Thaís Petroff - Coaching e TCC, São Paulo - SP

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São Paulo - SP

Thaís Petroff - Psicoterapeuta e Coach - - Thaís Petroff - Psicoterapeuta e CoachDICAS E REFLEXÕES SOBRE COMO SE TER UMA VIDA MELHOR segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017 Não paute sua vida pelo medoVocê já parou para pensar quantas vezes você dirigiu suas ações com base no medo? Quantas vezes já não estava mais feliz em um relacionamento mas, permanecia ali por medo da mudança? Quantas vezes já não estava mais satisfeito e realizado com seu trabalho mas, se mantinha lá por medo de como seria se saísse?  Quantas vezes não gostou de algo mas, se calou com medo da desaprovação das outras pessoas? Quantas vezes disse sim, querendo dizer não e vice versa? Tudo por conta do medo! Você já se deu conta de medo de quê? O desconhecido ou a incerteza geram muito medo para a maioria das pessoas pois na impossibilidade de controlar as coisas, ficam inseguras.
E, contidos nesse medo do desconhecido estão todos os outros medos: o medo de não agradar (e por isso ser rejeitado, não amado), o medo de falhar (e se julgar incapaz), o medo de ser inadequado.
  Na verdade, diante da incerteza só temos uma coisa certa: que não há nada determinado.
No entanto, o medo surge porque focamos nos piores desfechos e, ao pensarmos neles não levamos em conta possíveis soluções.
Pelo contrário, só pensamos que acontecerá o pior dos problemas e, paramos nisso.
E por isso ficamos com tanto medo.
  Quando sentir medo de algo, busque ir além do medo.
Olhar além do problema ou do resultado negativa que você pensou.
Procure soluções para essa consequência que imaginou.
Imagine-se lidando com essa situação ou atravessando-a (como já fez tantas vezes em outros momentos no passado).
Perceba como o medo diminui ou até se dissipa.
Experiente isso e me conte como foi.
Postado porThaís Petroff Garciaàs03:12Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:autoconhecimento,como lidar com o medo,crescimento pessoal,desenvolvimento pessoal,inteligência emocional,medo,não tema o medo,thaís petroffPrecisamos ir para longe para nos aproximarmos de nós mesmos Quantas e quantas pessoas nós já conhecemos que precisaram viajar para longe para se encontrar.
Ou que tiraram um período sabático para viajar e viver experiências no intuito de resolver alguma crise existencial ou compreender melhor a si mesmo.
Eu mesma há alguns anos atrás já passei três meses longe de casa, em uma ilha, porque precisava estar mais comigo mesma ou algum tempo depois quando me aventurei a fazer um curso profissional de mergulho autônomo (aquele com cilindro) e enveredei a mergulhar nas profundezas do mar (e nas minhas próprias também) porque estava me sentindo perdida.
  Muitas vezes precisamos ir para longe para nos aproximarmos de nós mesmos.
E sim, isso ajuda e funciona pois, viajar é sair da sua zona de conforto.
Você não está na sua rotina, na sua casa, com seus conhecidos em volta, em um lugar que já conhece os caminhos, aonde tem mercado ou restaurante.
Quando você viaja você se lança no desconhecido e precisa lidar com a sua vulnerabilidade, com o estresse de não saber o que virá ou como será.
Você precisa exigir mais de si no sentido de se encontrar no lugar em que está, em se adaptar a uma rotina diferente e muitas vezes em desenvolver ou praticar habilidades que não utiliza tanto no dia a dia como falar um idioma diferente ou se organizar bem com o tempo para achar um lugar para ficar antes que escureça.
  Nessa zona de desconforto acabamos ficando muito mais conosco.
Percebendo aspectos nossos que na rotina ignoramos.
Percebendo que somos muito mais capazes de nos virar do que pensávamos.
Precisando ter muitas ações práticas (até mesmo de planejamento) ao invés de ficarmos com pensamentos repetitivos e que na maioria das vezes não nos levam a lugar algum.
  É por isso que tantas pessoas se lançam no mundo, viajando para longe, mudando drasticamente sua rotina, procurando situações até muitas vezes mais desconfortáveis do que se encontravam anteriormente mas, é justamente a mistura desses fatores que permite que nos aproximemos de nós mesmos de uma maneira muito mais verdadeira e, assim podemos lidar com aspectos que nos incomodavam sob um ângulo diferente e através disso descobrir respostas  para aquelas perguntas que não calavam em nossas cabeças.
Você também já teve uma experiência semelhante a essa? Postado porThaís Petroff Garciaàs03:04Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:autoconhecimento,autodescoberta,descobrir o mundo,se encontrar,thaís petroff,viajarA resposta para a insatisfação é gratidãoConheço e atendo diversas pessoas insatisfeitas.
Insatisfeitas consigo mesmas, como seu trabalho,  com seu relacionamento amoroso, com seu local de moradia, com seu corpo, etc.
Insatisfação é um excelente  alerta para nos fazer perceber que é preciso fazer algo com essa situação que nos chateia.
Sem a insatisfação provavelmente tenderíamos a ficar muito mais estagnados, na nossa zona de controle.
Uma vez que percebo que mais pessoas são movidas pela insatisfação ou desconforto por algo, ou seja, pela dor, do que pelo prazer em alcançar algo.
Ambos são motivadores mas, parece que tem mais efeito sermos empurrados do que puxados.
Assim, a insatisfação é um importante ingrediente para a evolução humano e para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Maravilha! Então sabemos que quando estamos insatisfeitos com algo, basta compreendermos a raiz da insatisfação, traçarmos o que queremos e planejarmos como chegar até lá? Para muitas pessoas  sim, mas, não funciona desse modo para algumas.
Há os insatisfeitos crônicos; que independente de correrem atrás de seus objetivos, pouco conseguem aproveitá-los e, logo já está insatisfeitos novamente.
