real ou manipulado, e a desconsideração do que deu à "base da pirâmide" social alguma percepção de bem-estar.
O elemento essencial na existência de uma Nação é o povo.
Não é o território, não é o Estado, ambos inexistentes em várias formas de nação ao longo da história e ainda no presente (os curdos, diversos povos nômades, povos indígenas).
O PIB e os ajustes feitos ou reivindicados nunca fizeram nada pelos brasileiros que são chamados de povo.
A cliente do PIB, dos gastos governamentais baixos e dos juros bem altos são os que compõem a mínima minoria dos que só precisam, para manter o país, do povo.
Jânio de Freitas é jornalista e colunista da Folha de são Paulo.
FPostado porÈgbé Omorisá Sangóàs06:07Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestFesta de Osun realizada em 14.
12.
2013 Postado porÈgbé Omorisá Sangóàs05:58Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest sexta-feira, 29 de novembro de 2013 Casa de Oxumaré é tombada como patrimônio histórico e cultural do BrasilO terreiro Ilê Axé Oxumarêfoi tombado como patrimônio histórico e cultural do Brasil na  tarde dequarta-feira (26/11), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (IPHAN), em Brasília.
Para o superintendente do Iphan, Carlos Amorin,a preservação dos terreiros de candomblé é de extrema importância para a Bahiae o Brasil, pois eles representam o símbolo de resistência do povo negro.
Para o sacerdote Babalorixá Agoensi Danjemin, supremo dirigente do IlêAxé Oxumarê, o Babá Pecê (Silvanilton Encarnação da Mata), o tombamento éo reconhecimento de uma luta histórica iniciada pelos antepassados.
Eleconsidera uma conquista que alegra todas as casas de matriz africana.
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse que “Muito além das práticasreligiosas, o terreiro exerce papel fundamental à luta e resistência do povonegro, bem como na disseminação da rica cultura africana em nosso país”.
A solicitação de tombamento do Ilê Axé Oxumarê – considerado um dos maisantigos centros de culto afro-brasileiro da Bahia e do Brasil e de grandereconhecimento social – foi feita em 18 de setembro de 2002, por Babá Pecê.
 Ele ressaltou que a proteção é um reconhecimento da contribuição do povoafricano que trouxe e deixou no Brasil seu conhecimento, sua cultura, seulegado.
Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, otombamento reafirma o momento histórico vivido no país onde se consolidam aspolíticas de ações afirmativas pelo poder público e sociedade na superação dasdesigualdades.
Oxumarê é simbolo da riquezaOxumarê é o orixá do movimento e dos ciclos vitais que geram astransformações, que o santuário é consagrado.
Na tradição iorubá, os orixáscorrespondem a ancestrais divinizados e que correspondem às forças da natureza.
Portanto, seus arquétipos estão diretamente relacionados às manifestaçõesdessas forças.
Segundo a tradição, Oxumarê é simbolo da riqueza, da continuidade e dapermanência, é a serpente-arco-íris, que representa a união entre o céu e aterra, o equilíbrio entre os orixás e os homens.
É uma divindade muito antiga,participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo amatéria e dando forma ao Mundo.
Sustenta o Universo, controla e põe os astros eo oceano em movimento.
Rastejando-se pelo Mundo, desenhou seus vales e rios.
Éa grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do ciclo vital.
Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.
 O dia da semana de culto à Oxumarê é a terça-feira; suascores são o amarelo e o verde (ou preto), além das cores do arco-íris; seussímbolos são o Ebiri (espécie de vassoura feita com nervuras das folhas daspalmeiras), a serpente, o círculo e o bradjá (colar de búzios); e sua saudaçãoé: A Run Boboi!!!Agora, são sete terreiros de candomblé protegidos pelo IPHAN, o quereafirma a postura da instituição na consolidação de um conceito sobre oPatrimônio Cultural, que inclui todas as manifestações que contribuíram para aformação da identidade nacional ao longo dos séculos e envolve a sociedade nagestão deste patrimônio.