Isso é algo deverás angustiante pois, apesar do quanto de esforços se emprega em chegar lá, a sensação é que quando se chega já não é mais lá que gostaria de estar.
O que fazer nesse caso? A boa notícia é que há uma solução para pessoas que tem esse perfil e, também para todas as demais que queiram desfrutar de mais bem estar, paz e alegria na vida.
E, qual é essa solução então? É a gratidão!Muito se fala atualmente em agradecer, em ter gratidão e, com razão que se espalha essa ideia.
Muito além de ser um bando de "bichos grilos" querendo retornar aos anos 60, essa mensagem tem muito fundamento.
Quando agradecemos por algo, estamos reconhecendo coisas positivas em nossa vida.
Que seja ter tido um bom dia, ter feito uma viagem interessante, ter jantado em boa companhia, ter entregue um trabalho que estava te tirando o sono, etc.
Todas essas são situações benéficas e que nos trouxeram bem estar.
Quando somos gratos a elas, registramos em nossa mente esse ocorrida e essa sensação de bem estar se perpetua por mais tempo do que o término do evento.
Dessa maneira, se praticarmos o comportamento de agradecer, manteremos essa "onda" de bem estar por muito mais tempo e, inclusive podemos viver dentro dela; já que diariamente todos temos pelo que agradecer.
Seja pelo bonito dia de sol, por ter comido quando se estava com fome, por ter um casaco a mão quando está  frio.
Não precisamos de grandes feitos para sermos gratos.
O segredo é compreender que há muito mais para sermos gratos do que para reclamar.
Assim, "viramos a chave" e passamos a perceber a vida e a existência muito mais em termos de observar e notar a metade cheia do copo, do que a metade vazia.
Exercício prático Para te auxiliar nessa prática, te explico uma forma de se educar a exercitar sua gratidão.
Pegue uma caixinha ou um pote.
Preferencialmente que seja um recipiente que você goste da aparência.
Esta será sua caixinha da gratidão ou seu pote da gratidão.
Diariamente, pode ser ao final  do dia ou durante o dia, logo após algum evento interessante; anote em uma pedaço de papel algo pelo qual você tenha a agradecer.
Como já citei acima, temos mutas coisas boas que acontecem em nosso dia, pelas quais podemos ter gratidão.
Não espere grande situações.
Ninguém escala o Everest em um único dia.
Temos pequenos presentes dia a dia que podem se somar em um grande após algum tempo.
Escreva-os nesses papéis e coloque em sua caixinha.
Sua tarefa é fazer isso minimamente 1 vez ao dia mas, quanta mais anotações diárias você fizer, mais se condicionará a ver o lado bom da vida e, assim mergulhar nesse magnífico sentimento de plenitude.
Para reforçar ainda mais, você pode todo dia durante o cafe da manhã ou antes de dormir, pegar aleatoriamente 3 papeizinhos e lê-los, devolvendo-os ao seu pote da gratidão.
Postado porThaís Petroff Garciaàs03:003 comentários: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:autoconhecimento,desenvolvimento pessoal,gratidão,insatisfação,inteligência emocional,thaís petroff Quantas e quantas vezes nos cobramos de ter que ter as respostas? De ter que saber o que fazer ou para onde ir? Mas, o fato muitas vezes é que: simplesmente não sabemos.
Não saber também é uma opção.
Tão real quanto às outras.
A diferença é o modo como lidamos com ela.
Nós não suportamos não saber, não é mesmo?! Há uma voz que aparece em nossas cabeças dizendo: "mas você TEM que saber! Como assim você não sabe?!" A verdade é que apesar de querermos MUITO saber, se respondermos de maneira honesta para nós mesmos, só podermos dizer que não sabemos.
Por que então se cobrar respostas que ainda não existem? Soluções que você ainda não tem? Comportamentos que ainda não pode emitir?Essa cobrança que você se coloca te ajuda nessa busca ou só aumenta a pressão e com isso o desconforto?Por outro lado, se você entende que esse é um tempo, um espaço que você precisa para que as coisas se assentem, se organizem e no tempo certo as respostas virão; isso não traz uma tranquilidade?É só a dúvida que dá espaço para o novo, para a mudança.
Se você tem certeza de tudo, se você já tem todas as respostas, percebe que está fechado para qualquer nova possibilidade?Acolha então esse espaço vazio, esse "não sei" e conviva com ele.
Se aquiete, medite, siga sua intuição, leia o que te interessar, converse com quem te chamar a atenção de algum modo.
Perceba que o não saber é o único caminho para saber.
Para um saber real, sincero, vindo lá do fundo de você.
As respostas estão dentro de você mas, sem permitir-se o silêncio você não as escutará.
Sem permitir o espaço, elas não aparecerão.
Segure sua ansiedade em sair plantando qualquer semente eu seu terreno, só para garantir que algo está acontecendo, que você está fazendo algo ou se mexendo.
Se essa não é sua verdade, saiba que você mesmo está criando um problema para si e que em breve terá que resolver pois não é exatamente isso que você quer.
E, quando essa colheita der frutos você estará comprometido com ela, sem na verdade querer isso.
Experimente aguardar e confiar.
Permita-se testar um caminho diferente.
Postado porThaís Petroff Garciaàs02:52Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:acreditar,autoconhecimento,confiar,crescimento pessoal,desenvolvimento pessoal,incerteza,não controle,não saber,permita-se,thaís petroff segunda-feira, 24 de outubro de 2016 Mindfulness.
O que é isso? Como atrair seus benefícios para minha vida?"Mindfulness consiste na atenção plena no momento presente" Mindfulness ou atenção plena (em português) é uma prática que vem crescendo muito no Brasil.
É originalmente um conceito da meditação budista e que hoje desempenha um papel importante em diversas psicoterapias da *terceira onda da TCC: linhas de trabalho provenientes da TCC padrão e que são focadas em alguma questão específica; sendo algumas delas - a terapia comportamental dialética, a terapia de aceitação e compromisso e o programa de redução de estresse baseado em mindfulness.
Essa prática pode ser aprendida por qualquer pessoa trazendo benefícios em momentos de decisões difíceis, quando o futuro mostra-se cheio de incertezas, diante da depressão ou ansiedade ou ainda para qualquer pessoa que deseje ter uma vida com mais plenitude.
Mindfulness designa um estado mental caracterizado pela autorregulação da atenção (foco) para o momento presente, com uma atitude de abertura, curiosidade e tolerância.
Essa postura é dirigida a todos os fenômenos que se manifestam conscientemente: como os pensamentos, ideias, fantasias, recordações, sensações e emoções percebidas.
O aprendizado dessa prática geralmente se dá através de técnicas de meditação e do treino de se manter no aqui e agora.
Essa forma de atenção permite que a pessoa tenha maior consciência de seus processos mentais (de suas percepções), de suas emoções e comportamentos.
Isso torna-se um fabuloso preventivo para patologias como ansiedade e depressão, já que a pessoa busca não se enveredar em antecipar o que ainda não aconteceu e nem se mantém remoendo o passado.
Para quem sofre de algum desses diagnósticos, essa abordagem é também um excelente remédio, pois além desse ponto que acabei de citar, há também o desenvolvimento de uma atitude de aceitação para com as informações percebidas a respeito de si e também com relação aos outros.
O objetivo é esse aumento de consciência e a aceitação dos pensamentos, emoções e comportamentos provenientes da experiência humana e como parte do fluxo de ser humano, aprendendo a ser menos reativo a eles e responder de forma receptivas a esses eventos.
A aceitação também se dá através da atenção plena, já que ao interromper os processos automáticos (pensamentos automáticos) que envolvem julgamentos, questionamentos, dúvida e ruminação, por não permitir que os pensamentos vaguem, mas sim, por manter uma atitude de contemplação (e não de julgamento), bem como de se manter ligado ao que está acontecendo no momento presente, o resultado é de não criar opiniões, nem boas e nem ruins; é simplesmente experienciar o aqui e agora.
Diferença entre meditação tradicional e mindfulness A meditação tradicional visa "esvaziar a mente" através do foco na respiração.
O mindfulness tem como objetivo estar inteiro no momento presente, colocando a atenção em seus pensamentos, emoções e comportamentos e aceitando-os tais como são percebidos.
* A terceira onda é realmente o avanço da TCC padrão.
Normalmente, acabamos não entrando muito em detalhes sobre a primeira e segunda onda.
A realidade é que a primeira onda é marcada pelo uso da terapia comportamental para fins de tratamentos de transtornos mentais/emocionais.
A segunda onda é quando a terapia comportamental é fortemente influenciada pelas terapias cognitivistas, principalmente pelo trabalho de Aaron Beck, e assim surge realmente a TCC (padrão).
Leia este texto também na minha coluna no Vya Estelar.
Postado porThaís Petroff Garciaàs09:03Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:bem estar,estresse,incerteza,mindfulness,qualidade de vida,stress,tcc,terapia cognitiva,terapia cognitivo comportamental,thaís petroff,tomada de decisão segunda-feira, 10 de outubro de 2016 Fisiologia do medo e da ansiedade Embora uma definição verdadeira da ansiedade que cubra todos osseus aspectos seja muito difícil de ser alcançada (apesar dasmuitas publicações referentes ao assunto), todos conhecem estesentimento.
Não há uma só pessoa que nunca tenha experimentadoalgum grau de ansiedade, seja por estar entrando em uma sala de aula,justo antes de uma prova, ou por acordar no meio da noite certo deque ouviu algum ruído estranho do lado de fora da casa.
Contudo, oque é menos conhecido é que sensações, tais como fortestonteiras, visão borrada ou desfocada, formigamentos ou dormências,músculos duros e quase paralisados e sentimentos de falta de ar quepodem levar até a sensações de engasgar ou sufocar, podem tambémfazer parte da reação de ansiedade.
Quando estas sensaçõesocorrem e as pessoas não entendem o por quê, a ansiedade podeaumentar até níveis de pânico já que elas imaginam que podemestar tendo alguma doença.
Ansiedade,é a reação ao perigo ou à ameaça.
Cientificamente, ansiedadesimediatas ou de curto período são definidas como reações deluta-e-fuga.
São assim denominadas porque todos os seus efeitosestão diretamente voltados para lutar ou fugir de um perigo.
Assim,o objetivo número um da ansiedade é o de proteger o organismo.
Quando nossos ancestrais viviam em cavernas, era-lhes vital umareação automática para que, quando estivessem defrontados com umperigo, fossem capazes de uma ação imediata (atacar ou fugir).
Masmesmo nos dias agitados de hoje, este é um mecanismo necessário.
Imagine que você está atravessando a rua quando de repente umcarro, a toda velocidade, vem em sua direção, buzinandofreneticamente.
Se você não experimentasse, absolutamente, nenhumaansiedade, você seria morto.
Contudo, mais provavelmente, sua reaçãode luta-e-fuga tomaria conta de você e você correria para sair docaminho dele, para ficar em segurança.
A moral desta estória ésimples  a função da ansiedadeé proteger o organismo, não prejudicá-lo.
Seria totalmenteridículo da parte da natureza desenvolver um mecanismo cuja funçãoprimordial fosse a de proteger o organismo e, por assim fazer, oprejudicar.
Amelhor forma de pensar sobre todos os sistemas de resposta deluta-e-fuga (ansiedade) é lembrar que todos estão voltados paradeixar o organismo preparado para uma ação imediata e que seuobjetivo primordial é protegê-lo.