“Toda a história e resistência de um povo,representada neste espaço, que é o Terreiro, foi reconhecida e agora é um bemcultural brasileiro, protegido“ celebrou a presidenta do IPHAN, Jurema Machado.
Os terreiros já tombados pelo IPHAN são Casa Branca, Ilê Axé Opô Afonjá,Gantois, Alaketu e Bate-folha, na Bahia em Salvador, e a Casa das Minas Jejê,em São Luís (MA).
Fonte: Ascom Sepromi/ IphanPostado porÈgbé Omorisá Sangóàs06:58Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest quinta-feira, 17 de outubro de 2013 Justiça obriga Bamin a desocupar terreno de culto afro na BahiaUmaAção de Reintegração de Posse contra a Bahia Mineração –Bamin, empresa que vaiexplorar o ferro no sudoeste daBahia, foi vitoriosa na Justiça de Caetité (Ba), garantindo a defesa deum santuário de cultos afros, declarado patrimônio afrocultural brasileiro,pelo Ministério da Saúde, e de utilidade pública, pelo Estado da Bahia, desde2006.
Foi o Terreiro de Axé Ilé CicongoRoxo Mucumbe de H’Anzambi, do distrito de Brejinho das Ametistas, que acionoua Justiça contra a Bamin, pela tentativa de se apossar da vasta área e impediro acesso ao local de adeptos de cultos ancestrais.
Felizmente,a Justiça prevaleceu neste caso.
Em agosto passado, o juiz José Eduardo dasNeves Brito, da comarca de Caetité, deferiu liminar exigindo a reintegração daposse do terreiro na área usada há décadas para fins de celebração religiosa, ondea água, árvores, plantas, ervas, são cultuados e preservados, num contrasteadmirável com o avanço da degradação da natureza nos centros urbanos.
DEFESA DE NASCENTES EMPINDAÍ - Pouco a pouco, aluta das comunidades dos Gerais, no sertão baiano, vem tirando a máscara da Bamin.
Empúblico, a empresa se coloca como exemplo de responsabilidade social eambiental.
Mas, na verdade vem impactando a vida de milhares de lavradores, queestão tendo suas terras apropriadas, sendo obrigados a deixar suas propriedadese mudar de vida.
A prioridade do governo é a exploração do ferro, imposta pela política econômica de superexploração dos recursosnaturais a serviço de interesses externos, gerando prejuízos sócio ambientais irreparáveis aoambiente e à comunidades rurais na região.
Recentemente, entre os municípios de Caetité ePindaí (Ba) a resistência popular em defesa das nascentes do Rio Pedra deFerro, impediu a entrada de 30 trabalhadores da Bamin que, munidos demotoserras, pretendiam desmatar área de vegetação nativa, destruindo nascentesdo Pedra de Ferro.
A empresa querconstruir sua enorme barragem de rejeitos por cima dasnascentes, ameaçando contaminar e destruir a fonte de água que brota no Vale doCapão, principal riqueza das comunidades, que dependem desta fonte de vida.
As famílias ameaçadas estão sendo convocadaspara uma Audiência Pública, que acontecerá amanhã, (quinta-feira, 17 deoutubro) às 9 horas, na comunidade de João Barroca, onde será  discutida a situação das terrasirregularmente apropriadas pela Bamin.
Segundo GilmarSantos da CPT, “a Bamin está prestes a colocar no chão toda uma mata, entreCaetité e Pindaí, com árvorescentenárias e espécies raras, berço de nascentes que mantem vivo o Pedra deFerro, que sacia centenas de familias durante o ano e milhares, no período daseca.
Com a voracidade e sede pelo dinheiro, a Bamin quer derrubar tudo etransformar esse vale num imenso mar de lamas e lagrimas.
'' Mais informação, acesse (http://racismoambiental.
net.
br/2013/10/ba-mineradora-quer-construir-barragem-de-rejeitos-sobre-nascente-do-riacho-pedra-de-ferro/ )ou assistia o vídeo (http://www.
youtube.
com/watch?v=HETneAxEB18), Bamin: tire suas mãos da nossa água!, produzido pela CPT sobre a reação popular contra asupressão de mata nativa dos arredores do Rio.