Quandoalguma forma de perigo é percebida ou antecipada, o cérebro enviamensagens a uma secção de nervos chamados de sistema nervosoautônomo.
Este sistema possui duas subsecções ou ramos: o sistemanervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático.
Sãoexatamente estas duas subsecções que estão diretamenterelacionadas no controle dos níveis de energia do corpo e de suapreparação para a ação.
Colocado de uma forma mais simples, osistema nervoso simpático é o sistema da reação de luta-e-fuga,que libera energia e coloca o corpo pronto para ação; enquanto queo parassimpático é o sistema de restauração, que traz o corpo aseu estado normal.
Umaspecto importante é que o sistema nervoso simpático tende muito aser um sistema “tudo-ou-nada”.
Isto é, quando ativado, todas assuas partes vão reagir.
Em outras palavras: ou todos os sintomas sãoexperimentados ou nenhum deles o são.
É raro que ocorra mudançasem apenas uma parte do corpo.
Isto talvez explique o fato de ataquesde pânico envolverem tantos sintomas e não apenas um ou dois.
Umdos efeitos principais do sistema nervoso simpático é a liberaçãode duas substâncias químicas no organismo: adrenalina enoradrenalina, fabricadas pelas glândulas supra-renais.
Estassubstâncias, por sua vez, são usadas como mensageiras pelo sistemanervoso simpático para continuar a atividade de modo que, uma vezque estas atividades comecem, elas freqüentemente continuam eaumentam durante um certo período de tempo.
Contudo, é muitoimportante observar que a atividade no sistema nervoso simpático éinterrompida de duas formas.
Primeiramente, as substâncias queserviam como mensageiras — adrenalina e noradrenalina são de alguma forma destruídas por outras substâncias do corpo.
Segundo, o sistema nervoso parassimpático que geralmente tem efeitos opostos ao sistema nervoso simpático fica ativado e restaura uma sensação de relaxamento.
É importanteperceber que, em algum momento, o corpo cansará da reação deluta-ou-fuga e ele próprio ativará o sistema nervoso parassimpáticopara restaurar um estado de relaxamento.
Em outras palavras, aansiedade não pode continuar sempre aumentando e entrar numaespiral sempre crescente que conduza a níveis possivelmenteprejudiciais.
O sistema nervoso parassimpático é um protetor“embutido” que impede o sistema nervoso simpático de sedesgovernar.
Outra observação importante é que as substânciasmensageiras, adrenalina e noradrenalina, levam algum tempo para seremdestruídas.
Assim, mesmo depois que o perigo tenha passado e que seusistema nervoso simpático já tenha parado de reagir, você ainda sesentirá alerta e apreensivo por algum tempo, porque as substânciasainda estão “flutuando” em seu sistema.
Você deve semprelembrar-se que isto é absolutamente natural e sem perigo.
Aliás,isto é uma função adaptativa porque, num ambiente selvagem, operigo geralmente tem o hábito de atacar de novo, e é útil aoorganismo estar preparado para ativar o mais rápido possível areação de luta-e-fuga.
Aatividade no sistema nervoso simpático produz uma aceleração dobatimento cardíaco, como também um aumento na sua força.
Isto évital para a preparação da luta-ou-fuga, já que ajuda a tornarmais veloz o fluxo de sangue e assim melhora a distribuição deoxigênio nos tecidos e a remoção de produtos inúteis nos mesmos.
É devido a isso que experimentamos um batimento cardíaco aceleradoou muito forte, típicos de períodos de alta ansiedade ou pânico.
Além da aceleração do batimento cardíaco, há também uma mudançano fluxo do sangue.
Basicamente, o sangue é redirecionado, sendo“reduzido” em algumas partes do corpo onde ele não é tãoessencial naquele momento (através do estreitamento dos vasossangüíneos) e é direcionado às partes onde é mais essencial(através da expansão dos vasos sangüíneos).
Por exemplo, o fluxode sangue é reduzido na pele, nos dedos das mãos e dos pés.
Estemecanismo é útil para que, se a pessoa for atacada ou ferida dealguma forma, este mesmo mecanismo impedirá que a pessoa morra porhemorragia.
Por isso, durante a ansiedade, a pele fica pálida esentimos frio em nossas mãos e pés, e até mesmo algumas vezes,podemos sentir dormências ou formigamentos.
Por outro lado, o sangueé direcionado aos músculos grandes, como os das coxas ou os bíceps,o que ajuda o corpo em sua preparação para ação.
Areação de luta-e-fuga está associada também com o crescimento davelocidade e profundidade da respiração.
Isto tem uma importânciaóbvia para a defesa do organismo, já que os tecidos precisam demais oxigênio para estarem preparados para a ação.
As sensaçõesprovocadas por este aumento na função respiratória podem, contudo,incluir sensações de falta de ar, de engasgar ou sufocar, e atémesmo dores e pressões no peito.
Também importante é o efeitocolateral decorrente do crescimento na função respiratória,especialmente se nenhuma atividade real ocorra, que é a de haver umaredução real do fluxo de sangue para a cabeça.
Por ser umaquantidade insignificante, não chega a ser perigoso para a saúde,mas produz uma série de sintomas desagradáveis (mas sem prejuízoalgum) e que podem incluir tonteiras, visão borrada, confusão, fugada realidade e sensações de frio e calor fortes.
Aativação da reação de luta-e-fuga produz um aumento natranspiração.
Isto tem funções adaptativas importantes, como porexemplo, tornar a pele mais escorregadia para que, dessa forma, fiquemais difícil para um predador agarrar um corpo e também pararesfriá-lo de modo a evitar um superaquecimento.
Aativação do sistema nervoso simpático produz uma série de outrosefeitos, nenhum dos quais sendo de modo algum prejudiciais ao corpo.
Por exemplo, as pupilas se dilatam para permitir a entrada de maisluminosidade, o que pode resultar em uma visão borrada, manchas nafrente dos olhos e assim por diante.