 Salvador, 15/10/2013 Zoraide Vilasboas Coordenação de Comunicação Associação Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania Postado porÈgbé Omorisá Sangóàs08:10Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest quinta-feira, 12 de setembro de 2013 Mãe Stella assume cadeira na Academia de Letras da Bahia Quinta-feira, 12 de setembro de 2013.
Essa data entra definitivamente no  calendário cultural baiano, que adquire um brilho especial, um significado simbólico e humano singular.
A luz de uma grandiosa e rica estrela é imortalizada, irradiada pelo ímpeto que desafia todo e qualquer obstáculo que ouse contrariar uma longa trajetória de buscas pelo respeito humano.
A posse de Mãe Stella na Academia de Letras da Bahia é mais que o reconhecimento de um mérito, é a expressão da força e do vigor de uma existência dedicada à dimensão espiritual e sagrada da vida, na perspectiva da construção da harmonia e sedimentação de valores que dignificam o ser humano.
  É o marco de um longo caminhar, um dos infinitos elos que soldam tantas e tantas histórias ancoradas numa mesma ancestralidade.
Ocupar um assento na Academia é adubar a palavra da libertação, da emancipação do povo negro, é demarcar definitivamente a glória do verbo em prol do oprimido, desígnio exemplarmente perseguido por Castro Alves e pelo saudoso e amigo Ubiratan Castro.
O poeta e o intelectual-militante têm motivos suficientes para orgulhar-se desse feito tão significativo para os ideais por eles honrosamente defendidos.
A alegria de Maria é o lume de Stella.
É o nome do povo de santo, é o respeito às crenças religiosas.
É o rito orgulhoso de ser negro numa terra que clama por convivência pacífica das diferenças.
É a felicidade de mãe a tecer carinhosa e firmemente o fio que irmana os inúmeros filhos e filhas espalhados em lugares de resistência e defesa da religião de matriz africana.
Parabéns à Academia de Letras da Bahia, pela brilhante iniciativa.
Parabéns, Mãe Stella.
O povo baiano orgulha-se do seu merecimento.
Todos estamos em festa!Postado porÈgbé Omorisá Sangóàs12:33Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest sábado, 7 de setembro de 2013 Festa de Sangó (27.
07.
2013) Postado porÈgbé Omorisá Sangóàs07:26Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestIntolerância predomina contra praticantes do candombléIntolerância predomina contra praticantes do candombléCasa de Xangô, em Cuiabá busca reforçar identidade da crençaMary Juruna/MidiaNewsClique para ampliar Babalorixá Bosco de Xangô busca divulgar conhecimento da religião como forma de resistência ao preconceitowww.
midianews.
com.
br DÉBORA SIQUEIRA DA REDAÇÃOFilho e neto de umbandistas, o pai Bosco de Xangô, hoje um babalorixá do candomblé (uma espécie de sacerdote), conheceu o preconceito contra as religiões afrobrasileiras na pele ainda na infância.
Chamado de ‘filho de macumbeiros’, ele tinha dificuldade em fazer amigos.
Mas foi na adolescência que ele chegou a renegar a fé para ter amigos.
“Senti essa necessidade.
Eu preciso viver em comunidade, seja ela espiritual, sindical ou religiosa.
Mas com o tempo assumi a minha religião”, explicou Bosco, que também é professor efetivo de História na rede estadual de educação.
O preconceito fez com que Bosco utilizasse não só seus conhecimentos de babalorixá e também de professor, para promover entre os frequentadores da casa de candomblé que administra ainda mais estudos sobre essa religião.
 "Muitos candomblecistas passaram a assumir a identidade, deixando as camuflagens de lado, ao se declarem católicos ou espíritas.