Ocorre também uma redução naprodução de saliva, resultando em uma boca seca.
Há uma reduçãona atividade do sistema digestivo, o que geralmente produz náuseas,uma sensação de peso no estômago e também constipação oudiarréia.
Por fim, diversos grupos de músculos se tencionampreparando-se para a reação de luta-e-fuga e isso resulta emsintomas de tensão, muitas vezes estendendo-se a dores reais comotambém a tremores.
Acimade tudo, a reação de luta-e-fuga resulta em uma ativação geral dometabolismo corporal.
Por isso uma pessoa pode sentir sensações decalor e frio e, porque este processo utiliza muita energia, depois apessoa se sente geralmente cansada e esgotada.
Comojá mencionado antes, a reação de luta-e-fuga, prepara o corpo paraa ação  seja atacar ou fugir.
Por isso, não é surpreendente que os impulsos avassaladoresassociados com esta reação sejam os de agressão e de desejo defugir.
Quando estes não são capazes de serem realizados (devidos àcoação social), os estímulos serão freqüentemente expressos porcomportamentos como bater os pés, marcar passos ou insultar pessoas.
Isto é, os sentimentos produzidos são como os de quem está preso eestá precisando fugir.
Oefeito número um da reação de luta-e-fuga é alertar o organismopara a possível existência do perigo.
Portanto, há uma mudançaautomática e imediata na atenção para pesquisar o ambiente embusca de ameaças em potencial.
Por isso, passa a ser muito difícilconcentrar-se em tarefas diárias, quando alguém está ansioso.
Pessoas ansiosas freqüentemente se queixam de ficarem facilmentedistraídas durante tarefas do dia-a-dia; de não conseguirem seconcentrar e de terem problemas de memória.
Às vezes uma ameaçaóbvia não pode ser encontrada.
Infelizmente, a maioria das pessoasnão aceita o fato de não encontrar uma explicação para algumacoisa.
Portanto, em muitos casos, quando as pessoas não conseguemexplicar seus sentimentos, elas tendem a procurar em si próprias.
Emoutras palavras, “se nada exterior está me deixando ansioso, entãodeve haver algo de errado comigo mesmo”.
Neste caso, o cérebroinventa uma explicação como “eu devo estar morrendo, perdendocontrole ou ficando louco”.
Como já vimos, nada poderia ser menosverdadeiro, já que a função primordial da reação de luta-e-fugaé a de proteger o organismo, e não de prejudicá-lo.
Por issomesmo, são pensamentos compreensíveis.
Atéagora, nós observamos as reações e os componentes da ansiedade emgeral ou da reação de luta-e-fuga.
Contudo, você pode estar seperguntando como tudo isto se aplica à ataques de pânico.
Afinal,por que a reação de luta-e-fuga é ativada durante um ataque depânico, já que não há, aparentemente, nada a temer?   Deacordo com uma grande quantidade de pesquisas, parece que pessoas queexperimentam ataques de pânico têm medo (é o que causa o pânico)das próprias sensações da reação de luta-e-fuga.
Assim, ataquesde pânico podem ser vistos como uma série de sintomas físicosinesperados e uma reação de pânico ou de medo desses sintomas.
Asegunda parte deste modelo é fácil de ser compreendida.
Como jávisto antes, a reação de luta-e-fuga (onde os sintomas físicos têmum papel importante) levam ao cérebro a procurar perigos.
Quando océrebro não consegue encontrar nenhum perigo óbvio, ele passa aprocurar no interior da pessoa e inventa um perigo, como: “estoumorrendo, estou perdendo o controle, etc.
”.
Como as interpretaçõesdos sintomas físicos são assustadoras, é compreensível oaparecimento do medo e do pânico.
Por sua vez, estes doissentimentos produzem mais sintomas físicos, e por isso se introduzum ciclo de sintomas, medo, sintomas, medo e assim por diante.
Aprimeira parte do modelo é mais difícil de ser compreendida: porque você experimenta os sintomas físicos da reação de luta-e-fugase você não está com medo? Existem muitas formas para que estessintomas sejam produzidos, não apenas através do medo.
Por exemplo,você está estressado e isto resulta em um aumento da produção deadrenalina e outras substâncias que, de tempo em tempo, produzemestes sintomas.
Este aumento na produção de adrenalina pode serquimicamente mantido no organismo, mesmo depois do desaparecimento do fator que gerava este estresse.
Outra possibilidade, é que vocêtende a respirar um pouco mais rápido (hiperventilação sutil)devido a um hábito já aprendido, e isto também pode produzir estes sintomas.
Como a hiper-respiração é menos intensa, você pode seacostumar com esta forma de respiração, e não reparar que vocêestá hiperventilando.
Uma terceira possibilidade é que você estejaexperimentando mudanças naturais em seu corpo (o que todosexperimentam, mas nem todos as percebem) e, justamente por estarconstantemente verificando e monitorando seu corpo, você passa areparar muito mais nestas sensações do que outras pessoas.
Alémdas duas outras razões já descritas que produzem sintomas físicos(estresse e hiper-respiração), você também poderá se tornarconsciente destes sintomas físicos, como resultado de um processodenominado condicionamento interoceptivo.
Como os sintomas físicosficaram associados com o trauma do pânico, eles se tornaram sinaissignificativos de perigos e ameaças a você (isto é, eles setornaram estímulos condicionados).
Como resultado, é muito provávelque você se torne altamente sensível a estes sintomas e reaja comreceio, simplesmente devido a experiências passadas de pânico comas quais elas foram associadas.
Como conseqüência deste tipo deassociação condicionada, é possível que sintomas produzidos poratividades regulares sejam também levadas ao ponto de uma crise depânico.
Mesmoque não estejamos certos do fato do por que alguém experimenta ossintomas iniciais, assegure-se de que eles são uma parte da reaçãode luta-e-fuga e por isso inofensivos a qualquer pessoa.