Espírita para mim são kardecistas, o que é muito diferente do candomblé" Ele avalia que, com o avanço das igrejas neopentecostais, na década de 80, houve um aumento da intolerância contra as religiões de matriz africana, associando o culto e os rituais do candomblé ao mal fazer, a demonização, a barbárie, mesmo tendo expoentes da cultura brasileira declaradamente do candomblé, como Jô Soares, Gilberto Gil, Jorge Amado, Zélia Gattai, Gal Costa, Raul Seixas, dentre outros.
Durante a construção da Casa de Xangô, evangélicos derrubaram os muros por não aceitar um local de dedicação aos orixás, no bairro Jardim Universitário, na Capital.
“Eles vinham fazer cultos aqui na frente, entregavam panfletos para os frequentadores da casa.
Nós não precisamos nos converter ao cristianismo, nós já temos a nossa convicção”.
  Entender a religião e os porquês dos rituais envolvendo sacrifício de animais e aprofundar os conhecimentos nos orixás seria a saída para que muitos candomblecistas pudessem sair da sombra do catolicismo e do sincretismo religioso e passassem a assumir a sua fé, opina.
“Tem muitos que renegam a fé para manter a empregabilidade.
Muitos candomblecistas passaram a assumir a identidade, deixando as camuflagens de lado, ao se declarem católicos ou espíritas.
Espírita para mim são kardecistas, o que é muito diferente do candomblé”, argumentou.
Bosco resolveu, então, tirar o véu que paira sobre o candomblé e, na semana passada, realizou o I Seminário Candomblé – Religião de Resistência no Brasil, realizado na pelo 'Egbé Omorisá Sangó e a Associação Cultural Ébano Brasil.
O objetivo foi abordar as dificuldades e o cotidiano das casas de candomblé no Brasil, que ainda enfrentam o preconceito estabelecido em relação às religiões afro-brasileiras.
Dentre os temas estavam "O Candomblé e o Candomblecista no século XXI", "Casa de Candomblé - que espaço é esse?", "Mulher e Candomblé" e "O toque de Sangó - alujá: que ritmo é esse?".
O seminário antecedeu a festa em homenagem ao orixá Xangô, considerado no candomblé como o "grande rei de Oyô", região da África de onde vieram os negros escravizados no Brasil.
Conforme o Censo 2010, em Mato Grosso 379 pessoas assumiram ser praticantes de candomblé.
Em Cuiabá, apenas 51 pessoas.
Várzea Grande e Rondonópolis são os locais onde há mais membros, com 143 e 141 praticantes, respectivamente.
Mas, o número pode ser bem maior do que o informado oficialmente.
O candomblé tem cinco nações: Ketu, Angola, Jêje, Jêjeefon e Ijexá.
As três primeiras existem em Cuiabá.
Apenas da nação Ketu, há três casas na Capital - uma delas é a Casa de Xangô.
Filha de santo Mary Juruna/MidiaNewsAdvogada é uma yiawo, uma filha de santoA advogada Iandra Santos Moraes, 24 anos, é uma yiawo (filha de santo), iniciada no candomblé há três anos e a primeira filha da Casa de Xangô.
Natural de Campinápolis, ela teve contato com o kardecismo ainda nessa cidade e, quando veio fazer faculdade de Direito em Cuiabá, teve contato com a umbanda.
Em uma dessas idas, uma das entidades disse para ela conhecer o candomblé.
Em Campo Grande (MS), durante uma festa do candomblé, ela ‘bolou um santo’, ou seja, foi escolhida por um orixá e teve um desmaio, um sinal da escolha para ser iniciado.
Sem entender o que aconteceu, ela voltou para Cuiabá e, depois de um tempo, aceitou ser iniciada.
Como uma espécie de batismo, as mulheres têm a cabeça raspada.
No começo a mãe dela não aceitou muito a ideia, mas quando percebeu as mudanças na vida de Iandra, de abdicar de festas e do álcool, passou a aceitar mais.
  A advogada mora há cerca de dois meses no Rio de Janeiro, onde trabalha em um escritório de advocacia.
Como é advogada, sabe que não pode ser demitida por uma escolha religiosa.
Ela tem consciência de que pode vir a ser alvo de preconceito, mas já está preparada para isso.