Obviamenteentão, uma vez acreditando convictamente (100%) que estas sensaçõesfísicas não são perigosas, o medo e o pânico desaparecerão evocê não mais experimentará ataques de pânico.
É claro que,quando diversos ataques já tenham sido experimentados por você, eque você tenha interpretado erroneamente estes sintomas muitasvezes, esta interpretação errada torna-se bastante automática, eassim passa a ser muito difícil de, conscientemente, convencer-se deque estes sintomas são inofensivos.
Resumindo,a ansiedade é cientificamente conhecida como a reação deluta-e-fuga, sendo sua função primordial a de ativar o organismo ede protegê-lo do perigo.
Associadas a esta reação, estão umasérie de mudanças mentais, físicas e comportamentais.
Éimportante notar que, uma vez que o perigo tenha desaparecido, muitasdessas mudanças (especialmente as físicas) continuarão,praticamente com controle autônomo sobre si próprias, devido aoaprendizado e a outras mudanças corporais de longo prazo.
Quando ossintomas físicos surgem na ausência de uma explicação óbvia, aspessoas costumam interpretar erradamente os sintomas de luta-e-fugacomo indicativos de sérios problemas mentais ou físicos.
Nestecaso, as próprias sensações podem se tornar ameaçadoras e,justamente por isso, podem desencadear uma nova reação deluta-e-fuga.
Muitas pessoas, quando experimentam os sintomas dareação de luta-e-fuga, acreditam estar ficando loucas.
Elascostumam mais freqüentemente relacionar tais sintomas com uma doençamental grave, conhecida como esquizofrenia.
Observemos um pouco aesquizofrenia para compararmos o quão freqüente isto ocorre.
Esquizofreniaé um transtorno grave caracterizado por fortes sintomas como porexemplo, fala e pensamento deslocados, algumas vezes levando abalbucios, delírios ou crenças estranhas (p.
ex.
, que mensagensestão sendo recebidas desde o espaço) e alucinações (ouvir vozesfalarem dentro da própria cabeça).
Também, a esquizofrenia pareceser em grande parte um transtorno com base genética, ocorrendofortemente em famílias.
Aesquizofrenia geralmente se inicia de forma gradual e não de repente(como em um ataque de pânico).
Também, justamente porque ocorre emfamílias, apenas uma certa proporção de pessoas tende a tornar-seesquizofrênica, e ainda, em outras pessoas, nenhuma quantidade deestresse causaria como conseqüência o transtorno em questão.
Umterceiro ponto também muito importante, é que pessoas comesquizofrenia exibem alguns dos sintomas leves do transtorno porgrande parte de suas vidas (p.
ex.
, pensamentos estranhos e falaflorida).
Desta forma, se essas características não tiverem sidoainda percebidas em sua personalidade, a maior probabilidade é devocê não se tornar esquizofrênico.
Esta chance diminui mais aindase você já tem mais de 25 anos, já que a esquizofrenia surgegeralmente no final da adolescência até os 20 anos.
Finalmente, sevocê já passou por entrevistas com um psicólogo ou psiquiatra,você pode estar certo de que eles saberiam imediatamentediagnosticá-lo como esquizofrênico.
Algumaspessoas acreditam que vão “perder o controle” quando entrarem empânico.
Presumivelmente, elas acham que vão se paralisarcompletamente e ficarão incapazes de se mover, ou que não vãosaber o que estão fazendo e por isso vão sair disparados matandopessoas, ou gritando obscenidades e se envergonhando diante deoutros.
Por outro lado, podem não saber o que possa acontecer, maspodem também experimentar um sentimento dominante de “catástrofeiminente”.
Considerandonossas discussões anteriores, podemos agora saber de onde surge estesentimento.
Durante uma crise de ansiedade o corpo está preparadopara ação e neste momento há um enorme desejo de fuga.
Contudo, areação de luta-e-fuga não está preparada e treinada a prejudicarterceiros (que não sejam uma ameaça) e não produzirá paralisia.
Ao invés disso, toda a reação é direcionada a afastar oorganismo.
Além disso, nunca houve nenhum caso registrado de alguémque tenha se descontrolado a tal ponto.
Mesmo que a reação deluta-e-fuga o faça se sentir um pouco confuso, irreal e distraído,você ainda é capaz de pensar e funcionar normalmente.
Simplesmentepense sobre quão freqüentemente as outras pessoas nem notam quevocê está tendo um ataque de pânico.
Muitaspessoas têm receio do que lhes pode acontecer como conseqüência aseus sintomas, talvez devido a alguma crença de que seus nervospodem se esgotar e elas possam talvez entrar em colapso.
Como jádiscutido anteriormente, a reação de luta-e-fuga é produzidadominantemente por atividade no sistema nervoso simpático, que écombatida pelo sistema nervoso parassimpático.
O sistemaparassimpático é, de certa forma, uma salvaguarda contra apossibilidade do sistema simpático “danificar-se”.
Os nervos nãosão como fios elétricos e a ansiedade não é capaz dedanificá-los, prejudicá-los ou desgastá-los.
E a pior coisa quepoderia acontecer durante um ataque de pânico seria que a pessoapoderia desmaiar, sendo que, se isso acontecesse, o sistema nervososimpático interromperia sua atividade e a pessoa recuperaria seussentidos em poucos segundos.
Contudo, desmaiar em conseqüência dareação de luta-e-fuga é extremamente raro, mas se isso acontecer,é um modo adaptativo de impedir que o sistema nervoso simpáticofique fora de controle.
Muitaspessoas interpretam erradamente os sintomas da reação deluta-ou-fuga e acreditam que elas estejam morrendo de um ataquecardíaco.
Isto é porque talvez muitas pessoas não tenham umconhecimento suficiente sobre ataques cardíacos.
Vamos rever osfatos sobre a doença coronariana e ver como isso difere de ataquesde pânico.
Ossintomas principais de ataques cardíacos são falta de ar e dores nopeito, como também, ocasionalmente, palpitações e desmaio.
Ossintomas de ataques cardíacos estão geralmente relacionadosdiretamente com esforço.
Isto é, com quanto mais esforço você seexercitar, piores serão os sintomas; e quanto menos você seesforçar, melhores.
Os sintomas desaparecerão de formarelativamente rápida com descanso.
Isto é muito diferente dossintomas associados com ataques de pânico, que freqüentementeocorrem durante um estado de repouso e parecem ter vida própria.
Certamente, ataques de pânico podem ocorrer durante exercícios oupodem inclusive piorar com exercícios, mas são diferentes deataques cardíacos, pois podem se produzir também freqüentementedurante repouso.
Mais importante ainda é notar que um ataquecardíaco irá quase sempre produzir mudanças elétricas no coraçãoque podem ser detectadas em eletrocardiogramas (ECG).
Em ataques depânico, a única mudança que é detectada por um ECG é um pequenoaumento no ritmo cardíaco.
Por isso, se você já passou por umeletrocardiograma e o doutor lhe disse que tudo está bem, estejacerto de que você não sofre de nenhum problema no coração.
Também, se seus sintomas ocorrem a qualquer momento e não apenasapós algum esforço físico, isto é uma evidência adicional contraa possibilidade de um ataque cardíaco.
AFisiologia da Hiperventilação O corpo precisa de oxigênio para sobreviver.
Quando uma pessoainspira, o oxigênio é levado para os pulmões onde é apanhado pelahemoglobina (a substância química “colada-ao-oxigênio” nosangue).
A hemoglobina leva o oxigênio pelo corpo onde é liberadapara ser usada pelas células.
As células usam o oxigênio em suasreações de energia, produzindo conseqüentemente um subproduto dedióxido de carbono (CO2) que é por sua vez devolvido aosangue, transportado novamente aos pulmões e finalmente expirado.
Umcontrole eficiente das reações de energia do corpo, depende damanutenção de um equilíbrio específico entre oxigênio e CO2.
Este equilíbrio pode ser mantido principalmente através do ritmo eda profundidade da respiração.
Obviamente, respirar “demais”terá um efeito de aumentar os níveis de oxigênio (apenas nosangue) e de reduzir os níveis de CO2; enquanto querespirar “de menos” terá o efeito contrário, ou seja, reduzir aquantidade de oxigênio no sangue e aumentar a quantidade de CO2.
A taxa apropriada de respiração durante um repouso deve ser de10-14 respirações por minuto.
Ahiperventilação é definida como um ritmo e uma profundidade derespiração exagerada para as necessidades do corpo em um momentoespecífico.
Naturalmente, se a necessidade de oxigênio e a produçãode CO2 aumentarem (como durante um exercício físico), arespiração deveria aumentar correspondentemente.
Alternadamente, sea necessidade de oxigênio e a produção de CO2 ficaremambas reduzidas (como durante um período de relaxamento), arespiração deve respectivamente reduzir-se também.
Enquantoque a maioria dos mecanismos corporais são controlados por meiosquímicos e físicos “automáticos” (e respirar não é umaexceção), a respiração tem uma propriedade adicional que é a deser capaz de ser submetida a um controle voluntário.
Por exemplo, émuito fácil para nós prender a respiração (nadando debaixod’água) ou aumentar o ritmo da respiração (soprando um balão).
Uma série de fatores “não-automáticos” como as emoções, oestresse ou o hábito, pode causar um aumento no ritmo de nossarespiração.
Estes fatores podem ser especialmente importantes parapessoas que sofrem de ataques de pânico, causando uma tendência arespirar “demais”.
Tambéminteressante, é que enquanto a maioria de nós considera que ooxigênio é o fator determinante em nossa respiração, o corpo, narealidade, utiliza o CO2 como seu “marcador” para umarespiração apropriada.
O efeito mais importante da hiperventilaçãoentão, é realizar uma queda na produção de CO2.
Isto,por sua vez, leva a uma redução do conteúdo ácido do sangue, oque conduz ao que é conhecido como sangue alcalino.
São estes doisefeitos  uma redução de CO2no sangue e um aumento da alcalinidade do sangue - que são osresponsáveis pela maioria das mudanças físicas que ocorrem durantea hiperventilação.
Umadas mudanças mais importantes que ocorre durante a hiperventilaçãoé a constrição ou o estreitamento de certos vasos sangüíneos docorpo.
Particularmente, o sangue enviado ao cérebro é de certaforma reduzido.
Aliado a este estreitamento dos vasos, a hemoglobinaaumenta sua “pegajosidade” com o oxigênio.
Por isso, não apenaso sangue alcança menos áreas do corpo, como o oxigênio carregadopelo sangue também é menos liberado para os tecidos.
Paradoxalmente, então, enquanto que uma respiração aumentadasignifica mais oxigênio está sendo levado para dentro do organismo,menos oxigênio alcança certas áreas de nosso cérebro e do corpo.
Este efeito resulta em duas categorias de sintomas: (1) centralmente,alguns sintomas são produzidos pela ligeira redução de oxigênio àcertas partes do cérebro (que incluem tonteira, sensação de vaziona cabeça, confusão, falta de ar, visão borrada, e desrealização);(2) perifericamente, outros sintomas são produzidos pela ligeiraredução de oxigênio à certas partes do corpo (que incluem umaumento no batimento cardíaco para bombear mais sangue pelo corpo;dormências e formigamentos nas extremidades; mãos frias e suadas ealgumas vezes enrijecimento muscular).
É muito importante lembrarque as reduções de oxigênio são ligeiras e totalmente sem perigo.