Iandra se lembra de um episódio durante a faculdade, sobre o preconceito sofrido por sua escolha.
Ela começou a usar uma espécie de lenço (ojá) na cabeça e vestia-se branco.
Os amigos mais próximos sabiam o porquê, mas a maioria dos colegas achou que ela estava com câncer.
  Como era época da Copa do Mundo, ela foi questionada em sala de aula se usava o lenço em alusão à África do Sul e foi quando assumiu ser candomblecista para a turma.
A surpresa negativa foi de uma colega evangélica que passou a evitá-la e questionar os outros colegas por manter amizade, perguntando se não tinham medo de abraçá-la e pegar uma doença, já que ela ‘pactuava demônios’.
“Meus amigos sabiam da minha escolha e foram firme ao meu lado, e a menina ficou bloqueada de chegar perto de mim e de falar sobre mim”.
  Rituais do candomblé Ao se adentrar numa casa de candomblé existe todo um ritual para os iniciados na prática.
Quem não é estranha tudo.
Mas para cada ato existe uma explicação.
 Mary Juruna/MidiaNewsOs atabaques são comandados por ogãs, homens que não incorporam os orixás O iniciado deve entrar no portão, segurar uma caneca, pegar a água em um pote de barro, girar a caneca na cabeça e atirar a água no chão.
Assim, fica pronto para deixar o mundo profano e adentrar na área dos orixás.
No Brasil são cultuados 16 orixás.
Estes por sua vez, são forças representadas pelos quatro elementos: ar, fogo, terra e água.
Na África, em especial na Nigéria e Bênin, são 256.
  Os africanos na condição de escravizados e trazidos para o Brasil também trouxeram o culto aos orixás.
Eles resolveram recorrer mais aos que ele se identificavam devido as condições de vida, como Oxossi (da caça), Yemanjá (Grande Mãe), Xangô (Senhor da verdade e Justiça), dentre outros.
Em quase todas as casas de candomblé há jardins em homenagem a Ossain, orixá da botânica que ajuda a colher a erva no período certo.
Os rituais do candomblé exigem o uso de ervas sagradas.
E há quartos dedicados aos orixás.
Ainda restam construir mais espaços a todos os 16.
Há também uma espécie de oferenda nas áreas das casas, que é um contra axé, ou seja, para evitar a entrada de energias ruins.
Um dendezeiro é plantado na porta como um contra axé natural.
  O sacrifício de animais também é uma prática do candomblé.
A explicação do babalorixá é de que a imolação serve como uma espécie de renovação da vida e alimenta a força cósmica da natureza.
  O ritual da imolação não é prática diária, mas realizada em ocasiões especiais e o sangue do animal é colocado aos orixás, mas a carne é aproveitada para alimento dos frequentadores das casas e, as penas, usadas nos altares.
Tudo é aproveitado.
As mulheres e o candomblé Mary Juruna/MidiaNewsMãe Angela de Ogum e o balarorixá Bosco de Xangô falando sobre a importância da mulher no candombléCuiabá é quase uma exceção no Brasil, onde as mulheres, as chamadas yalorixás (sacerdotisas como os babalorixás), são as principais dirigentes do candomblé no país.
As três expoentes são Mãe Menininha do Gantoá, Dona Ana de Ogum e Mãe Estela de Oxossi.
  As mulheres têm um papel muito importante dentro do candomblé, pois foi por meio delas que a religião foi preservada.
Durante a escravidão, elas habitavam na casa grande e foram mantendo seus rituais, enquanto os homens eram obrigados aos serviços pesados.
  “Como o candomblé tem muita relação com a fertilidade, a mulher já nasce com essa importância dentro da religião, ela já nasce com o axé”, explicou Mãe Ângela de Oxum, também professora da rede estadual.
Postado porÈgbé Omorisá Sangóàs07:15Reações: Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest Postagens mais antigasPágina inicialAssinar:Postagens (Atom)Pesquisar este blogAmigosVenha nos conhecer!! Exibir mapa ampliadoArquivo do blogQuem somos:Indicamos:

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