Também é muito importante observar que hiperventilar (possivelmenteatravés da redução de oxigênio a certas partes do cérebro) podeproduzir uma sensação de falta de ar, estendendo-se algumas vezes asensações de engasgar ou sufocar, de modo que possa parecer como sea pessoa de fato não estivesse conseguindo ar suficiente.
Ahiperventilação é também responsável por uma série de efeitosgeneralizados.
Em primeiro lugar, o ato de hiper-respirar é umtrabalho físico “pesado”.
Portanto, o indivíduo pode sentir-sefreqüentemente encalorado e suado.
Segundo, justamente pelo esforçode hiper-respirar, períodos prolongados de hiper-respiraçãoresultarão quase sempre em sensações de cansaço e exaustão.
Emterceiro, pessoas que hiper-respiram geralmente tendem respirar pelospulmões, ao invés de respirar pelo diafragma.
Isto significa que osmúsculos do peito tendem a se tornar cansados e tensos.
Assim, elastendem a experimentar sintomas de pressão e até de dores severas nopeito.
Finalmente, muitas pessoas que hiper-respiram, costumam manterum hábito de constantemente suspirarem ou bocejarem.
Estes cacoetessão na realidade, formas de hiperventilação, já que sempre quealguém suspira ou boceja, elas estão “jogando” uma grandequantidade de CO2 no organismo de maneira bem rápida.
Porisso, quando tratando deste problema, é importante perceber hábitosdiários como suspirar ou bocejar e assim tentar suprimi-los.
Umponto importante a se notar sobre a hiperventilação é que ela nãoé fácil de ser percebida por um observador.
Em muitos casos, ahiper-ventilação pode ser muito sutil.
Isto é especialmenteverdadeiro se o indivíduo esteve hiper-respirando por um longoperíodo.
Neste caso, pode haver uma redução acentuada de CO2,mas devido à compensação no corpo, há pouca mudança naalcalinidade.
Assim, nenhum sintoma será produzido.
Contudo, devidoàs baixas taxas de CO2, o corpo perde sua capacidade delidar com as mudanças de CO2 de modo que até uma pequenaalteração na respiração (como um bocejo, por exemplo) pode sersuficiente para disparar os sintomas.
Isto pode estar relacionado coma natureza repentina de muitos ataques de pânico, por exemplo,durante o sono, e isso é uma razão de por que muitos dos que sofremdeste problema costumam relatar que “não me sinto como seestivesse hiperventilando”.
Provavelmente o ponto mais importante a se fazer sobre ahiperventilação seja mostrar que ela não é perigosa.
Ahiperventilação é uma parte integral da reação de luta-e-fuga epor isso sua função é a de proteger o corpo do perigo, e não serperigosa.
As mudanças associadas com a hiperventilação sãoaquelas que preparam o corpo para ação de modo a escapar de umperigo em potencial.
Assim, é uma reação automática do cérebropara imediatamente esperar o perigo e, claro, para o indivíduosentir a premência de escapar.
Conseqüentemente, é perfeitamentecompreensível, que o sofredor acredite que o problema é interno.
Dequalquer forma, as coisas não acontecem assim.
É importante lembrarque longe de ser prejudicial, a hiperventilação é parte de umaresposta natural, biológica voltada para proteger o corpo dequalquer prejuízo.
(Traduzidode Craske e Barlow (1994) por Bernard Rangé)Postado porThaís Petroff Garciaàs15:26Nenhum comentário: Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar com o PinterestMarcadores:ansiedade,crise de ansiedade,crise de pânico,fisiologia do medo e da ansiedade,hiperventilar,luta e fuga,pânico,síndrome do pânico,tcc,terapia cognitiva,thaís petroff domingo, 9 de outubro de 2016 Desafio dos 30 dias - insatisfação/gratidão Se gostou do vídeo, curte.
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Especialista em Terapia Cognitiva pelo Instituto de Terapia Cognitiva e membro da Associação Brasileira de Psicoterapia Cognitiva e da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas.
Proprietária do Espaço OM NAMAH SHIVAYA.
Formada em Terapia Energética Corporal por Dimas Calegari, Hipnoterapia Cognitiva por Thomas Dowd, Terapia Cognitiva Processual pelo prof.
Dr.
Irismar Reis de Oliveira e em Capacitação em Yoga com Marcos Rojo, pelo Instituto de Ensino e Pesquisa em Yoga.
É Practitioner em PNL pelo Instituto de Performance Humana Continuum, certificada pela American Board of NLP.
Fez Residência em Psicologia na AACD, Aprimoramento em Psicossomática pelo Cogeae-PUC-SP e Especialização em Psicologia da Infância na Unifesp.
Fazendo Formação em ACT e FAP pelo Instituto Continuum.
Master Coach pela Graduate School of Master Coaches, certificada pelo Behavioral Coaching Institute e reconhecida pelo International Coaching Council.
Formada também em Executive Coaching e em Personal e Professional Coaching, ambas pela Sociedade Brasileira de Coaching, da qual faz parte do grupo de membros.
Visualizar meu perfil completo"A conquista de si próprio é a maior das vitórias"PlatãoArquivo do blog"Crise representa oportunidade de crescimento.
"Leonardo Boff "Tudo o que vês é o resultado dos teus pensamentos.
Não há nenhuma exceção para este fato.
Como um homem pensa, assim ele percebe.
Portanto, não busques mudar o mundo, mas escolhe mudar a tua mente sobre o mundo.
A percepção é um resultado e não uma causa.
" Um Curso em Milagres “A sua atenção determina o mundo que vê.
Não existe nada como uma realidade objetiva lá fora, fixa, imutável.
Tudo depende da qualidade da atençãoque você utiliza para se relacionar com o mundo.
Quando você muda o seu olhar, o seu mundo também muda.
”Carlos CastañedaReceba as atualizações do blog em seu emailSeguidores

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